quinta-feira, 29 de maio de 2014

Orientações para a prática da mediunidade - amadurecimento dos médiuns.





“Queridos irmãos de ideal e com muita alegria que assistimos o desenvolvimento mediúnico de muitos a favor do bem que se deseja ver praticado por toda a terra, cuja morada é para nós espíritos escola abençoada de aprendizado.

Memorizem com alegria as lições adquiridas no campo fértil da mediunidade, pois é escola que educa as diversas almas para a prática de suas faculdades na comunicação e constante intercâmbio entre nós e vocês.

Somos seres que estão em constante aprendizado, por tal razão o intercâmbio que se faz entre nós e vocês visa acima de tudo que se adquira conhecimento de verdades fecundas que germinarão no solo da atividade espirita, que trará ao longo do tempo as mais diversas benesses a todos aqueles que se dediquem a sua atividade de corpo e alma.

Não se melindrem com a crítica construtiva, pois visa justamente a superação de vícios que entravam o vosso desenvolvimento e impede o exercício pleno de faculdades sublimes à obra do nosso Criador.

Estamos por toda parte, dedicados ao estudo e ao uso dos médiuns dispostos a prática de suas faculdades para o exercício do bem a favor de seus semelhantes, tanto quanto para si mesmos, pois sempre sentirão, juntamente com todos, os benefícios do trabalho no amor e a favor do bem.

Não se apeguem em ideias que limitam tão nobre atividade dedicada ao bem, que por muitos séculos foi renegada a crendice popular de trabalho não bem quisto aos olhos de Deus.

Deus, em sua infinita sabedoria não teria dado ao homem esta tão bela e instrutiva faculdade se não fosse para o proveito e o crescimento moral de todos os seus filhos. 

A atividade no bem, seja qual for a maneira que se desempenha, sempre irradiará luz e sabedoria a outros tantos irmãos dispostos a tais exercícios, mas que ainda necessitam de motivação e de exemplo de seus semelhantes.

Sintam-se privilegiados pelo amor que Deus tem por todos, ao permitir que se comuniquem mesmo antes e após o desencarne, sabedores de que a vida continua e que é necessário renascer tantas vezes quantas sejam necessárias para o amadurecimento.

Não será endurecendo os ideais de mediunidade santificada pela espiritualidade mais elevada é que levaremos a termo as suas mais diversas finalidades, mas sim permitindo o constante amadurecimento da própria faculdade colocada ao bem.

O desenvolver de tais faculdades ocorre por certos caminhos que até agora eram desconhecidos, mas que começam a revelar quão abrangentes são, no auxilio do próximo, como de ti mesmo.

Ao nos colocarmos como instrumentos a favor da prática das obras edificadas na luz do amor divino, no bem do nosso próximo, estamos indiscutivelmente cumprindo a vontade de Deus.

Os caminhos em cuja missão será exercida cabem ao estudo e a prática constantes destas faculdades que com o tempo amadurecerão, tornando-se valiosos instrumentos da espiritualidade amiga no desenvolvimento dos mais diversos trabalhos de cura e de melhora íntima.

Não será limitando obras ou atividades é que se verá o espiritismo florescer cada dia mais na senda terrena, mas permitindo que a escola de suas atividades se desenvolva, com novas ideias e ideais, pois o que nos importa é o resultado salutar e benéfico da caridade. 

Igualmente não será com críticas desmedidas e desnecessárias, censuras previas de atividades benéficas e com revides de toda sorte que se cessará o trabalho do bem, pois este há de continuar, valendo dos instrumentos necessários e dispostos para tal fim.

Por isso irmãos de ideal se unam e conciliem a atividade mediúnica com a razão e com a fé sincera e sábia, buscando no exemplo do Cristo o que se necessita para o bom desempenho de suas atividades.

Lembrem-se meus queridos irmãos que a maior bandeira que devemos carregar é da caridade e para esta não há limite que não encontre na necessidade a sua razão de ser e de fazer.

Seremos sempre muitos, dispostos a agir, seja onde for, para que se germine aos quatro cantos do mundo a atividade santificada da mediunidade interpretativa, comunicativa e por vezes curativas, da alma e do corpo.

Lembrem-se o corpo físico é merecedor do nosso máximo respeito e consideração, devendo ser protegido e auxiliado como mecanismo indispensável para a morada do espírito enquanto ser encarnado, por isso será sempre atividade a ser desenvolvida aquela que lhe atenue as dores, aliviando os fardos do dia a dia. 

Não será renegando o seu objetivo regenerador do próprio espirito é que iremos permitir o devido auxilio àquele que lhe habita, pois ambos são necessitados de todo auxilio voltada a prática da benevolência e do amor.

Por isso meus irmãos Cristãos dediquem-se ao estudo, mas saibam que a prática constante das atividades mediúnicas no exercício do bem e da caridade sempre será a melhor escola do amadurecimento individual e de toda uma sociedade que necessita de apoio e constante auxilio dos amigos visíveis e invisíveis por alguns.

Que a luz do Cristo ilumine sempre a nossa jornada, seja qual for a realidade da vida em que estivermos temporariamente vivendo.

Que assim seja.

Pedro Paulo e Ana.”

terça-feira, 27 de maio de 2014

O benefício da resignação - a lição de um ex-morador de rua.




“Venho na escola da vida trazer a boa nova, de que nada se perde e de que tudo se transforma, por misericórdia Divina.

Aceitei quando encarnado o desafio da vida em penúria, com dificuldades por demais difíceis para um espirito até ali cansado de suas próprias falhas.

Meu caráter, moldado por sucessivas encarnações de soberba e riqueza, precisou conhecer a queda para que por este meio se levantasse diante do Criador, em perdão por suas mais variadas ofensas.

