quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Testemunho de fé de um irmão na espiritualidade

 
 
 

“Que a paz do Cristo esteja com todos vocês.

Estive entre vós a pouco tempo e sinto como se fosse ontem que estava entre os meus com as mesmas ideias fixas em assuntos que desconhecia a sua essência verdadeira.

Parti antes de entender o que de fato estava fazendo quando estava entre vós.

Encontrei desse lado o remorso e o arrependimento, pois estava preso as ideias que mantinha quando encarnado.

Não consegui rapidamente me livrar das correntes do pensamento evasivo e negativo que me manteve preso nas zonas mais infelizes. 

Digo infelizes, pois, ao contrário do que pensava, o inferno não existe.

Não existe como eu pensava, pois dentro de nós construímos muitos “infernos”.

Vence-los é o nosso desafio, que tantas vezes sucumbimos. 

A coragem nos falta, mas a cobrança cobra a sua dívida quando a carne já não escurece a nossa visão.

Passei desse lado para este que hoje estou tão rápido que nem sequer compreendi, a princípio, que estava realmente “morto”, mas em um sonho do qual buscava desesperadamente acordar, antes que alguém tomasse posse da minha vida.

Como fui tolo, não via o que estava na minha frente, que gritava em minha consciência.

Não estava mais entre os vivos, mas agora estava entre os “mortos”.

A minha esposa chamava por meu nome e logo fui estar ao seu lado, vendo o seu sofrimento e tentando por todas as formas falar-lhe aos ouvidos.

Nada conseguia, apenas via que o seu sofrimento somente aumentava, fato que hoje compreendo que era causado por mim mesmo, pois ela sentia o meu desespero e isso agravava o seu quadro. 

Caminhei por muito tempo entre a minha casa e o umbral, buscando retornar a vida na terra, como se isso fosse possível.

Muitos me prometeram que eu poderia estar logo entre vós, desde que seguisse suas determinações. 

Agia por falsas promessas e cometi muitos erros, aumentando ainda mais a minha dívida.

Somente com a ajuda do Cristo é que pude sair da zona de ilusão que vivia.

Um dia quando estava prejudicando um irmão, senti dentro de mim uma luz que dizia “Paulo é tempo de se corrigir, mudar a sua situação, eleve o seu pensamento à Jesus e mude a sua conduta”.

Tocado por palavra que sentia vindas de alguém querido, parei de agir em erro e busquei pela oração o auxílio amigo.

Como posso descrever o que senti quando vi a minha mãezinha a estender para mim as suas mãos, com um sorriso afetuoso a me chamar de volta para a razão.

Jamais senti, desde o desencarne, tamanha alegria. 

Hoje sei que fiquei muitos anos em locais infelizes, e que precisei estar por necessidade de depuração das minhas ideias e faltas. 

Sei que ainda devo muito, mas hoje tenho em mim, muito mais forte do que antes, a fé viva em nosso Senhor. 

Meu Deus, como o Senhor é bom e generoso.

Essa é minha forma de agradecer aos Dois, a Deus e a Jesus, por terem salvado a minha vida.

A minha mãe está ao meu lado, junto com o seu amigo, pedindo que não seja longo o meu depoimento, pois não estou de todo recuperado.

Venho para dar o meu testemunho de fé, para que saibam que ela realmente remove montanhas de medo, de ódio e de rancor, substituindo-as por amor, caridade, perseverança e coragem.

Amigos hoje eu estou no “paraíso”, em local de luz, de compreensão, com aqueles que me precederam.

Agora vivo a verdadeira “vida” e compreendo que estive de passagem entre vós.

Saibam que aqui todos esperam de nós o bom retorno, para que ao invés de dor tenhamos apenas alegria na hora da partida e da chegada.

Vivam com fé, busquem sempre a luz da razão, do amor e da caridade.

Logo estarei de volta, nesta passagem chamada terra, e poderei, com a graça divina, redimir os meus erros do passado.

Serei filho, pai e avô, se assim Deus permitir, porém com mais fé do que fui ontem.

Que todos se amem, muito.

