domingo, 21 de dezembro de 2014

Capítulo 04 - A DANÇA.


“ Naquela noite o baile seria para muitos um marcante reencontro e para alguns a oportunidade de se fazer presente na reunião que desencadearia muita dor e sofrimento.

Logo que a noite se fez presente o baile deve início, chegavam pessoas de toda as partes da cidade, ávidas pela comemoração. Foi neste festejo que adentrou a linda Clara, com seu vestido azul, um lindo colar de pérolas, usando um simples par de sapatos brancos, com o seu cabelo preso para trás, pôs a guiar-se com maestria para dentro do salão.

Sentou-se, como era de costume, com os seus pais que logo avistaram a família de Rodolfo, pois haviam escolhido mesas próximas.

Logo que Clara entrou foi como se uma luz tivesse se feito brilhar em todo o salão, deixando apenas visível a sua leveza e beleza, foi assim que Rodolfo sentiu em si a emoção do reencontro, não mais por meio do pátio da escola, mas em um baile, no qual as lembranças de outros tempos se faziam mais vivos.

Clara experimentou rara emoção quando viu tão próximo o querido Rodolfo, pelo qual já nutria um sentimento peculiar de carinho, daquele tipo de quem quer cuidar do outro, ser para o outro o seu porto seguro.

Ambos estavam revivendo emoções já experimentadas em outras existências, pois se tratava de um reencontro de almas afins, que já estiveram juntas em outras viagens pelo tempo e pela matéria, em aprendizado no educandário da vida.

Ana Maria pouco depois chegou ao baile, não com o seu costumeiro olhar de desdém, demonstrando com toda a sua beleza, sua elegância, mas sim com a fisionomia triste, pois estava abatida com o falecimento do pai, bem como que estava hoje naquele lugar não para comemorar, mas sim para tratar de negócio, assumindo, ainda que em tenra idade, a liderança de sua família. 

Mauro adentrou no salão com toda a pomba que exigia a ocasião do recebimento de seu ilustre pai, interventor que agiria na região em nome do governo federal. 

Foram aplaudidos e após breve discurso, ao lado do prefeito, o ilustre visitante foi ovacionado pelos presentes. 

O lindo baile teve inicio, começando com o um jantar com pratos típicos da região e sobremesa feita por ilustres esposas daquela cidade em homenagem ao visitante.

Após o jantar teve inicio as conversas entre as famílias e uma famosa banda passou a tocar as musicas americanas ouvidas nesta época.

Foi em uma destas músicas, cujo ritmo romântico embalava muitos corações, que Rodolfo, embora acanhado, pediu a Clara que lhe concedesse uma dança.

Clara sem nem mesmo conseguir controlar o batimento de seu coração, por causa de pedido tão inesperado, colocou-se em pé e estendeu com toda doçura a sua mão ao cavalheiro concedendo a este a sua pedida dança.

Aqueles dois jovens, de corações tão bons, colocaram-se no meio do salão e apenas pela troca de olhares sabiam em que posição e por qual toque estariam hábitos a dançarem.

Sentiam que não era a primeira vez que estavam juntos, dançando com leveza uma música que embalava os seus corações.

Por breves momentos seus olhares se cruzaram e por segundos estiveram parados um diante do outro como a dizer como era bom te reencontrar. 

Naquela noite renascia em seus corações o amor de outras existências, que estaria para com eles por toda a presente encarnação, embora muita luta ainda houvesse que ser travada até que certa paz lhes permitisse viver aquele sentimento recíproco.

Enquanto a música embalava os corações desses dois jovens, Ana Maria estava sentada em uma grande mesa oval juntamente com outros chefes de famílias ilustre, em conversação com o visitante, sendo que ao lado deste estava o jovem Mauro. 

Pois assim bem, aquela noite ainda traria aos nossos amigos muitas surpresas, algumas desagradáveis.” 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O desejo de servir após o desencarne e a importância do trabalho enobrecedor - mensagem.