Se hoje não me reporto mais a Deus como Aquele Ser que me deve toda a sorte que antes vislumbrei, o Vejo agora como o Ser de luz que educa a seu filho enfermo de bondade.

Quando estive entre vós desafiei a todos com a minha sorte precária no campo da vida material, pois nada possuía que me valesse mais do que um vintém, gozava de pouca saúde, alimentação escassa e nenhum luxo, mas a fé me fez suportar o desafio da minha própria imprecaução.

Quando ainda encarnado vi diversos irmãos que na penúria se revoltavam contra o Criador por sua má sorte no campo da riqueza material, mas que gozavam de saúde a favor da labuta diária, embora lhes faltassem a coragem e a obediência.

Muitos caíram no infeliz erro de crer que a verdade está nesta presente jornada que nos cabe do mundo, como se toda uma história que não mais lhes guarda recordação na memória desaparecesse.

Na verdade nada há na vida que não seja efeito de uma causa que reside em uma existência precedente, seja de acertos ou de erros, estão sempre todos os fatos interligados, como uma contínua história que nos leva ao final que desejamos por força do livro arbítrio, mas que por bondade Divina será sempre a edificação do bem em nossos corações, seja no tempo que levar.

As dores que carregamos são chagas oriundas de nossa imprecaução, de sucessivos erros que cometemos e que nos leva para tão distante do bem, deixando a nossa alma a beira do abismo moral que nos conduzirá ao caos e ao sofrimento, por longo tempo.

Se hoje me entrego ao bem foi porque pela luta terrena aceitei as dividas que me cabiam, e ao longo da existência busquei arcar com o pagamento de muitas delas, ainda que pela força da resignação diante da miséria que me coube, por própria culpa no uso indevido das riquezas das quais fui depositário em existências pretéritas.

Hoje busco o acerto no bem, pois o único caminho que nos leva a paz é aquele que nasce de uma consciência repleta de boas realizações na seara do Pai.

Quando estive entre vós vi aqueles que sucumbiram diante do vício, pois a dor que lhes causavam a própria responsabilidade por seus atos insanos de existências passadas, pesava de sobremaneira em suas consciências, que deviam ser entorpecidas pelo ópio.

Usaram e abusaram dos vícios terrenos, cercados de infelizes irmãos da falange de desencarnados sofredores, que aos poucos minavam as suas forças, levando cada um a uma morte silenciosa, porém dolorosa, já que antes do previsto, em uma típica conduta de suicídio inconsciente e inconsequente.
Quando retornei para este lado da vida, pois estamos hoje apenas em locais diferentes, mas vivos, encontrei em minhas andanças no campo do auxilio fraterno muitos daqueles infelizes, cuja aparência aos poucos se deteriorava pela ideia inferior e pela dor atroz da revolta contra o Criador.

Porém vi outros tantos irmãos, cujos exemplos me serviam de bálsamo renovador da coragem e da fé, ao aceitarem seus desafios com coragem, sabedores de que o amanha cabe ao Pai, cuja vontade se faz presente em cada dia de nossas vidas.

Quando estava em praça terrena, com grave dificuldade de locomoção, pois um deslize que tive em momento inoportuno me levou a grave queda e fratura, estive diante de um irmão, que com o pouco que possuía, me trouxe o alivio por meio de muleta improvisada com a madeira adquirida de arvore frondosa.

Aquele gesto me lembrou da misericórdia de Deus, que nos acolhe e aquece ainda que por meio de pequenos gestos, sinceros e de amor ao semelhante.

Aquele irmão que a toda sorte não lhe assistia melhor vida do que a minha trouxe por seu ato uma atitude sincera de caridade pura e verdadeira, pois me acolheu e acudiu em momento de dor e dificuldade.

E assim eram muitos, que embora aflitos, não fugiam dos seus deveres de Cristão e forneciam ao próximo ainda que um pedaço de pão ou uma pequena parte na coberta que aquece.

Voluntários dos dois lados da vida nos socorriam diariamente, com as suas sopas, pratos de comidas e bálsamos de luzes salutares a nos renovarem na coragem e na fé.

O escárnio de muitos seres nos causava terrível dor, pelo descuido que alguns ainda têm com aqueles irmãos que vivem na rua, não apenas por escolha, mas, sobretudo, por necessidade, da própria superação, passando perto destes como se fossem doentes contagiosos ou seres de pouca importância e de repugnância aos seus corações orgulhosos e endurecidos no mal.

Mas nada nos faltava, embora a tudo quiséssemos, ainda que do necessário, aos poucos o alimento chegava até nos por mãos misericordiosas, com o amor e devoção aos seus semelhantes.

Arquei com o pagamento de difícil divida no campo do bem material e efêmero, cujo sopro Divino pode nos retirar todo o seu maleficio, a favor da edificação de novos valores, mais salutares e benéficos em longo prazo à nossas almas.

Mas se hoje posso dizer que a vida me acolheu como missionário de difícil tarefa, foi de levar aos meus semelhantes a certeza da força salutar que possui a resignação, como caminho de escolha que nos conduz as bênçãos do Pai.

Hoje ainda caminho pelas ruas desta terra bendita, mas não mais como morador, mas como auxiliador de irmãos que, como eu, conhecerão a melhora apenas após a vivência da queda, quando então saberão que nada nos pertence, mas que somos depositários dos bens do Pai, cujas contas deveremos prestar, e cuja dívida haveremos de arcar.

Por isso, meus irmãos, sejam responsáveis, se hoje vivem com certa abundância material, com algum luxo que os permita usufruir além do que seja necessário, saibam que tal benção Deus concede a favor da reflexão de seu uso e de que o tempo que lhe sobra seja sempre utilizado a favor do bem, como o patrimônio que se acumula por vontade do Pai e como tal deve ser utilizado a favor de outros tantos irmãos que dele necessitam, pois es tu mero administrador, cujas contas porém ser pesadas.