Que assim seja entre vós.

Paulo.

Assistido e orientado por sua mãe e pelo amigo Pedro Paulo.”

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A serviço do bem. Mensagem de orientação amiga

 

“O serviço do bem é o remédio do qual a alma necessita para se elevar a patamares mais elevados de luz. 

Mas é preciso que a humildade seja o guia a conduzir o trabalho no bem, pois a oferenda que se faz não deve ser exposta como mérito por uma benevolência que ainda não possui.

O serviço do bem se propaga pelo ato em si que é praticado, não devendo o servidor se vangloriar do que apenas serviu como instrumento da vontade do Pai.

Todo ato que visa o bem do próximo sempre será causa de jubilo na espiritualidade superior, já que é fonte de progresso entre as pessoas.

Porém aquele que se vangloriar do serviço prestado será menos beneficiado do que aquele que o recebe, pois na verdade não acha desprovido de outra intenção que não seja de caridade.

Todo bem praticado se propaga entre aqueles que dele necessita, servindo de exemplo pelo simples fato de sua existência, não sendo necessário que se divulgue aquilo que está contido na sua própria essência.

Seja humildade no trato com as pessoas, sabendo que cada um faz as suas escolhas de acordo com o estágio evolutivo já atingido, não devendo nos colocar acima ou abaixo dessa pessoa, mas sim ao seu lado, como viajantes em busca da estrela guia. 

O otimismo não deve macular o trabalho no bem, pois serve apenas como estímulo, mas não como marca do serviço que se pratica. 

Os resultados sempre virão pelo mérito, pois Deus é aquele que concede as verdadeiras bênçãos, sendo nós apenas os instrumentos de Sua Vontade. 

Jamais devemos nos colocar como superior a essa ou aquela pessoa, pois aquele que hoje nós consideramos pequena poderá ser amanha o ser elevado que nos reerguerá na espiritualidade.

Sejamos todos iguais, mas unidos, em amor e fé.

O companheirismo é uma fonte inesgotável de bem, devendo a palavra amiga, o abraço fraterno e um sorriso amigo sempre ser o vosso cartão de visita, para que a vossa luz transpareça desde logo a beleza que já possui na alma.

O pensamento que dirige a uma pessoa sempre se transformará em fonte de luz ou de treva, sendo imperioso que prevaleça a verdadeira intenção, honesta e elevada, pois assim você estará servindo de remédio salutar para o bem do próximo.

Vigie sempre as suas intenções e saiba que a conduta moral e o pensamento amigo serão sempre fontes a irradiar a luz e o bem. 

Amigo querido não se perturbe com o que as vezes vai a mente, mas sim com o que está no intimo de vossa alma, a luz sempre irá afastar a escuridão que se faz pela treva. 

Não tenha medo do que sente, mas confiança com o que faz, pois a luz que hoje irradia, será aquela a lhe receber, quando o momento for chegado.

Não te perturbes com aqueles que procuram pela crítica infeliz desestimular o vosso serviço, cuja missão sempre soube que seria árdua. 

Estimule-se pela fé, pois ao final sempre será entre nós e Deus.

Mas o filho do Pai é irmão daquele que necessita, e o servidor sempre será na vinha do Pai o trabalhador amigo e solidário, sabendo que o mérito será sempre a fonte de seu sucesso.

Não tenha em mente que a tarefa será sempre bem vinda onde estiveres, por deveras não será, mas saiba guardar em ti a certeza que a vinha do bem é muito maior do que a tristeza que possa algum momento nos abalar.

Trabalhe em prol do Pai, seja o bem que necessita, pois, antes de mas nada, você é a maior beneficiado daquilo que faz a favor do próximo, como resgate das faltas do passado, pois para a superação de vícios é preciso compreender o mal que produzem, enquanto o bem produz de outro lado a luz e a paz eterna.
Que assim seja,

Guie-se sempre pela fé e pelo amor, a todos, sem distinção, pois amando as criaturas estará invariavelmente amando o Criador e esse a você.

Persista sempre amigo fiel.

Pedro Paulo”

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O bom combate - a razão e a fé.




