“Que brilhe a Vossa luz, oh Jesus, que nossa vida seja repleta da Sua Paz e do amor que sente por cada um de nós.
Adivinhei ainda ontem a sorte de alguém que me procurava em centro espirita cuja seriedade me deixava na contra mão do trabalho comprometido.
A sorte que previ é de que o caminho que traçaste por meio de adivinhações costumeiras é do fracasso certo e benéfico no amanha para a purificação da alma.
Não me encontrei em estado mais materializado para naquele centro me manifestar com o intuito de zombar, mas sim de trazer certa luz de esclarecimento aos irmãos de outras jornadas.
Queridos amigos que hoje dirigem a casa se perderam no caminho tortuoso do orgulho e da vaidade, e de um ambiente de luz e caridade, a sua porta tem estado aberta para a mesquinhez e luxuria.
Fiz-me presente com a intenção de auxiliar tantos aqueles que ali procuram alguma ajuda quanto àqueles que ali se comprometeram com o trabalho mediúnico.
Festejei o jubilo sincero daquele que ontem me foi tão querido e que agora me cabe velar.
De súbito me aproximei do médium que incorporou e por ele disse o que havia de necessário.
Sai levando comigo a sensação de que algo de novo estava para acontecer.
Conto o que me aconteceu com a intenção de lhes dizer que não é afastando do que nos parece mal que iremos transformar as nossas vidas em casas mais alegres.
As vezes o que lhe parece mal nada mais é do que algo que precisa ser esclarecido e compreendido, educado por meio da benevolência Cristã.
O mal que nos parece afligir é por vezes aquele que mais ensina, sobretudo a ter humildade, de não ser aquilo que ainda não somos, ou seja, superiores.
Pensem como seriamos órfãos se aqueles que nos são superiores fugissem do mal, estaríamos ao certo abandonados a própria sorte.
Ser bom é necessariamente ser caridoso, não há como ser benevolente sem que a chama do amor acenda diariamente o coração.
Somente podemos agir por bem quando a sua finalidade é exatamente transformadora, sem que a intenção de trazer o jugo a quem ainda não aprendeu a acertar em muitos aspectos.
O bem deve nascer exatamente onde o mal germina, para que amanhã a colheita não seja ainda mais danosa.
O amor deve nascer onde o ódio se faz presente, para que dele se envergonhe e se retire.
Não é trazer para junto de si aquele que ainda caminha pelos vales da maldade, mas ter para com ele a benevolência de não ser parte do agravamento do seu mal, mas de alguma forma o exemplo ou o bem a lhe acolher de diversas formas e maneiras.
A bondade que nasce do coração encontra na força do perdão o seu alicerce mais firme, impedindo que se sucumba diante de uma dificuldade que nos parece incurável.
O mal tem cura e sempre terá, o bem é o único sentimento que ao final triunfará.
Mas como poderemos praticar a confiança na sabedoria divina se não estivermos constantemente em provação por vales que nos parece escuro e mal.
Como acender a luz onde a claridade já fez toda a sua parte?
Precisamos ser mais perseverante com o mal, pois não é se ocultando, fugindo ou acreditando que este até não existe, que poderemos vencê-lo.
Somente por intermédio do amor bondoso que poderemos combate-lo.
A caridade ainda é e sempre será a melhor maneira de evitar que o mal propague seus efeitos.
Não há melhor proteção do que o bem.
Como poderemos evitar o mal se por ele tivermos o sentimento maléfico do ódio, do rancor e da vingança.
Como poderemos evita-lo se o alimentarmos?
Precisamos evitar a sua propagação e isso muitas vezes se dá por meio da ação ferrenha e certa.
Quando estive no centro a minha intenção foi combater o erro, o mal que ali estava se propagando, não com o dedo apontado para aqueles que o dirigem, ou mesmo por meio de severidade e de alguma atitude mais altiva.
Estive lá como alguém que não se faz a principio perceber e fiz a clareza do meu ato por meio da previsão simples da colheita, pois não se trata de estabelecer o que no futuro acontecerá, mas simplesmente de acreditar que toda causa produz um efeito na mesma medida.
Se o mal persistir naquele local obviamente o fracasso estará do outro lado do tempo, pois senão o resultado não corresponderia exatamente a sua causa.
Busquei pela realidade da lei de Deus esclarecer aqueles irmãos e pela minha afinidade do passado confia-lhes a segurança da missiva que dirigi.
Por isso trago hoje nova mensagem que peço a todos que propaguem. Somente o bem é capaz de apagar uma multidão de erros e vícios, pela caridade a porta da salvação estará sempre aberta a nos aguardar.
Não acreditem que a omissão, a fuga do que lhes parece mal ou perigoso fará de vocês, no amanhã, pessoas mais seguras ou felizes, pois o preço do que deixou de fazer, pela ociosidade, será um remorso mais infeliz do que o próprio mal que não impediu.
É preciso estar diante da vida pronto para combater aquilo que lhe parece agredir, não com a espada que fere, mas com o amor que cura.
Apontem em direção ao Céu o coração e guiem-se pela luz da serenidade e da fé em Cristo.
Que assim seja.
Beatriz.
Assistida por Pedro Paulo”