Que Deus nos utilize como instrumentos de Vossa sublime vontade e permita o alivio dos fardos de nossos semelhantes.

Que assim seja.

Alberto. Um amigo.

Assistido por Pedro Paulo.”




quinta-feira, 22 de maio de 2014

Em busca da perfeição da alma - mensagem da espiritualidade




“A verdadeira bondade do ser reside no fato de agir para com o seu semelhante com a mesma tolerância e amor com que gostaria de ser tratado, para que assim possa ser merecedor da benevolência divina quando a hora for chegada.

Não de pode olvidar que a boa conduta reside justamente no fato de agir a favor do semelhante com amor e tolerância de maneira a lhe propiciar apoio e conforto, sobretudo nas dificuldades que lhe abala o cotidiano, por vezes penoso.

Quando agimos a favor do bem daqueles que nos cercam, fazemos aos olhos de Deus a sua vontade na proteção de seus amados filhos, que labutam diariamente pela estrada da vida.

A encarnação que se descortina diante de um espirito que irá renascer faz com sinta a oportunidade de servir novamente a causa que embainhou.

Sente vivo o interesse ressurgir na vida material como aquele que passar a ter o devido interesse pelas lições ensinadas no educandário, sentindo em si a real necessidade.

Passa aos poucos se vestir com as vestes da matéria para que possa pela jornada terrena encontrar a si mesmo, e, ao final, diante da morte, a porta de retorno a sua morada e verdadeira realidade.

Por isso, é preciso que se renasça quantas vezes houver a necessidade, até que se eduque por completo o que lhe prejudicou durante a jornada evolutiva em direção ao bem.

Muitos ao reencarnarem se revoltam pelo aprisionamento de suas almas em corpo enfermos ou deficientes, que limitam as suas faculdades, que como espíritos desenvolviam e por vezes abusavam ao bel prazer.

São limitados pela misericórdia divina, para que não contraiam ainda mais dividas do que o espirito cansado já carrega, e cuja expiação lhe bate a porta por necessidade.

Ao trazer em seu subconsciente as limitações que carrega por culpa da própria imprudência, prefere a revolta ao invés da aceitação que lhe fará novamente aprender aquilo que não soube adquirir oportunamente.

Não digo isso a todos, pois muitos são aqueles que fazem de suas limitações físicas balsamos a lhe purificarem a alma e o caráter.

Estou hoje a falar daqueles que ainda se endurecem diante da vontade Divina, como se pudesse lutar contra aquilo que é inevitável, ou seja, a superação de si mesmo a favor do bem.

Dificultam a própria lição, pois ao invés de utilizarem de suas limitações por meio de belas lições da vida, preferem a revolta inútil e danosa a sua regressão.

Apressam-se diante da prova sem ao menos conhecerem os benefícios.

Alguns ainda se julgam melhores do que o outro por uma perfeição física que lhe soa como uma premiação adquirida por bons méritos.

Mas isso não lhe retira o dever do respeito e do auxílio ao semelhante a favor do seu acerto, pois se hoje gozam de tal qualidade da mesma forma podem não terem tido esta no passado ou ainda não gozarão dela no futuro.

São hoje beneficiados para servirem e não para se gabarem de uma qualidade que a todo tempo podem perder.

Aqueles que possuem suas limitações orgânicas e físicas nada mais são do que aprendizes e educadores, que ensinam aos outros a verdadeira importância da matéria e da alma.

Somente a alma nobre conhece a verdadeira beleza que possui aquele que lhe parece a frente, ainda que em vestimenta para muitos desagradável. 

A alma que anima o corpo é que revela a sua verdadeira nobreza e beleza e isso somente pode ser conhecido por atos e palavras, que saídas daquela pessoa revelam o seu verdadeiro ser.

Não devemos julgar aqueles que nos agridem a visão, mas sim aqueles que nos agridem a ética, o amor e a moral, pois caminham em erro.

Digo o julgamento de suas ações e não necessariamente de sua conduta persistente no erro, pois muito do que necessitamos somente o tempo e capaz de nos dar, seja por qual caminho for.

As limitações que devem ser objeto de preocupação são aquelas que nos agridem como pessoa e que diretamente ou indiretamente causam agressões aos nossos semelhantes, pois são causa de difíceis dividas.

Aqueles que encontram em corpo enfermo o aprisionamento de determinada faculdade já está a expiar as faltas das quais necessita, não sendo justo e nem fraterno que outros lhe agravem o duro encargo.

Somos aqueles que devem aliviar o fardo e não lhe agravar o peso, pois seremos causadores de sofrimento e isso terá um preço no futuro do qual não gostaríamos de sermos devedores.

Por isso sejamos tolerantes, ainda que aquele que nos dirige a palavra não seja no momento tão querido ou admirado, mas sintamos a verdadeira bondade de Deus ao sermos amorosos e benevolentes no relacionamento com o próximo.

Não pensem que amanha não estarão em situações semelhantes, pois há muita lição que todos devem aprender.

Destes seres que possuem alguma enfermidade ou limitação duradora há ainda aqueles que se vistos além da matéria cegariam muitos com a sua luz e bondade, pois se hoje aceitam tal desafio é para que outros aprendam a verdadeira lição do que realmente importa e está além do corpo, está na alma.

Que Deus nos proteja e ilumine a nossa visão diante da vida.

Que assim seja.

Do amigo Pedro Paulo”

terça-feira, 20 de maio de 2014

Decepção e os seus benefícios para a reforma íntima.

 
 


“A bendita misericórdia divina é o que nos protege dos males do cotidiano, transmitindo o apoio do qual necessitamos para a superação dos obstáculos que nos obscurecem a visão, entorpecida pela matéria.