“Que venham as lutas, pois os guerreiros da última hora estarão preparados para enfrentarem os desafios que se fizerem presentes.

Que a força do Cristo renove em cada filho a coragem e a esperança, confiantes de que a vitória sempre será filha do esforço e do mérito.

Busquemos na renovação de nossa vida a vitória do Cristo, para que o reino de luz se vislumbre no horizonte.
A cada luta travada no campo das más inclinações é ato de esforço cuja vitória será o fruto no campo da fé.

A coragem deve ser aquela que irá nortear o nosso combate contra os próprios vícios.

Filhos combatam o bom combate, lutem contra vocês mesmos, para que superem as provações que necessitam para que a luz brilhe em vossas almas.

Sejam esperançosos e grandiosos, pois assim quer Aquele que nos criou a sua imagem e semelhança.

Se somos todos semelhantes ao Pai, podemos com força e amor subirmos até Ele, pois possuímos dentro de nós a sua grandeza.

Não devemos nos afastar da nossa luta, pois ela jamais se afastará de nós.
É preciso a evolução, pois é para o nosso bem, que o Pai deseja, a cada um de seus filhos.

Como conhecedor do que está no íntimo de cada filho coloca em seus caminhos as lições necessárias para o aprendizado benéfico. 

O Pai conduz a sua grande obra com amor e benevolência, sendo que cada filho precisa ter olhos da alma para enxergar a verdade que vai por detrás de cada prova a que é submetido.

Na escola da vida, Deus conduz o ensino, Jesus é o mestre e nos os alunos, que necessitam do aprendizado, para que um dia sejamos merecedores do prêmio da paz, por mérito e esforço.

Não devemos buscar no desânimo, no isolamento social, a fonte de nossa paz, pois Deus deseja o sucesso de todos os seus filhos, e não há, em seus reinos, privilegiados, pois são iguais diante do seu amor e benevolência.

Veja com compaixão o irmão em sofrimento, que ainda se conduz em erros que talvez já não façam parte de sua vida, pois amando ao filho estará amando ao Pai.

O Pai sempre se sensibiliza por quem ama os seus filhos.

Somos todos irmãos na vinha do Pai.

A sua misericórdia é, para todos, um salutar remédio, mas aquele que também sabe acolher será ainda mais bem vindo em sua vinha. 

Busquemos na fé a sustentação de nosso animo, a força de nossa coragem, como caminho indispensável para a melhora íntima. 

Estivemos em local de aparência tão triste, fruto da materialização infeliz, de mentes adormentadas no medo e na dor.

Caminhamos em ambiente escuro e estreito em busca de irmão que clamava por ajuda e misericórdia.

Fomos enviados como trabalhadores do Cordeiro e estávamos em busca da ovelha desgarrada, mas que solicitava auxilio pelo arrependimento sincero.

Ao nos depararmos com local mais amplo vimos em meio a tantos espíritos sofredores um em especial, que ajoelhado dirigia suas mãos e oração para o alto, pedindo com amor sincero a ajuda do Mestre.

A sua vestimenta que antes carregava uma cor escura agora irradiava luz, levando a claridade aos olhos de todos nós.

Neste momento fomos tomados de forte emoção, pela claridade do amor divino, que trouxe àquele irmão a renovação de suas forças.

Meus queridos irmãos, por mais escuro que possa ser o ambiente em que estejam vivendo, sobretudo no íntimo de suas consciências, saibam que a luz da fé sempre poderá iluminar a vossa lucidez.

Deus sempre está a nossa espera, nós é que nos afastamos Dele, mas sempre é possível o retorno para o seu reino de amor e paz.

Nós nos veremos em breve em posições que servirão de alavanca para a nossa jornada evolutiva, sendo que a fé sempre será, com a razão, a fonte mais segura de escolha.

A razão e a fé são as basilares de toda e qualquer inteligência divina, condutoras das boas decisões, e semeadoras dos frutos do sucesso. 

Que Deus guie os vossos corações.

Assim seja.   

