terça-feira, 29 de abril de 2014

Combata o mal com o bem que lhe cabe. Mensagem amiga




“Que brilhe a Vossa luz, oh Jesus, que nossa vida seja repleta da Sua Paz e do amor que sente por cada um de nós.

Adivinhei ainda ontem a sorte de alguém que me procurava em centro espirita cuja seriedade me deixava na contra mão do trabalho comprometido.

A sorte que previ é de que o caminho que traçaste por meio de adivinhações costumeiras é do fracasso certo e benéfico no amanha para a purificação da alma.

Não me encontrei em estado mais materializado para naquele centro me manifestar com o intuito de zombar, mas sim de trazer certa luz de esclarecimento aos irmãos de outras jornadas.

Queridos amigos que hoje dirigem a casa se perderam no caminho tortuoso do orgulho e da vaidade, e de um ambiente de luz e caridade, a sua porta tem estado aberta para a mesquinhez e luxuria.

Fiz-me presente com a intenção de auxiliar tantos aqueles que ali procuram alguma ajuda quanto àqueles que ali se comprometeram com o trabalho mediúnico.

Festejei o jubilo sincero daquele que ontem me foi tão querido e que agora me cabe velar. 

De súbito me aproximei do médium que incorporou e por ele disse o que havia de necessário.

Sai levando comigo a sensação de que algo de novo estava para acontecer.

Conto o que me aconteceu com a intenção de lhes dizer que não é afastando do que nos parece mal que iremos transformar as nossas vidas em casas mais alegres.

As vezes o que lhe parece mal nada mais é do que algo que precisa ser esclarecido e compreendido, educado por meio da benevolência Cristã.

O mal que nos parece afligir é por vezes aquele que mais ensina, sobretudo a ter humildade, de não ser aquilo que ainda não somos, ou seja, superiores. 

Pensem como seriamos órfãos se aqueles que nos são superiores fugissem do mal, estaríamos ao certo abandonados a própria sorte.

Ser bom é necessariamente ser caridoso, não há como ser benevolente sem que a chama do amor acenda diariamente o coração.

Somente podemos agir por bem quando a sua finalidade é exatamente transformadora, sem que a intenção de trazer o jugo a quem ainda não aprendeu a acertar em muitos aspectos. 

O bem deve nascer exatamente onde o mal germina, para que amanhã a colheita não seja ainda mais danosa.

O amor deve nascer onde o ódio se faz presente, para que dele se envergonhe e se retire.

Não é trazer para junto de si aquele que ainda caminha pelos vales da maldade, mas ter para com ele a benevolência de não ser parte do agravamento do seu mal, mas de alguma forma o exemplo ou o bem a lhe acolher de diversas formas e maneiras.

A bondade que nasce do coração encontra na força do perdão o seu alicerce mais firme, impedindo que se sucumba diante de uma dificuldade que nos parece incurável.

O mal tem cura e sempre terá, o bem é o único sentimento que ao final triunfará.

Mas como poderemos praticar a confiança na sabedoria divina se não estivermos constantemente em provação por vales que nos parece escuro e mal.

Como acender a luz onde a claridade já fez toda a sua parte?

Precisamos ser mais perseverante com o mal, pois não é se ocultando, fugindo ou acreditando que este até não existe, que poderemos vencê-lo.

Somente por intermédio do amor bondoso que poderemos combate-lo.

A caridade ainda é e sempre será a melhor maneira de evitar que o mal propague seus efeitos.

Não há melhor proteção do que o bem.

Como poderemos evitar o mal se por ele tivermos o sentimento maléfico do ódio, do rancor e da vingança. 

Como poderemos evita-lo se o alimentarmos?

Precisamos evitar a sua propagação e isso muitas vezes se dá por meio da ação ferrenha e certa.

Quando estive no centro a minha intenção foi combater o erro, o mal que ali estava se propagando, não com o dedo apontado para aqueles que o dirigem, ou mesmo por meio de severidade e de alguma atitude mais altiva. 

Estive lá como alguém que não se faz a principio perceber e fiz a clareza do meu ato por meio da previsão simples da colheita, pois não se trata de estabelecer o que no futuro acontecerá, mas simplesmente de acreditar que toda causa produz um efeito na mesma medida.

Se o mal persistir naquele local obviamente o fracasso estará do outro lado do tempo, pois senão o resultado não corresponderia exatamente a sua causa.

Busquei pela realidade da lei de Deus esclarecer aqueles irmãos e pela minha afinidade do passado confia-lhes a segurança da missiva que dirigi.