A luz do esclarecimento traz novo brilho à vida que passa a ser guiada pela certeza de um porvir muito mais seguro e favorável ao seu desenvolvimento, por meio de lições nem sempre fáceis de serem adquiridas.

A decepção é curiosa ferramenta de que a vida dispõe para ensinar e reeducar o ser que se conduz pelo caminho do erro, trazendo este de volta a razão e a compreensão de suas verdadeiras necessidades.

Decepcionar-se é parte integrante de um todo que visa modificar o caráter do ser a favor do seu próprio bem, no sentido de lhe purificar a alma diante de más inclinações que ainda lhe sujeita ao erro.

A visão que se tem da necessidade modifica-se quando a decepção traz ao ser a necessidade de se rever como pessoa, para que o acerto não lhe fuja das mãos pela raiva ou pelo rancor.

Alguns ao se decepcionaram trazem para si todo o rancor e mágoa que necessitam para que não encarem a dura realidade de suas próprias ações.

A decepção modifica o ser enquanto o ódio e o rancor lhe conduzem ao abismo do erro. 

Para que o acerto e o reajuste do caráter sejam feitos é preciso que o ser traga em si a humildade de reconhecer as próprias falhas e modificá-las, para que o caminho seja novamente traçado a favor de sua própria melhora.

 
Não é possível que a pessoa persista no erro de acreditar que a decepção não lhe seja em parte o fruto do próprio plantio, pois ninguém colhe aquilo que não houver de alguma forma contribuído.

A melhor decepção é aquela que o ser sente em face de si mesmo, pois traz a certeza de que reconhece um erro e a necessidade de melhora intima.

 
Os nossos semelhantes são frutos que nos educam a favor da melhora íntima, que envolve, nitidamente, o relacionamento com o próximo.

É preciso modificar-se, pois assim supera-se a cada dia um novo obstáculo que obscurece a razão e a fé.

Deus como Pai que deseja aos seus filhos todo o bem sabe e conhece de antemão as necessidades de cada um no campo fértil do aprendizado diário.

Por esta razão nos coloca diante de desafios cada vez mais difíceis para que certas raízes que entorpecem o ser sejam arrancadas, dando lugar a todo bem e amor que de verdade necessitamos.

 
Não será por outro caminho do que o do esforço diário e contínuo que venceremos os obstáculos do caráter, pois somente assim teremos méritos para habitarmos moradas mais felizes.

Ainda ontem ouvi uma historia triste contada por ser de muitas falhas, mas ao mesmo tempo de invejável melhora intima.

O chamarei de Benedito.

Este amigo que foi muito pobre em vida soube dela usufrui o que há de melhor, embora o caminho tenha lhe sido penoso.

Quando ainda pequeno perdeu seus pais em um triste acidente ocorrido em fabrica que ficava próxima de sua casa.

Órfão, sem ter quem cuidasse de sua sorte, colocou-se a andar pelas ruas a procura do que pudesse encontrar.

Nenhum familiar lhe veio ao socorro, alguns porque nem mesmo do necessário dispunham.

Quando se viu entregue ao completo desânimo, lhe aparece um bondoso senhor que lhe apresenta uma oportunidade de ganho.

Seria vigia de automóveis e com isso poderia auferir pequena renda que possibilitaria o aluguel de um pequeno quarto em uma pensão.

Vou o que lhe bastou para que se entregasse diariamente ao trabalho, cuja sorte lhe sorriu no momento da maior penúria. 

Ao poucos adquiriu confiança e foi ter com o seu chefe, o mesmo que lhe havia oferecido o emprego.

Desejava um aumento, embora estivesse na labuta não há muitos dias, acreditava já ser merecedor.

Recebeu de resposta um belo não, pois o momento não era propício.

Decepcionado entregou-se ao álcool e passou a ser relapso no trabalho, até que nenhum vintém mais lhe fosse devido, pois havia perdido o emprego dado em momento de grande penúria.

A decepção lhe agravou o caráter e de trabalhador honesto passou a surrupiar outras pessoas na ânsia de saciar seu atual vicio e ver a suas pequenas contas pagas.

Foi finalmente preso e encontrou na cela outros tantos na mesma situação.

Como que se um raio lhe partisse as ideias, viu que o seu erro foi de se colocar em situação na qual ainda não era nem sequer merecedor.

Deus lhe havia concedido uma chance do trabalho honesto, que aos poucos lhe possibilitaria novos deveres e assim maiores ganhos mensais.

Quis muito quando ainda prestava muito pouco serviço condizente com o ganho que visava.

Pensou em seu antigo chefe, que sem lhe conhecer estendeu a mão confiando serviço de vigiar o patrimônio alheio, avalizando com o próprio nome o serviçal do qual dispunha.

Viu que havia tido um amigo que lhe estendeu as mãos, cujo valor não soube dar, mas pelo roubo quis ganhar aquilo que somente a responsabilidade lhe faria valorizar e merecer.

Saiu do cárcere e retornou ao seu antigo trabalho e ao pedir perdão pelo erro, demonstrando que pela decepção apreendeu a duração lição da necessidade e do mérito, colocou-se a agradecer toda a ajuda dada.

O seu amigo de bom grado lhe ofereceu novamente o emprego pedindo de retorno apenas disciplina, pois o resto viria a seu tempo, pois muito o aguardava na empresa que agora lhe empregava.

Assim a lição da qual necessitava veio pelo caminho da dor e da decepção, pois somente assim a luz da razão lhe trouxe novamente a certeza da fé e do bem divino.

Que Deus nos proteja sempre e nos dê o discernimento necessário nas escolhas, acertadas ou não, mas cujas lições todos necessitamos, cada um no seu tempo e modo.

Que assim seja.

Do amigo Pedro Paulo.”


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Expiação. A importância de aceitar as dificuldades da vida. Mensagem da espiritualidade.