Pedro Paulo e amigo”


 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A boa anizade e o perigo dos julgamentos. orientação da espiritualidade

 
 
 
“Que a amizade seja uma fonte de controle do temperamento das pessoas envolvidas em um relacionamento de afeto, no sentido de que o respeito impere como um elo inseparável de ligação. 

Digo com todo carinho que quando tive entre meus amigos aqueles que não me dirigiam o respeitado desejado, agia com o ímpeto de agredi-los, ainda que verbalmente. 

Tais fatos ocorriam pela ignorância que ainda norteava a minha conduta em relação ao próximo. 

Sempre é possível a compreensão com a fragilidade do outro, porém tal exercício demanda uma prática somente adquirida após as tormentas causadas por nossa própria ação.

A semelhança de caráter é uma causa primária de vários conflitos, pois na ânsia de reprimir a ideia oposta, queremos no nosso intimo a verdade de nossa própria ideia. 

É o espelho que reflete no outro o nosso próprio caráter e tal fato mexe com o nosso egoísmo e orgulho, ainda não tão bem trabalhados, sendo que os vícios ainda latentes vem a tona, como uma fonte que zorra água de gosto amargo, mas necessário.

Somente poderemos superar tais vícios com o reconhecimento de que com humildade devemos reconhecer no outro muito dos nossos próprios defeitos, como a refletir aquilo que não desejávamos ver, mas cuja necessidade faz com que enfrentemos as situações indispensáveis para a nossa evolução, sobretudo no caráter.

A dificuldade reside em aceitar que aquilo que nos agride é muitas vezes o reflexo da nossa própria forma de pensar, mas cujo orgulho repele, ainda que agressivamente.

No trato com as pessoas devemos compreender que as experiências adquiridas não são iguais, mas que as soluções passam invariavelmente pelo convívio, sobretudo com aqueles que trazem a tona os nossos mais perniciosos vícios. 

Somente a realidade pode nos dar a extensão de nossos defeitos e assim a receita para a cura.

O convívio é uma fonte inesgotável de aprendizagem e deve nortear todo aquele que deseja a sua melhora através da escola da experiência terrena. 

Através do contato humano é que o ser entende que o apoio para a melhora virá pela experiência trocada com o outro, que muitas vezes é o nosso reflexo em caráter e vícios. 

Como superar os vícios sem que sejamos colocados em prova através do contato com os nossos defeitos refletidos no semelhante? 

Somente após a prova podemos ter o resultado de nossa superação.

E a superação será na mesma medida da compreensão das limitações do próximo, no sentido de que todo tipo de violência não é amiga da razão e da fé verdadeira.

A fé é fonte a nos alimentar com confiança e coragem, mas com a humildade de reconhecer-nos como pessoas tão falíveis como aqueles com que convivemos.

O julgamento das atitudes alheias embora seja um recurso interessante para o aprendizado, não deve ser fonte de orgulho pela liderança no campo da superação, sob pena de acreditarmos que somos algo que ainda estamos distantes de sermos. 

O julgamento das atitudes deve ser revestido de brandura, para que a formação de um juízo de valor da conduta alheia seja pautada pela humildade de que somos todos alunos e que apenas o auxilio recíproco poderá nos conduzir à colação do grau evolutivo.

A convivência harmoniosa embora seja por vezes difícil é indispensável para uma melhor compreensão de nós mesmos, pois ao não apontarmos demasiadamente os erros alheios seremos mais capazes de encontrarmos os próprios.

Ao se apegar aos defeitos do semelhante esquecemos que somos portadores destes mesmos, senão piores, deixando de aproveitar a oportunidade para reconhecê-los, diagnostica-los e trata-los. 

Com poderemos ser compreendidos em nossas falhas se não compreendemos as limitações dos nossos semelhantes?
Devemos agir com a mesma brandura com que queremos para nós, quando nos depararmos com as nossas próprias verdades, diante de amigos cuja evolução nos conduza até mesmo para vergonha. 

Quando estive por vezes diante de amigos de esferas mais evoluídas, sempre encontrei neles uma compreensão nunca antes vista, uma paciência e ternura que sempre me estimularam para que um dia esteja no mesmo nível evolutivo que eles. 