“A luz do luar iluminava toda a imensidão de anciãos que desejam para si o descanso eterno, e sentiam-se ainda que animados com o porvir, pois se Deus havia criado o mundo, toda essa bela e frondosa natureza, ao certo haveria de ter reservado a todos o paraíso, desde que merecedores de serem os seus novos habitantes.

Mas entres eles havia um que não desejava o descanso, mas antes o trabalho, pois sabia que embora o corpo já lhe impedisse de servir, a alma estava ativa, com coragem e ânimo para o progresso e assim não desejava o repouso, mas o serviço.

Sabia que apenas a assistência que se presta ao mundo é capaz de trazer em seu coração a paz que deseja, pois, com a prática do bem, novos prazeres são sentidos, sobretudo na alma.

Queria e desejava servir, pois o seu corpo embora não mais lhe fosse tão útil, seria para ele a porta de entrada para uma nova vida.

Desta maneira se colocou a rezar, pedindo à Deus que no desencarne não encontrasse o descanso, mas logo o refazimento de suas forças para que estivesse logo hábito ao trabalho enobrecedor.

Foi então que forte abalo sísmico atingiu a região desses anciões, e todos foram levados ao desencarne.

Os que queriam o descanso encontraram o caos, pois não havia somente trabalho, mas toda uma falange de almas necessitadas do mais básico, consolo e apoio.

Do outro lado não viram uma rede para dormir, mas uma enxada a lhes mostrar o brilho da lavoura que haveriam de plantar, no caminho do bem e do progresso daqueles irmãos menos afortunados.

Alguns se rebelaram dizendo “já trabalhei também, já fiz tanto na terra, hoje que mereço o descanso encontro o trabalho.”

Mas de nada adiantava o lamento, pois estavam ali para a labuta, somente o trabalho poderia enobrecer aquelas almas ainda revoltas com o desejo celestial.

Porém aquele que deseja ser útil, encontrou no trabalho a sua alegria de servir, e ao agradecer a Deus lhe rogou por mais oportunidade, pois via em cada dia a luz de um recomeço a sua alma para novas e novas lições.

Já não lamentava mais o desencarne, mas sentia o alivio do sofrimento carnal que havia deixado para trás e gozava da luz da renovação física.

Por isso naquele lugar, onde muitos encontraram o desencarne, um filho soube atender ao chamado do Pai, pois este necessitava do seu auxílio, de sua experiência, para que colocasse em prática os seus planos de reerguimento dos enfermos de um hospital que havia sucumbido na tragédia.

Aquele irmão, logo que deixou o corpo, sentiu o alivio do refazimento, cuja mão divina lhe tornou um homem capaz de servir a nobre missão do bem.

Os demais encontraram não o refazimento, mas o cansaço pela porta que lhes abria com a nobre oportunidade, e antes de se colocarem ao trabalho, se viram em lamúria, pois ao pensarem apenas em si mesmos, já não gozavam da benesse da caridade.

O orgulho lhes cerravam a visão, eram incapazes de verem que pelo trabalho seriam amanhã agraciados com a inexistência do cansaço e com a alegria do refazimento diário e glorioso da alma.

Porém o trabalho que estavam a desempenhar, antes de alivio, trazia mas sofrimento e isso seria sentido por muitos, até que a luz da razão um dia trouxesse a eles o devido esclarecimento.

Por isso meus irmãos, lhes digo, aquele que procura o trabalho encontra o descanso, aquele que procura o descanso encontra apenas o trabalho, que lhe traz o agravamento de suas razões.

Somente cansa aquele que ainda não fez do labor um exercício diário de amor, pois aquele que encontra da lida diária a oportunidade ao bem, estará a cada dia com um novo brilho no olhar, uma nova força será para ele a mão divina a guiar os passos.

Que o trabalho  seja para nós a luz e não a escuridão de nossa própria sorte.

Que a paz do Cristo nos guie hoje e sempre.

Que assim seja.