“Que a luz de nosso Senhor Jesus Cristo ilumine a todos, como cântico dos anjos a favor de todos os seres celestiais que habitam as mais diversas moradas do Pai.

Venho contar-lhes uma história, que traz para nós a certeza da continuidade da vida como escola incansável a educar seus filhos.

Nasci pobre, não tinha nem sequer do que me alimentar, vivi em completa penúria, meus pais eram paupérrimos, tínhamos em casa pouco mais do que o necessário.

Vivia pelas ruas perambulando atrás das migalhas que os nobres e ricos podiam me dar a favor de pequeno ser que nada mais queria do que um prato quente de comida, pois pouco havia ingerido naquele dia.

Sabia que a dificuldade seria para mim passageira, pois tão logo pudesse entraria nas entranhas do crime para obter para mim e para os meus toda riqueza que de nós havia sido usurpada.

Sentia a angústia de querer o quanto antes calcar novos degraus da vida para que o crime me trouxesse o luxo que tanto inveja me causava.

Não me faltou a boa educação, pois os meus pais, embora humildes, haviam se esforçado para transmitir a ética e a moral, para que quando crescesse fosse honesto, ainda que a pobreza foge a minha vida.

Mas de nada adiantou, pois como espirito rebelde, que havia reencarnado em dura expiação material, nada pude contra as minha ainda nocivas más inclinações e enveredei pelo caminho tortuoso do crime.

Passei a retirar dos abastados o ouro que deles sobravam, para que a minha riqueza fosse tão grande quanto aquela que via caminhar pela rua.

Quando podia nutria a torpeza com certo requinte de crueldade e julgava com severidade as vítimas que para mim tinha sido algozes de minha derrota.

Percebia que a cada novo delito o ouro se avolumava em meus bolsos, quando a cria que o trazia nada mais era do que a dor dos meus semelhantes.

Nada podia tirar daquela insana ideia, pois sabia que aquele caminho seria para mim sem volta.

Sem acreditar na continuidade da vida, pensava eu que aquilo duraria apenas uma vida e que após o inferno ou o céu seria a minha morada.

Não pensava nas consequências dos meus atos e nem na justiça que haveria de vir por misericórdia Divina.

Surrupiei muita gente, retirei deles até mesmo o necessário, pois do luxo que vivia quase tudo havia sido retirado de algum irmão, que, ainda que infeliz, havia sido vítima de minha ganância, que não encontrava mais limite.

Para que as minhas paixões e vícios fossem saciados a riqueza havia ganhado contorno vultoso, mas nada daquilo trazia para mim o conforto da felicidade e da paz.

Aos poucos aquele castelo de ouro e fantasias ruiu e pelas mãos de algozes que haviam sido de mim vítimas no passado, fui morto e encontrei pela arma fria a porta do retorno a casa do Pai.

Fui recebido deste lado com muita angústia por aqueles que desejavam o meu retorno como vingança por todo mal praticado.

Fui julgado com toda severidade e condenado as mais duras penas do remorso.

Sofri as mais difíceis provações em regiões densas que haviam sido por mim já tantas vezes habitadas.

Não sei precisar quanto tempo fiquei lá, mas sei as marcas que trago comigo de toda dor sofrida, embora tenha sido justa e fruto de minha própria imprecaução. 

Quando pude ser resgatado por irmãos benevolentes mal podia ser reconhecido por causa da minha debilidade perispiritual, que havia mudado toda a minha fisionomia pela dor e pelo remorso.

Quando aos poucos adquiri novamente a consciência vislumbrei ao longe os meus pais, repletos de luz, cuja riqueza nenhuma é possível de dar.

Meus pais estavam lindos, juntos e sorrindo em minha direção, com as mãos dadas, como aquele Pai da bíblia que recebe de volta o filho pródigo.

A mesma festa e alegria sentiam os meus pais, que transmitiam a paz de terem de volta o filho que havia fugido das responsabilidades.

Aqueles pais que antes viviam na penúria agora estavam envoltos em uma luz branca e cristalina, de paz e saber.

Aqui posso dizer estavam muito acima de muitos daqueles nobres e ricos de outrora que se gabavam de toda fortuna acumulada, cuja parte eu surrupiei.

Pois bem, junto dos meus pais passei a ser reeducado, na compreensão das verdades espirituais que envolvem todo o nosso ser.

Passei a entender que o resgate havia sido minha escolha, cuja riqueza havia sido outrora a minha perdição e que novamente havia me entregue aos prazeres materiais sem pesar as consequências dos meus atos insanos.

Estou hoje em nova morada, junto dos meus amados pais, que me guardam e protegem como antes, quando eu não soube valorizar.

Hoje digo que de verdade estou sendo educado, não pela luxúria, mas pela humildade do amor e da paz.

Agora sou nesta morada humilde mais feliz servidor, que busca por meio da fraternidade resgatar um pouco de suas enormes faltas.

Socorro muitos, que como eu, caíram no erro da matéria e das paixões do mundo, que esqueceram as verdades eternas tão nobremente ensinadas pelo Mestre Jesus.

Hoje vejo que o Maior de todos os homens foi entre eles o mais humildade e ao mesmo tempo o mais sábio.

Que sigamos o Seu exemplo, pois hoje compreendo que somente Ele é toda verdade e vida, sem o qual nada podemos ter de paz.

A consciência nos guia diariamente na vida, como sendo por ela que os bons e maus conselhos nos chegam, ouçamos aqueles que nos brindam com a luz do esclarecimento para que não cainhamos em tentações perigosas a nossa evolução.

Que a paz de Jesus Cristo esteja em nós, diariamente.

Que assim seja meus amigos.

Com amor.

Mario Lúcio.

Guiado e orientado por Pedro Paulo”

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dias melhores virão pela justiça divina e não pela vingança.