Do contrário, quando encontramos ações que visam a nossa mudança pela violência por meio de atos e palavras, o que sentimos é uma repulsa por aquele que nos agride, com o sentimento de não querer um dia ser como ele.

O bom julgador é humildade e justo e não agressivo e parcial quanto aos próprios defeitos. 

Na tribuna da vida para sermos ouvidos precisamos aprender a ouvir, compreender, auxiliar e amparar o irmão de jornada.

Com certeza, como muito já vi, amanha desde lado da vida haverá sempre uma mão estendida pronta para auxiliar. 

Não tenham a pretensão de conhecer o outro da mesma maneira que Deus conhece a cada um de seus filhos, tal qualidade e poder somente o Criador possui.

Nós todos somos criaturas, que estão em relação a Deus na mesma condição de filhos e não podemos ser para outro o que apenas o Pai pode.

Sejamos benevolentes e misericordiosos, pois com alegria o Pai de todos assim será conosco. 

Encham vossos corações com ternura e busquem compreender as pessoas, pois todos nós possuímos defeitos, mas muitos temos a ensinar ao outro, contanto que tenhamos alunos dispostos a apreender.

Aqueles que nos parece ser odioso no caráter nada mais é do que um livro aberto para que a lição seja aprendida, como objeto de reflexão interior, para que procuremos em nós mesmos se não possuímos a mesma má inclinação. 

Muitas vezes é preciso ver no espelho o reflexo de nossos próprios vícios para vislumbrar como são nocivos e prejudiciais, da mesma forma que as qualidades refletem a beleza e a caridade.

Sejam humildades para que não queiram ser o que apenas o Pai consegue ser com todos nós, justo e verdadeiro no julgamento das faltas e dos defeitos, pois conhece toda a verdade.

Lembre-se que ao apontarmos um dedo acusatório para um irmão outros quatro estarão voltados para nós mesmos.

Assim, sejamos compreensivos, lembrando que apenas o amor é bom conselheiro na compreensão das diversidades da vida, pois são frutos daquele que também é o nosso Criador.

Que Jesus ilumine a jornada de todos nós. 

Que assim seja.

Pedro Paulo e um querido amigo e companheiro”

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Mensagem de um rico na espiritualidade



“Que a paz de Cristo esteja em sua vida assim como espero que um dia esteja na minha, em abundância.
A cada dia que vivo desse lado da vida, sem a ruptura de velhos hábitos, é para mim um dia a mais de tortura pela perda de um combate que hoje compreendo ser tão necessário para a nossa escala evolutiva. 

Ontem estive entre vós, vivendo como um fidalgo que apenas via pela frente a riqueza material, acumulada com o sacrifício de tantos seres que hoje me são queridos, e cuja divida moral não sei como um dia conseguirei saldar.

Tive enorme dificuldade de aceitar em vida que o efêmero é tudo aquilo que pode nos ser tirado, que é passageiro, que não perdura pela eternidade.

Achava em minha ignorância que o dinheiro seria aquilo que me daria tudo que desejo, até mesmo um lugar no paraíso, tão prometido após tantas doações.

Mas não foi isso que soube tão logo cheguei, pelo contrário, encontrei um local de dor e tristeza, deixando para trás o palácio que por tanto tempo me serviu de moradia.

Ficou para trás, tanto quanto o meu corpo.

Quando cheguei fiquei chocado com a imagem que tive do local que passei a residir. Achava-me no inferno. 

Bem, sei que o nome correto é umbral, mas para mim parecia mesmo qu era o inferno tantas vezes visto em pinturas renascentistas. 

Mas a dor que a imagem me causava não era nada comparada a dor moral de ter sido tão “burro”.

Desculpe-me a palavra, mas que fui burro eu fui, embora o meu amigo diga que sempre é tempo para recomeçar e fazer tudo muito melhor do que fizemos no ontem.

Hoje não estou mais em tão infeliz local, estou em uma escola apreendendo tudo aquilo que não pude quando apenas a riqueza me enchia a alma e os olhos.