Jorge

Assistido por Pedro Paulo”


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Capítulo 03 – A FESTA.


“ - A que horas inicia-se o grande o Baile, perguntou o ilustre interventor.

- Logo que a noite caia o baile terá início e assim poderá conhecer muitos daquele que lhe serão eternamente gratos pela ilustre visita que nos faz, disse o benemérito prefeito.

- Pois bem, enquanto isso eu aguardarei junto a minha família e nos preparemos a altura do baile, mas lembre-se venho em nome do Governo Federal e desejo conversar com muitos daqueles que nos serão de grande valia no projeto que me cabe levar a termo.

- Esteja certo ilustre interventor, estarão todos ao seu aguardo.

Naquela noite, as dezoito horas, começou o baile que todos aguardavam ansiosamente, e nela estava a bela Clara, com seu traje elegante, esperando que ali pudesse ver aquele que já lhe afagava o coração.

Com seus quase dezoito anos, o jovem Rodolfo não pensava na bela Clara com o mesmo olhar, pois aquela jovem tão nova embora lhe despertasse um sentimento que não sabia descrever, não se via ainda capaz de amar alguém que para ele era tão jovem, que havia até ali comemorado apenas 14 primaveras.

Mas sabia que algo novo surgia em seu coração, mas não sabia como descrever um sentimento que de tão forte poderia lhe arrebatar emoções até então não experimentadas com outras mulheres.

Queria lhe fazer a corte, ou seja, chegar até junto de ti, apalpar os seus cabelos, mas se via impedido, pois naquela pequena cidade isto poderia ser visto como um ato improprio de alguém tão perto da maioridade. 

Mas nem tudo naquela noite seria brilho e alegria, pois não longe dali Ana Maria se preparava para, mesmo em luto, ir até a festa, ainda que por poucos muitos, pois sabia que negócios importantes seriam tratados e como única herdeira deveria estar presente e defender os interesses de sua família.

Embora também contasse com apenas 14 anos, a bela Ana, trazia em si já um sentimento de tristeza, pela frieza com que sempre fora tratada por muitos de sua família, que a considerava indigna de herdar tão volumosa fortuna.

Fora obrigada, ainda nova, a vestir-se de forma senhorial, trazendo no semblante a altivez de quem sabe ordenar e ser obedecida.

Seu pai, já enfermo, preparava o campo que lhe serviria de trabalho e, para tanto, muito de sua mocidade haveria de se perder no tempo e no espaço, para ceder a necessidade do trabalho e do lucro.

A mãe, que não gozava de boa saúde, via-se obrigada a aceitar agora os caprichos da filha, que se tornou a herdeira única de toda uma fortuna, e assim deveria a ela toda a obediência que antes dirigia exclusivamente ao esposo, que agora encontrara o retorno à morada espiritual.

Ana Maria sabia a importância daquele baile e deveria ir na defesa dos interesses de sua família que há tanto tempo vivia do comércio da borracha, mesmo velando o seu pai em sala fúnebre de sua casa, iria ao encontro daqueles que seriam guiados por interventor vindo da capital federal. 

Mauro, aquele jovem espetacular para os olhos de sua mãezinha, não via a hora de retornar as suas atividade e deixar ali a cidade que mais lhe parecia uma triste caricatura do norte do país.

Porém seu pai, com toda a sua altivez o fez mensageiro de boa nova que seria levado a todos naquela noite, pois como seu assessor e sucessor deveria desde logo participar dos negócios de Estado e da família.

Não seria a primeira que veria seu pai, imbuído do patriotismo que vê na oportunidade o momento propicio de riqueza, oferecer negócios ilegais a comerciante ávidos por lucro.

Acostumado a perder o medo de errar, pois somente correndo o risco seria capaz de estar à altura do seu pai, Mauro estava disposto as mais difíceis façanhas para alcançar novos rumos nas finanças de sua família.

Rodolfo, jovem tímido, que sabia que estaria hoje diante de tão prestigiosa menina, nada temia da vida a não ser a morte, pois não desejava deixar o seu corpo antes de gozar os prazeres terrenos. 