“A leitura que fazemos do porvir é de que dias melhores virão, pois ainda há de se edificar sobre a terra as virtudes tão prometidas por nosso Mestre amado, Jesus.

Com o passar do tempo a humanidade caminha a passos mais largos em direção a sua redenção, demonstrando que tem sido aprendiz de valiosas lições adquiridas ao longo do tempo e de sucessivas reencarnações de seus habitantes.

Não fogem mais dos deveres, mas antes tentam, a sua maioria, aplicá-las em ações que visam o bem estar dos semelhantes, como sendo o único caminho capaz de fortificar nos seres o verdadeiro sentimento de paz.

As consciências de muitos despertam gradativamente a favor do bem, desejado por nosso Pai, para que a abundância da vida se transforme em alegrias, cuja felicidade norteará todos aqueles imbuídos no ideal de fé e amor.

A paz com que se vê o amanhã nada mais é do que o merecimento adquirido de difíceis lutas que cada um trava contra si mesmo, eliminando, aos poucos, as entraves que minam o seu caráter, para que corações residam a esperança e o amor ao próximo.

Quando estamos distante de tudo aquilo que é Divino nos tornamos rudes, amargurados, pois não conhecemos de perto tudo aquilo que consola e conforta o ser.

Pensamos que toda a verdade reside em nosso caráter mesquinho e leviano, quando de fato ela está dentro de cada um que sabe procurar em si o fruto da criação, pois tudo que é divino foi entregue a cada ser.

Alguns ainda se entorpecem de paixões, violam emoções e solidificam em seus corações o rancor, a mágoa, tornando-se orgulhos e egoístas, com vaidades desmedidas, como se estivem em idade histórica passada, cujos homens estavam mais perto dos instintos selvagens. 

Isso ocorre por necessidade de almas endurecidas amadurecerem por meio de duras escolhas, cujas consequências serão trágicas, embora não injustas, mas devidas, como reparação e expiação, para que aos poucos o seu caráter se transforme, se mortifique, a favor daquilo que o Pai Celestial espera e deseja.

O choque de valores que hoje transforma a sociedade em campo fértil tanto do bem quanto do mal é algo do qual toda a humanidade necessita, para que se transforme e regenere.

As ações violentas são tidas como escandalosas aos olhos de Deus tanto quanto as bondades lhe afagam o coração e o desejo.

O mal ainda é necessidade de muitos, para que de verdade estejam dispostos a se superarem a cada dia na compreensão da vida, sobretudo daquela que continua após o encerramento da vida física, que nada mais representa do que uma mudança.

Hoje estamos diante de irmãos que ainda não saciados do veneno da vingança e do ódio agem com destemor contra aqueles que julgam inferiores, tornando-se vingadores de uma sociedade tida como desprotegida, entregue a própria sorte.

Esta ação justifica-se por corações endurecidos pelo orgulho e por sentimento de dever quanto a proteção de seus semelhantes, mas que na verdade estão imbuídos por razões de amor próprio, para que nutram uma justiça de si e por si.

Mas isto não será tolerado por uma sociedade que caminha por veredas de justiça e fraternidade, que vê em seus semelhantes necessitados de toda sorte, inclusive de educação e amadurecimento moral.

Aqueles que crêem na justiça divina sabem que a necessidade que deve nortear o homem é o do servir e não de julgar aqueles que estão pela estrada da vida em constante aprendizado e reajuste por meio de provas e expiações.

Todos sentem a justiça por seus próprios atos, pois assim quer o Pai que é toda bondade e misericórdia, ainda com aqueles que lhe fogem aos conselhos. 

Não devemos empunhar a espada da justiça que ainda nem sequer conseguimos compreender em toda a sua plenitude, por isso confiemos em Deus, que a todos conhece e sabe o que cada um necessita, inclusive por merecimento.

Sofremos diariamente a justiça por nossos próprios atos do passado, como consequência da lei da causa e do efeito, sentindo aquilo que outrora produzimos.

Amemos mais e julguemos menos, pois não temos a sabedoria experimentada pela experiência que nos capacite ao acerto necessário.

Vejamos no outro aquele que erra, mas que ao certo deseja, ainda que a sua maneira, acertar, ou seja, sejamos todos mais tolerantes.

Carreguemos a certeza de que no porvir tudo será ainda mais forte e belo do que já foi um dia, pois estamos em constante evolução, inclusive o orbe que hoje todos habitam.

Devemos sentir pelo outro o afeto, o amor e a compreensão que o anima a ser melhor, mais capaz, ainda que esteja de alguma maneira arcando com as consequências de seus atos.

Aquele que é segregado da sociedade pela lei dos homens, que nada mais é do que aquilo que espelha o desejo gradativo e misericordioso do Criador, já sente em sua conduta as duras consequências do erro cometido.

Não será pela vingança que tornaremos a sociedade mais justa, mas sim pela caridade, pela necessidade constante de amadurecimento, de educação salutar para que alma caminhe a favor de uma melhor compreensão da Verdade que rege toda a vida.

Esperemos dias melhores, pois estes virão e devemos por mérito esforçar-nos a sermos merecedores de habitarmos nova era de mais sabedoria e paz.

Que assim seja,

Pedro Paulo”

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Sejamos como as criancinhas - sinceros e humildes.



“Que venham a mim as criancinhas, pois delas é o reino dos Céus, assim ensinou o Mestre Jesus.

Nosso divino mestre ao ensinar aos seus discípulos a valiosa lição acima quis transmitir a necessidade da humildade para a existência terrena.

A criança é sincera em suas ações e simples em seus atos, pois assim educa-las se torna muito mais fácil.

Quando nos tornamos arredios e indiferentes com as lições do mundo perdemos a simplicidade da criança, e, desta maneira, temos enorme dificuldade em aprender tudo aquilo do qual necessitamos.