Meus irmãos, não sejam como eu fui, olhem por tudo aquilo que é duradouro e verdadeiro, saibam que estas são as únicas riquezas que carregarão para todo o sempre. 

Via apenas o que queria, achava apenas aquilo que os outros queriam que eu pensasse, desde que o meu interesse fosse aquele que ao final fosse o vencedor. 

Fui ontem o que muitos são hoje, mas agora sou um ser que todos vocês um dia serão. 

Digo com amor que não desejem na terra aquilo que não seja amável à alma.
Escutem as vossas almas, é Deus falando. 

Tive muito apego material na terra ao ponto de não ter dado aos meus queridos filhos a atenção que mereciam. 

Hoje sinto tanta falta deles, mas sei que um dia estaremos novamente juntos. 

Tento inspirá-los a serem melhores do que fui e vejo que nem sempre atinjo o objetivo desejado, mas rezo a Deus para que Ele seja com eles tão misericordioso como tem sido comigo. 

A vida é uma jornada que acaba. Tenham certeza disso.

Um dia vocês estarão de volta, queiram ou não. O retorno é certo.

Façam, durante os anos, as malas que trarão, com afeto, caridade, amor ao próximo, persistência, resignação e sobretudo FÉ. 

A bagagem que trarão serão as roupas que cobriram a multidão de vossos pecados.

A vida deve caminhar sempre a favor do bem do próximo, não podemos mais acreditar que a riqueza é algo para alimentar o nosso egoísmo, mas deve ser fonte de ajuda e de caridade, com a sua distribuição de maneira fraterna e amiga.

Vejam como é bom o amor que espalha esperança e como é ruim o egoísmo que espalha o rancor e o ódio. 

O bem que o dinheiro nos faz é o mal que nos faz o egoísmo em seu uso, quando não obtido e gasto de maneira honesta e benevolente.

Fui ontem muito rico de riquezas matérias, mas hoje sou milionário de amigos, de afeto, de auxílio, de respeito e de amor. 

Como me arrependo de não ter começado na terra a minha riqueza eterna.

Fiz muito do que pude, mas pouco do que necessitava. 

Espero agora uma nova oportunidade no porvir, quando por misericórdia de Deus poderei aprender o verdadeiro valor dos bens materiais, através da redenção. 

Serei amanhã aquele que pede o auxílio do necessário para saber o que é o supérfluo.

Mas sei de bom grato que devo aprender por tal caminho, e que aqui estarão me esperando os meus mais valiosos bens, construídos com amor e respeito.

Que Deus guie os vossos caminhos, tanto quanto peço que Ele seja sempre o condutor de minha vida, seja onde eu estiver.

Agradeço ao amigo Pedro Paulo pela oportunidade, sempre valiosa, sobretudo por ser aquele que traz sempre a mim uma palavra amiga e de conforto.
Um abraço saudoso.

Antônio. 

Assistido e orientado por Pedro Paulo”

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Notícias de um jovem da espiritualidade para os jovens do plano físico. Mensagem amiga



“A vida ainda está para vocês no mesmo rumo que ontem esteve para mim, com as mesmas dificuldades, com os mesmos sucessos.

Sentimos aqui as nuanças do ontem com a mesma vivacidade, porém sem o peso da matéria que antes nos maculava toda a verdade.

A bem da verdade sinto hoje que conheço com mais precisão o que até a pouco tempo não pensava que fosse mais do que um sonho, uma ficção impossível.

Não meus irmãos, é verdade, cuja beleza somente consegui vislumbrar após a morte do corpo, quando o meu espirito liberto retornou ao seu lar. 

Às vezes ainda me pego com as lembranças do que vivi quando encarnado e penso que hoje o que sinto nada mais é do que uma fantasia, pois a força da sua beleza é tão grande que chega a acarretar o sentimento da dúvida.

Pude logo após o desencarne estar com entes queridos que me precederam e que vieram me receber de braços e sorrisos abertos, com a saudade igual ao daqueles que aguardam o retorno do ser amado de uma longa viagem. 