Por isso trago hoje nova mensagem que peço a todos que propaguem. Somente o bem é capaz de apagar uma multidão de erros e vícios, pela caridade a porta da salvação estará sempre aberta a nos aguardar.

Não acreditem que a omissão, a fuga do que lhes parece mal ou perigoso fará de vocês, no amanhã, pessoas mais seguras ou felizes, pois o preço do que deixou de fazer, pela ociosidade, será um remorso mais infeliz do que o próprio mal que não impediu. 

É preciso estar diante da vida pronto para combater aquilo que lhe parece agredir, não com a espada que fere, mas com o amor que cura.

Apontem em direção ao Céu o coração e guiem-se pela luz da serenidade e da fé em Cristo.

Que assim seja.

Beatriz.

Assistida por Pedro Paulo”

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Reconhecendo os próprios erros e necessidades. Vença a si mesmo e não ao outro.



“A verdadeira arrogância reside no coração daquele que acredita que toda a verdade lhe cabe, quando nem sequer ainda conheceste toda a verdade que se esconde diante da sua personalidade por vezes mesquinha e desnecessária.

A superação vem da coragem de errar ao mesmo tempo de que o acerto somente lhe será favorável quando lhe for útil o arrependimento sincero e comprometido com o bem.

O egoísmo que escurece o coração é aquele que não permite que a falha no outro não lhe agrida a alma, pois tanto que ele sabe que a falha que hoje lhe agride é a mesma que lhe sucumbiu diante dos desafios do ontem.

A humildade vem do ato de não julgar severamente o seu semelhante, quando ainda é tão falho quanto o mesmo, em escolhas e erros, do ontem e do hoje.

É preciso olhar adiante, sabendo que a felicidade que procura somente encontrará quando a consciência estiver liberta de todo mal que lhe entrava o desenvolvimento saudável no campo fértil do bem.

Não sucumba diante da sua própria falha, supere-se, sabendo que o arrependimento sincero vem muito mais por atos do que por palavras.

Sinta novamente palpitar em vosso peito a desilusão de não saber esperar e confiar nos desígnios do Criador.

A espada que fere é antes de tudo a arma que agride o seu portador, pela dor que causa ao outro sem contanto medir as graves consequências de seu ato insano e impensado.

Vislumbre e verá que na luta não faltará desafios e que muitos serão aqueles em que será preciso se fazer calar, para que a palavra não se torne a arma a machucar o semelhante, que tanto quanto ti ainda é uma criança diante da vida.

Permita ao outro o direito de errar, pois sabe que a escolha é direito de cada ser que nasceste filho do Criador, Pai Celestial que concedeu a todos a beleza do livro arbítrio.

Não aponte o dedo agressor, pois estarão voltados para ti outros tantos a lhe mostrar que tanto quanto o outro ainda possui muitas falhas que maculam o vosso caráter.

Escolha o caminho do silêncio, seja tranquilo enquanto pessoa que escolheu o caminho do servir, pois nada lhe faltará, desde que acompanhe o bem que nutre e fortalece a alma e não o mal que lhe tomba diante da vida.

Sinta a verá que o filho que não foge do desafio não é aquele que sucumbe, mas sim aquele que escolheste lutar antes de entregar-se diante do mal que lhe assiste, por momento e permissão do próprio Deus.

Siga adiante sempre, mas com a certeza de que escolheste difícil caminho, repleto de pedras, cujas feridas há de causar duras dores, mas cujo remédio servirá como balsamo a cicatrizar a própria alma diante da vida.

Amanha retornará a escola da vida e como se sentirá se souber que nada mais lhe fará desistir?

Seu coração se encherá de uma alegria imperecível, ou seja, de que é capaz de vencer sempre.

Mas olhe o seu semelhante com desdém, com escárnio, e novamente sucumbirá, pois o mal que lançaste é aquele que irá colher, nem mais e nem menos.

Por isso dirija ao outro o perdão e o amor, pois receberá da vida a mesma medida que doaste ao enfermo que lhe carrega diante da vida o cálice do arrependimento.

Beba da agua purificadora do perdão, renove-se e vencerá.

Não é por acaso que passaste por duros percalços, escolheu servir e isso lhe custará caro diante de muitos, mas cuja recompensa será proporcional ao esforço diante de Deus, e não há nada que Este não possa lhe proporcionar em abundancia e amor.

Por isso lute contra si e não contra o outro, pois o mal que lhe atinge é às vezes aquele que ainda lhe cega a alma.