A perda da simplicidade de outrora, de quando ainda estávamos na infância, faz por vezes que causemos danos a nossa aprendizagem.

Amadurecer não é perder a simplicidade e a humildade, mas antes fortifica-las diante das provações da vida.

Se soubéssemos como o mal nos aflige quando perdemos de dentro para fora a beleza da alma infantil jamais deixaríamos para trás estas valiosas virtudes, que tanta falta nos faz no porvir.

A leveza da alma está em saber caminhar sobre a terra com a nítida impressão de que nada mais é do aluno do basilar educandário de provas diárias e expiações indispensáveis para a purificação do caráter e da alma

Quando vemos muitos perderem aquela inocência juvenil para adquirir a malícia adulta, que nada mais é do que uma doença que inibe a bondade e a sinceridade, pensamos com pesar na tristeza que sentirão quando descobrirem pela porta da morte o tempo perdido na jornada que lhe cabe.

Diariamente vemos desde lado pessoas que nos julgam como se fossemos crianças por causa de nossa inocência diante da vida, mas não percebem que a sabedoria exige simplicidade e firmeza com ternura, sem os quais é impossível educar aqueles que ainda necessitam.

Somente o amor fraterno, sincero em ideal e honesto em virtudes pode tornar o nosso próximo aluno fiel do Mestre.

Jesus nos deixou seu legado de simplicidade e amor, sendo que ensinou a importância da inocência para que as suas lições sejam realmente sentidas e vividas.

Aqueles que amadurecem a custa da malícia, que crê que a maldade é uma realidade e a esperteza uma necessidade, perde a chance de crer na bondade e misericórdia divina, pois de Deus é que parte todas as coisas e não há nada que Ele não conheça e benção e lição que não seja justa e ou necessária.

Filhos percebam suas reais necessidades, mas eduquem-se pela simplicidade, sejam inocentes com as lições que lhe são passadas pela espiritualidade amiga, pois assim entenderão como muito mais facilidade as verdades que lhes escampam pelas mãos quando se amadurece na contra mão da divina sabedoria.

Não lutem contra as verdades eternas acreditando que nada mais são do que crendice, pois estarão certamente fugindo de suas responsabilidades e isto terá um preço, por vezes muito alto.

O remorso é uma dor que faz nossa alma sangrar até o ultimo minuto o tempo deixado no abismo moral que nos tornamos irmãos. 

A leveza virá sempre da certeza de que nada pode aquele que nada sabe, mas tudo pode aquele em que tudo crê a favor do seu Pai.

Amem meus filhos, mas saibam por que amam, e como uma criança, sejam simples e inocentes, pois assim o Pai os acolherá nas suas moradas.

Que assim seja.

Pedro Paulo e Ana”

terça-feira, 6 de maio de 2014

Os benefícios da coragem quando a vida possui muitas dificuldades. Lição da espiritualidade




“A luz que o Cristo irradia a favor de toda a humanidade precisa ser sentida pela força da fé e por meio da realização de suas obras a favor dos seus irmãos tão queridos, ainda que por momentos difíceis adoecidos. 

A vida é a uma escola da qual não fugimos, não há como evitar aquilo do qual necessitamos em nem daquilo que plantamos em nosso caminho.

São muitos aqueles que sucumbem diante das diversidades da vida, pois de fato não é fácil manter-se de pé quando diversas são as turbulências que nos atingem.

A dificuldade que nos causa temor, que aflige nossos corações são frutos de nossas próprias imprecauções, muitas vezes decorrentes da falta de amadurecimento. 

Quando estudei a causa do caos verifique que a sua origem vem justamente da falta de sensatez humana que ainda se julga dona de uma escola cujo Único na direção é Deus.

O Pai, cuja bondade escapa muitas vezes de nossa compreensão, jamais deseja ao filho amado o caos, mas sim a abundância da vida repleta de paz e alegria, desde que frutos de muito trabalho e merecimento.

Por isso nada que nos ocorre é de inoportuno, tem uma causa e certamente uma finalidade, que conheceremos quando ao final a provação mostrar para o que veio.

Fruto do esforço a coragem é a única fonte capaz de dar-nos a sabedoria de superar as dificuldades, pois estará conosco nas horas difíceis, para que o desânimo não nos dirija ao abismo.

A verdadeira fé é viva, está em sintonia com tudo aquilo que é divino, pois é preciso estar confiante naqueles que labutam a favor dos seus semelhantes, pois sabem, tanto quanto nós, a necessidade da prova e da expiação, como benéficos purificadores de almas infantis e arredias. 

Agora a pouco pude notar a dificuldade de muitos irmãos em compreenderem que nada daquilo que pensamos sobre o semelhante pode estar certo, que o erro com que julgam é o que de fato os acolhe. 

Meus amigos, como o tempo é um salutar remédio, a paz vem da certeza de que esperar ainda é a solução mais eficaz diante do caos que por vezes se instala em nossas vidas.

A resignação e a humildade não podem deixar de estar conosco quando a dificuldade estiver nos importunando com a sua eficaz lição.

Os filhos que se incomodam com a dificuldade estão dizendo ao Pai que a lição não lhe agrada, pois não é aquilo que deseja, porém o Criador não alimenta a sua criatura com outro alimento que não seja aquele que lhe deixe forte e saudável.

Desta maneira anime-se ainda que na diversidade, tenha coragem de caminhar adiante, aguardando a luz do porvir, pois ela virá e seu brilho trará novamente o sorriso perdido.

Deslumbre-se com aquilo que já possui, com as dificuldades já vencidas, pois verá que é capaz, desde que não lhe falte a coragem que por tantas vezes o socorreu.

A verdade que traz para a vida a certeza do fim pela estrada redentora do desencarne não nos deixa dúvida de que a paz ainda é a maior riqueza que podemos levar quando do retorno a umas das casas do Pai.