Quando comecei a caminhar pelos jardins dessa vida não podia acreditar que a beleza da natureza poderia ser ainda mais bela do que a que conhecíamos quando estava no caminho da terra.

São tantas as surpresas que temos que seria para mim muito difícil enumerá-las. 

Mas de todo coração digo: é verdade.

Encontro-me em uma morada para recém-chegados, toda ladeada com lindas pedras, cujo centro abriga oito pavimentos dedicados a nossa orientação, com 18 devotados colaboradores e instrutores. 

A cada um devo a minha lucidez, pois quando cheguei só tinha em mim perguntas e mais perguntas, e hoje ainda tenho muitas, mas também já consegui esclarecer muitas dúvidas. 

Estudar aqui é como ai, tem dia e hora, embora a sede de conhecimento esteja sempre desperta a qualquer movimento ou fala mais instrutiva.

Após a aula vem para nós, que a pouco chegamos, o descanso, pois ainda não conseguimos sentir, a todo o momento, a mesma força e disposição daqueles que estão aqui a mais tempo.

Após o descanso novamente voltamos as nossas atividades, que sempre é de perguntar e ouvir....muito.

Tem dia que já durmo querendo saber o que iremos aprender no outro dia.

É muito gostoso conhecer tudo o que vivemos aqui.

Mas busco, por passes amigos, controlar a minha ansiedade, trazida de quando ainda está ai, encarnado. 

Fiz uma amiga tão querida, cujo nome prefiro não disser, mas que acalenta a minha alma com a sua calma e paciência para apreender e ensinar.

Sua beleza ofusca a minha visão de espirito, ou vocês acham que espíritos não enxergam?

Enxergam muito. Vejo logo ao amanhecer aquela que hoje é minha amiga caminhando sorridente em minha direção, com livros na mão, e com o olhar a me disser “vamos?”

Acho que me encontro em uma colônia de jovens, pois é a maioria.

Meu amigo aqui presente diz que sim, que é uma colônia de recuperação e de ensinamento de jovens recém-desencarnados.

Estão vendo. Aprendo a toda hora.

Neste instante estou com o amigo que escreve essa mensagem apreendendo que posso mandar para vocês o que necessito escrever.

É a mediunidade vista do outro lado, pelo fio que liga o nosso pensamento ao do médium. 

Obrigado Deus por tanta beleza em seu reino.

Gostaria de disser a todos que Deus é realmente o único caminho para a felicidade, pois apenas através do amor, da caridade e da persistência em seguir o caminho de Jesus que poderemos alcançar a paz, da qual tanto necessitamos. 

Jovens esqueçam as “maluquices” do mundo da matéria, do dinheiro, dos carrões, de tudo isso ai, que nada mais é do que efêmero e passageiro. Vivam com eles, mas não precisem deles para viver.

A maior fonte da vida sempre será o amor.

Amem o próximo, a Deus sobre todas as coisas e a ti próprio, essa é a verdade do Mestre. 

Vivam na abundância da fé e não da riqueza financeira, mas da riqueza moral.

Deste lado da vida vemos que a maior riqueza do homem é a sua BONDADE.

Meus amigos como é bom ver o olhar doce e meigo daqueles que cuidam de nós com toda bondade e dedicação, pais devotados aos filhos regressos da luta terrena. 

Obrigado pelos amigos da vida espiritual por tudo que têm me feito.

Sinto saudade daqueles que ficaram, mas hoje tenho a certeza que revê-los é apenas uma questão de tempo, que é pequeno diante da eternidade da vida.

Oremos ao Pai, ao Filho e a todos os espíritos “santos” de Deus, para que continuem sempre a nós guiar, ensinar e amparar.

Que a misericórdia de Deus seja com vocês tão bom quanto tem sido comigo.

Com devoção de um amigo.

Gabriel.

NotOrientado e assistido por Pedro Paulo”

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Aborto na visão de um espírito que deseja renascer - mensagem




"Na janela que hoje me debruço para vislumbrar a beleza da vida revela que hoje não mais me encontro entre vocês, mas que deixei para trás o corpo que até a pouco conduzia a minha alma pela jornada que vivi na terra.