Sabia lutar pela vida que queria, mas na hora de impor seus ideais ou estar junto daqueles que lhe emitiam grande simpatia, a timidez o impedia de ir adiante.

Mas era jovem de bom coração e auxiliava e muito seus pais e mensalmente se dedicava ao consolo dos enfermos do Hospital Regional.

Bom, aquela seria uma noite de reencontros e muitos amores seriam novamente experimentados, revividos, mas da mesma maneira o ódio, a magoa e o rancor mostraria que a necessidade da dor ainda era eminente. 

Ao cair do dia, quando se iniciava a noite, teve início o Baile, com toda a sua pompa, elevando aquela pequena cidade a uma nova era, de prosperidade, amor, ódio e poder.”




segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Capítulo 2 - REENCONTRO



Década de 1960, nascia na maternidade de Alvorada a pequena Clara, tão pequena e frágil aquela menina, que vinha aclarar a vida de seus país, pequenos comerciantes locais que vendiam bordados diversos.

Aquela linda menina, loura, de olhos claros, logo ganhava vida, passados os anos, se tornava bela moça, com postura exemplar e linguajar reto, trazia em si o semblante da calma e o brilho da razão que lhe fazia um bom partido para os jovens da região.

Logo veio a luz do amor a lhe brindar com o seu brilho ao encontrar no educandário o pequeno Rodolfo, jovem forte, capaz de mais de um prodígio no esporte, mas que nada mais queria do que se mostrar capaz de estudar e trazer em si o brilho da bondade do coração.

Ambos se conheceram já na década de 1970, quando ainda jovens cursavam o hoje ensino médio, que se denominava de científico. Juntos visavam alcançar novos rumos para suas vidas. Rodolfo vinha de uma família humilde, de trabalhadores do comércio local, e se dedicava com afinco a auxiliar seus pais na labuta diária, queria muito se fazer “doutor” e poder auxiliá-los na velhice, que logo viria bater a porta da vida.

Ainda jovens, seus país dedicavam ao comércio; eram trabalhadores honestos, tinham uma oficina de roupa e vendiam suas produções para outros comerciantes. Os pais de Clara eram um assíduos clientes.

Na escola, os dois jovens apenas trocavam alguns olhares - nada mais do que isso- pois ainda tinham a vergonha daqueles que sentem no coração uma paixão que lhes rebate do chão, mas impede que a coragem o dirija até o próximo.

Quando tinham aulas de canto suas almas transpunham o limiar da matéria e sentiam-se livres, vivos de uma forma diferente, sem que se tocassem... sabiam que lhes havia uma alma afim, que de antemão já conheciam os desejos e sonhos um do outro. Por isso quando estavam em casa pensavam com vivaz no neste ser já tão querido, mas sem aquele cunho de sordidez que reveste hoje muitos corações, mas com a pureza daqueles que apenas o bem deseja ao seu irmão de coração.

Ambos não sabiam, mas já viveram juntos, na direção que a vida lhes pede, em muitas encarnações, e naquela seriam felizes, mas diante de desafios que todo o ser deseja passar a favor de sua própria superação, poderiam sucumbir. Porém a ajuda amiga jamais haveria de lhes faltar.

Naquela pequena cidade que se encontra no norte de nosso país, viviam muitas comunidades europeias, que há tempos encontraram naquele local, após o fim da segunda guerra, uma nova oportunidade, um recomeço para as suas vidas. Embora na região houvesse muito calor, aqueles irmãos viam naquela região a oportunidade do progresso e por isso se colocavam diariamente ao trabalho com a vivacidade de quem  sabe que todo dia é grande e importante na vida de cada um.

Com pouco mais de alguns milhares de habitantes, a pequena cidade recebia seus visitantes ilustres sempre com muita festa, e seria assim, naquele início da década de 70, quando um famoso interventor iria com a sua família conhecer aquela região e prometer o que jamais cumpriria.