Assim apegue-se ao que lhe é belo do ponto de vista da saúde física e mental, que lhe traga ânimo, coragem, otimismo, pois assim estará bebendo da água límpida da coragem.

Quando a coragem faltar lembre-se Daquele que até no último momento não desanimou, mas foi a verdadeira coragem viva, cuja fé foi capaz de transportá-lo para a paz ainda que seu corpo padecesse na dor.

Lutem, pois a vida é contínuo combate, sobretudo contra nós mesmos, crianças cujo amadurecimento ainda há de muito ensinar.

Que a paz do Cristo esteja conosco.

Que assim seja.

Pedro Paulo”

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Pelo elo da bondade a favor dos semelhantes - a luz para a alma.




“A bondade com que agrada ao semelhante traz a certeza de que o caminho que escolheste é do ser que pede para que a sua jornada traga as bênçãos da espiritualidade, guiada pelo mestre celestial Jesus Cristo.

A quanto andas a vossa bondade? Tem agido a contento a favor daquele que ainda lhe parece rude?

Traz no coração a certeza do ajuste, da complacência fraterna, do auxilio amigo?

Guiaste as suas atitudes pela benevolência, visando, sobretudo, a paz?

Quiseste a renúncia ao invés da luta salutar e benéfica?

Pediste e recebeste o que de fato desejas, nem mais nem menos.

Não aponte ao semelhante a culpa pela dor que hoje experimenta, pois é fruto das próprias escolhas.

Ninguém lhe obriga a renúncia das obrigações, se faz é porque escolheste este caminho ao invés daquele que lhe impõe o dever de lutar, sobretudo contra os seus próprios entraves.

As vezes nos conduzimos diante da vida pela mão que afaga ao invés daquela que nos impõe o dever.

Se possuímos o compromisso assumido de trazer a Boa Nova e praticar em todo quanto o bem, não será fugindo que evitaremos o embate, pois pesará sobre a nossa consciência o remorso, ainda que tardio.

Quando se escolhe servir, não é com exigências que se trará para perto a compreensão, mas pelo dever de prestar continuamente a assistência fraterna e amiga aos que necessitam, pois assim também somos.

Prestem atenção naqueles sinais que lhe trazem a certeza da obrigação, pois com certeza verá que ali reside o dever que não pode faltar.

Somos chamados a todo estante para o bem que deseja praticar, pois assim quer o Criador, mas poucos são aqueles que aceitam de coração o dever supremo de servir.

Pedimos os méritos antes mesmo de merecê-los.

Somente deslumbraremos um horizonte mais tranquilo quando a nossa vida estiver de fato em paz, com a missão concluída.

Não será evitando o mal que traremos para nós o bem, pois este serve justamente para aquele que ainda não se apegou a salutar luz que ilumina, mas sim na treva que escurece a própria razão e a fé.

Desta maneira, pense que o deslinde de vossas ações deverá sempre ser o bem a quem necessita, não pense em desanimar, pois isso lhe custará um remorso do qual se arrependerá.

Nas aguas cristalinas dos oceanos vivem milhares de seres que juntos trabalham pela harmonia de todo um ecossistema, pois labutam cada um ao seu modo e pela sua obrigação, a favor do bem de cada um que lhe ocupa parte do ambiente.

Servem, para que seja enfim servidos, e juntos gozem de suas bênçãos.

A humanidade tem muito a aprender com estes, por vezes, pequeninos seres.

Se soubessem a força que gerem ao se unirem a favor de um bem teriam a certeza de que nada é em vão, ressoando em tantos outros lugares os benefícios alcançados.

Por isso lhes digo a bondade é uma salutar atitude que se dirige antes de tudo a si mesmo.

Não é antes para o semelhante que a alegria traz luz ao coração, mas sim àquele que escolheu lhe servir, como porto seguro de amor e paz.

Vemos com muito costume a aliança formada para a desordem.

Sim meus amigos; para se criar uma desordem é antes necessário que os seres se unam, em ordem, para tal fim desordeiro. 

Ou vocês acreditam que o mal que se pratica é aleatório? Sem que haja qualquer organização e aprendizado?

Não meus queridos, o mal também se une em ideal, com a nítida intenção de se fortalecer, unidos em ideais de revanchismo, de maldade.

O elo que os une é a maldade que os nutre.

Do outro lado haverá sempre exércitos de obreiros a militarem a favor do bem, unidos pelo elo e ideal de bondade para com os seus semelhantes.

A diferença primordial está na certeza de que apenas o segundo caminho pode levar à verdadeira paz e felicidade, pois nos conduz em direção ao Pai, enquanto o outro nos afasta, gradativamente, levando-nos ao abismo e ao caos. 

Por isso é hora de aprenderem que somente o elo da bondade, que reside em cada caridade pura que praticaste, é que a união será bela e forte ao ponto de impedir que o mal avance, sobretudo, nos próprios corações. 

Deste lado da vida travamos as mesmas lutas, que nos conduzem a este ou aquele caminho, por isso é tão importante a escolha consciente e a ação que seja enfim eficiente.

Aquele que já escolheu o caminho de servir, agindo pelo bem e para o bem daqueles que lhe são irmãos, não podem deixar de trazer no espírito a bandeira da bondade, pois ali estará a luz do amor e da paz cristã.

Queridos, julguem-se melhores e assim sejam, pois não haverá luz que não seja capaz de trazer claridade onde ainda reside o erro e a treva.

Lutem sempre contra suas próprias más inclinações e verão triunfar o bem que já há muitos milênios reside dentro de cada um.

Que a luz do cristo nos traga o esclarecimento salutar e benéfico.

Que assim seja.

Da amiga

Ana.

Acompanhada e guiada por Pedro Paulo”