Quando estive entre vós vi e vivi o que a vida podia me oferecer, em abundância abusei dos vícios que me prejudicaram no corpo e que levou ao desprendimento precoce do espirito que o animava.

As misérias que mais pensam em nosso corpo não são aquelas experimentadas até mesmo pela fome, mas são os vícios que o destrói, atingido até mesmo o frágil perispírito que o liga ao espirito.

Estas sagas são sentidas mesmo quando a matéria já retornou para o seu lar, que é a natureza que a tudo aproveita.

Ao sentirmos libertos da matéria nos vemos ainda presos aos vícios mundanos que tanto nos maltratou sem que pudéssemos enxergar por detrás da máscara do orgulho e do egoísmo.

Por muito tempo vivi as sagas que me acompanharam e senti a cada dia o peso do arrependimento, pois poderia pela escolha correta ter evitado que esse mal me acompanhasse na espiritualidade.

Mas a justiça divina embora nos peça o cumprimento da pena, nos retribuiu pelo esforço de querer que amanhã a senda do bem seja por nós atravessada e vivida.

Quando vi que poderia encontrar de novo um caminho que me levasse à regeneração, a renovação da fé, e a superação de meus vícios, desejei enormemente experimentar dessa fonte. 

Foi quando não tive a porta aberta, pois o aborto levou da vida o corpo que hoje usaria. 

A tristeza me invadiu a alma, pois aquela seria a porta pela qual voltaria a vida terrena, através da qual poderia redimir os erros do passado, corrigindo os vícios que ainda subsistem no meu íntimo, reparando os males que fiz para aqueles que iriam me acolher por filho.

Mas a vaidade humana e o orgulho impediram que eles vissem que o que foi inesperado nada mais era do que a mão de Deus agindo com a justiça que lhe peculiar, embora não tenha encontrado naqueles que seriam meus pais a fé no porvir.

Voltei mesmo antes de ter ido de encontro com o novo corpo que habitaria, sofrendo por não ter atingido o meu intento.

Mas não mais me guiei pela revolta ou pela mágoa, busquei na fé a esperança de que o amanhã será melhor do que o ontem, pois assim quer o Criador.

Desde então estou no patamar que separa a vida espiritual da vida material, em que hoje estou desencarnado para amanhã encontrar a porta para o reencarne.

Meus irmãos não impeçam a vida, pois a cada aborto cometido uma porta se fecha para aqueles que precisam tanto de um novo corpo para recomeçarem e conseguirem, com fé, realizarem um novo final. 

Não menospreze a vida que palpita em seu ventre mãe gentil, que em seu colo amanhã terá para ninar aquele que poderá ser a vitima cuja misericórdia divina permite que repares o vosso erro do ontem.

Sinta em seu ventre a vida, a luz e o amor de Deus, que a tudo conhece e que sabe a hora que necessitamos para que uma nova história se faça presente em nossa vida.

Não sejam donos de uma verdade que apenas Deus conhece, sejam confiantes nos seus desígnios e serão no futuro merecedores de suas bênçãos. 

O que posso dizer desse lado? Aqui é a vida ai é a escola da qual a vaga necessitamos para que possamos nos sentar de frente para com a lousa para aprender as lições das quais tanto necessitamos. 

Sejamos breves em nossos comentários, pois assim pede o nosso guia.

Apenas desejo que saibam que a vida que geram ai começa aqui, com todo um preparo, na qual inúmeros espíritos esperam com fé uma oportunidade. 

Volto hoje confiante de que logo estarei novamente entre vós, após anos na espiritualidade tão amiga e bondosa, cuja felicidade nos faz querer o quanto antes a oportunidade da reparação e da superação, para que a cada dia possamos caminhar até o Pai, guiados pelo mestre Jesus. 

Lembrem-se, carreguem dentre de si a confiança e a fé, sabendo que estamos aqui, vivos e esperançosos. 

Amém.

Virgílio. 



Orientado e assistido pelo amigo Pedro Paulo”