Mauro, jovem de apenas 14 anos, filho de tal interventor, estava junto de sua família, quando foram todos recebidos pela população local. Era abril de 1974, quando se fez presente aquela família ilustre, recebidos pela comunidade na pessoa de seu Prefeito Municipal.

À noite haveria uma linda festa, realizada pelos comerciantes locais que visavam agradar o ilustre visitante e sua família e que contaria com a juventude da pequena cidade, entre esta estava linda Clara e também o jovem Rodolfo.

O norte do país nesta época ainda vivia e muito do comércio da borracha e de outros derivados que a mãe natureza generosa fornecia a todos nós, e este era o maior objetivo do interventor, estimular o comércio ilegal da borracha, através de alguns comerciantes ávidos por lucro fácil.

A noite estavam todos prontos para a linda festa quando a triste notícia do falecimento de terrível fazendeiro local chegou trazendo junto a certeza de mudanças, que não agradaria a muitos. Ainda assim a festa seria realizada, mas sem aquele que poderia ter sido um dos piores pioneiros do comércio ilegal, porém, havia agora, aquela jovem herdeira a representar a família junto aos demais.

Ana Maria, jovem de seus quinze anos, única filha de famoso fazendeiro, cuja mãe enferma nada podia fazer para lhe prover o futuro, viu-se obrigada a partir dali e ser a nova chefe do poderoso brasão dos Afonsinos.

Aquela não seria uma festa qualquer, mas onde o destino destes jovens que ainda tão pouco da vida sabiam, mas que já há muitas encarnações se conheciam, teriam novas oportunidades ao progresso e ao bem de si mesmos.

Que a luz da divina misericórdia de Deus seja para com eles o esclarecimento e a proteção


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Continuação.....CAPÍTULO 01.



CAPÍTULO 01 - NA ESPIRITUALIDADE



“- Bom dia minha querida, como passou a noite?

- Muito bem, graças a Deus me sinto refeita, após tantas tormentas as quais me entreguei por tempos que nem sei mais precisar.

- É assim mesmo, quando retornamos a nossa morada, sentimos o alívio do peso deixado para trás e buscamos a renovação da nossa fé, pela vontade firme de não parar, mas de seguir adiante, sem parar pelos obstáculos, mas vendo que estes antes de nos fazer o mal fortalecem a alma para a vida.

- Realmente venerável amiga começo a sentir isso mesmo, que ainda ontem tudo me era tão penoso, mas agora começo a acreditar que posso sim superar os meus obstáculos e enfrentar com coragem os desafios que hoje possuo, sem que perca no amor aquilo que tanto bem me fez sentir.

- Querida sinta-se firme diante do firmamento de possibilidades e saberá dele fazer o proveito que melhor lhe convir no restabelecimento de suas forças, e saiba que nada morre quando surge do amor, pois em toda a eternidade gozará de seus mais benéficos benefícios no campo da assistência e do auxílio.

- Porque ainda sinto tanta falta daqueles que me precedem na carne, porque ainda não consigo perceber com toda exatidão que já não mais habito o corpo físico?

- Minha querida isso se deve ao fato de o desencarne não encerrar em nós a vida que tivemos enquanto seres encarnados, nada muda minha filha, somente regressamos ao lar que até a pouco tempo habitávamos, por isso sente como se nada de fato houvesse mudado, e realmente é assim que ocorre, se encanam aqueles que pensam que a morte é um fim, que nada mais será como antes, doce ilusão, mas que em nada contribuiu para o adiantamento moral de cada ser.

- Onde eu posso encontrar a força que necessito para superar os males que ainda me acometem, pois sinto muito as dores que há pouco tempo o medicamento terreno me possibilitava o alívio.

- Minha filha chamais abandonamos uns aos outros e Deus em sua infinita bondade não desampara a ninguém, saberá que aqui os alívios são outros, mas tão eficazes que quando estiver mais aliviada verá em ti operar o que muitos chamam de milagres, mas que nada mais é do que restabelecimento de suas força, pela corrente viva do amor.

- Mas se eu posso superar hoje os males o que será de mim quando nada mais estiver a impedir o meu seguimento?

- Estará habita minha irmã a seguir adiante e nada lhe bastará pois muitos são os chamados mais poucos são aqueles que como ti são os escolhidos a servir a nobre causa do bem e por tal razão muita luta ainda haverá de travar contra si mesma, para que veja no firmamento um novo amanhã de mais paz e alegria.

- Sinto tanta falta daquele que na terra somente soube me amar, como pude ser com ele tantas vezes severa, se no amanhecer de cada dia o seu sorriso me despertava para um novo dia sem que eu soubesse se haveria outro.

- Isso ocorre porque ainda não sabemos amar diariamente, sem esperar que no futuro sejamos gratos, mas demonstrando a cada momento o amor que temos por cada um que nos cerca a vida, sobretudo aqueles que nos são afins em sentimentos e em ideais de vida, mas saiba que sempre haverá tempo para tudo e nada se perde, ainda que se feche uma porta saiba que outra nova se abrirá, mas devemos sim aprender sempre como é bom viver cada dia como se fosse o único que temos.

- Minha amiga quando então poderei sair daqui e me reencontrar com aqueles entes queridos que eu deixei após a minha morte física?

- Saberá quando for chegada a hora, até lá se recomponha e com fé tudo será novamente possível, acredite nisso, por ora oremos a Deus por sua recuperação, que os bons amigos nos auxiliem, hoje e sempre.

Ana, fiel amiga de Clara, já de outros tempos, via ali a sua oportunidade de assistir aquela que há tão pouco tempo encontrou pela porta da morte física o seu retorno ao lar espiritual. Sentia por ela grande afeto e sabia que de nada adiantaria lhe trazer notícias que tão mal lhe podia fazer.

Clara encontrou nos braços de seu amado marido o conforto por tanto tempo, o apoio do qual necessitamos, pois um era para o outro o porto seguro em que se refazia fisicamente.

Mas ali, agora diante do desencarne, sentia ainda presa aos antigos compromissos, sem que soubesse que de nada mais adiantaria sofrer pela perda que de fato nada mais era do que um até breve passageiro.

Rodolfo novamente se casara, pois já haviam passados longos anos desde o desencarne de sua amada Clara, que lhe deixava com dois filhos ainda em idades que necessita de diversos cuidados.

Felipe e Bruno, dois pequenos anjos que encontravam agora no pai e na mãe de coração a força para seguirem adiante no desenvolvimento de suas potencialidades.

Mas nem sempre foi assim, Clara e Rodolfo foram muito felizes, por longos anos, pois o amor deles nasceu do coração que logo de início se deparou com o brilho do olhar do próximo, chamando para si aquele e aquela que por anos seriam como se fossem um só corpo, uma só alma.

Mas se a vida nos permite o começo também não nos falta as oportunidades que necessitamos para que tracemos novos rumos na estrada da vida.

Se vocês querem realmente saber por poucas vezes pude ver um amor como o deles, não aquele que prende, maltrata, mas aquele que liberta, que sabe que a alegria está justamente no bem que se quer ver na vida do outros, para todo o sempre.

Por isso começamos a nossa história como que fosse pelo fim, mas verá que nada mais é do que o começo, pois se houve toda uma mudança, houve também um desejo sincero de superação.

Clara e Rodolfo se conheceram ainda muito novos, mas o amor deles já era eterno.

Pedro Paulo e Ana”


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

COMUNICADO



Caros leitores do BLOG em relação a última publicação "o início de uma linda história de amor" gostaria de informar a todos que se trata do início de uma obra, um livro de romance, cujos capítulos serão publicados, semanalmente, no próprio BLOG. Nesta semana haverá o primeiro capítulo desta obra de autoria dos bons amigos da espiritualidade.
Abraços.
André.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O início de uma linda história de amor.





PREFÁCIO.



Bom, como iniciar um romance, sem que haja previamente uma ideia? Escrevendo com a alma aquilo que nem os olhos podem ver.

Quando iniciei a estrada da regeneração comecei a pesquisar as nuanças do amor, sobretudo porque a dor por vezes tem sua origem justamente na doença que se instaura na primeira.

Como então auxiliar uma alma que sofre sem que estejamos hábitos a entendermos do amor? Somente com as lições que o amor nos oferece podemos ser doadores do bem, seja a quem for.

Amando se adquire a virtude de ser melhor a cada dia diante dos constantes desafios da vida e isso se passa com tantas quantas pessoas a nossa imaginação possa conceber.

Por exemplo: um homem se apaixona por uma mulher e vê nela a alegria de viver, porém quando este sentimento não é devidamente correspondido adoece a alma daquele que tanto tinha a oferecer àquela que naquela oportunidade não desejava receber.

É assim na vida de tantos homens e mulheres que pela estrada da vida encontra a alma que lhe é a fim ou mesmo aquela que lhe desperta a simpatia, pois não estamos aqui sem que antes já vivêssemos tantas outras vezes.

Bom, como se diz recordar é viver e para isso é necessário não se perder em tantos comentários, mas simplesmente pelo dom da escrita expor, sentir e revelar aquilo que muitos escondem dentro de si mesmos. 

O romance nos apaixona, mas também educa o ser ao amadurecer nele aquilo que realmente importa, ou seja, amar intensamente,  sobretudo, nos limites do próprio ser, sem perder a estima que deve ter sempre por si mesmo, como filho de tão bondoso Criador.

Jesus nos deixou claramente a mensagem da força do amor e de como exercer este tão nobre sentimento, mas sem perder de vista aquele amor que devemos ter por nós mesmos.

Confiar em Deus é a primeira grande lição e amar aos nossos semelhantes o segundo e grande exercício diário a exercitar hoje e sempre, mas tendo em nós o mesmo sentimento que desejamos ser grandes doadores.

Nesta história que iremos contar conhecerão a vida de Clara e Rodolfo, dois jovens, apaixonados pela vida, que se encontram em diversas oportunidades e com visões algumas vezes tão antagônicas, mas com algo belo e comum, o amor.

O verdadeiro exercício do perdão não é fácil, mas é difícil não ter este ato quando se tem adiante a alegria de viver, a luz do amor e a razão de saber que nada é mais importante do que o dom da vida. 

Muitos ainda se perdem em pequenas ilusões, são feitos de reféns de suas próprias tormentas, perdidos em direções tão distantes das realidades que se quer ver viva em cada ser.

Porque somos ainda infelizes? Porque ainda não aprendemos que amar é o mais forte remédio para a própria alma?

Simples, somos imperfeitos, mas na nossa ainda tão singela imperfeição somos portadores de histórias, cuja a vida se incumbiu de escrever bem forte em nossas almas. 

Clara uma jovem, tão linda quanto o tempo lhe permitiu mas tão forte em seus sentimentos que por muito tempo se perdeu, em ilusões, cujas as cortinas se incumbiram de pouco a pouco fechar a cada uma. 

Rodolfo, ambicioso moço, belo em suas intenções, mas sem a sensação de que o tempo e a obra que se pede é aquela que devemos fazer a cada dia, sendo o amanhecer o brilho de uma nova oportunidade.

Os dois personagens desta obra poderia ser eu, poderia ser você, suas lições, suas vidas, são em tudo como as nossas, receadas de verdades, mas repletas de ilusões, cuja vida se incumbe de mostrar a verdadeira face cada dia. 

Que saibamos amar como se não houvesse amanhã, pois na verdade nós não sabemos se de fato haverá, para que sejamos os construtores de nossas reais necessidades e que façamos das oportunidades o verdadeiro presente diário de Deus.

Que assim seja.


Pedro Paulo e Ana."