Carregue a sua cruz até o fim do calvário e se sentirá aliviado de ter cumprido o que lhe cabia diante dos desafios da vida.

O Cristo nos deixou o seu exemplo vivo de renúncia e amor.

Por isso muitas vezes é preciso renunciar ao orgulho para deixar falar aquele que lhe parece mais tolo, mas que muito tem a lhe ensinar, desde que esteja desejoso de aprender.

A impaciência é inimiga da educação, pois senão que elo irá formar entre desejo e aprendizado se a paciência não lhe permite a espera salutar para a boa integração.

Verá que a cada luta que lhe cabe nova benção lhe será entregue, desde que persista.

Não vença o outro, vença sempre a si mesmo.

Com amor.

Do amigo.

Pedro Paulo”

terça-feira, 22 de abril de 2014

Uma bela história de amor e coragem pela força da superação.



“Estamos diante de vós, meu Senhor, como aqueles que lhe pedem auxílio e proteção para o embate diário e necessário entre o benéfico e o prejudicial, o amor que nos nutre é aquele que sabemos que irradia de Vosso coração bondoso e frondoso de bênçãos.

Aqui como deste lado da vida o que não nos falta são historias, as mais variadas possíveis, que desencadeiam uma séria de lições preciosas no campo da assistência fraterna e amiga.

Hoje irei lhe contar uma das que mais me emociona, a de que Pedro se orgulha de pedir aos quatro cantos que seja o Senhor Jesus louvado por sua assistência continua e amiga.

Viajando certo dia homem nobre de escola impecável e irrepreensível, conduzindo reluzente veículo na estrada que o levaria a tardia de nobre cidade veneziana, o bem que mais apreciava estava ao seu lado, uma bela que o havia apalado em todo o seu ser para ser para ela todo amor e devedor. 

Foi quando em curva acentuada, não antes orientada, a Veridiana que o amava sob todos os aspectos encontrou no acidente fatídico a morte ainda precoce de seu corpo físico. 

Aquele homem que a nada temia somente soube no penumbre de seu leito, na convalescença de seus ferimentos, que aquela que a tudo lhe cabia não mais habitava o corpo físico tão belo.

Nesta inglória que lhe abateu de toda coragem e vivência, o homem nada mais pôde fazer a não ser entregar a Deus a prece que lhe rogava reconhecimento por todo bem que já havia feito para que lhe entregasse a recompensa da bela esposa recomposta ao seu lado.

Porém nada se ouvia do outro lado cuja prece fervia em esperança e cuja verdade lhe cabia em lagrimas.

Não mais se coube em dor e em lagrimas, a depressão lhe abriu as portas terríveis da reclusão que oprime o coração e a alma.

Após o leito do hospital o que lhe restou foi o leito da residência suntuosa, mas agora vazia do que lhe dava toda glória e luz.

Se não fosse o filho pequeno e precoce que lhe guiava os passos, sem entretanto entender a inglória que abateste o pai, este já teria se entregue a morte consciente e violenta pelas próprias mãos. 

Em pequena e breve aparição lhe surge a frente a bela e formosa esposa, cuja veste já não lhe pesavam nem ouro e belos bordados, mas a leveza da luz cujo o esclarecimento lhe inspirou o ajuste. 

- Meu querido, porque hoje lhe encontro entregue ao desgosto, perdeste por mim o vosso amor?

- Oh luz do meu viver, como posso eu lhe ser todo amor se hoje não mais lhe vejo pelos corredores de nosso lar e nem ao meu lado em nosso ninho?

- Quantas lágrimas perdidas meu belo esposo, como choras uma perda, quando ainda sou para ti toda vida?

- Como vives minha querida se hoje já não lhe posso nem sequer tocar?

- Como queres me tocar se nem sequer consegue pelo olhar me sentir?

- Sinto agora que ontem ainda lhe tive, mas que hoje o pesadelo que vivo me mostra você sem que esteja de fato comigo em vida?

- Meu querido esposo como posso deixar de lhe amar apenas pela perda física que ocorreste, tu não sabes que o que é amor é duradouro e nem a morte pode nos tirar?

- Minha querida ainda me ama como antes?

- Não meu amado esposo, te amo ainda mais, pois sem o peso da carne que antes me abrigava, sinto toda a força do afeto que nos une desde há tempos remotos.

- Já vivemos juntos em outras existências minha querida?

- Em muitas outras e ainda viveremos em outras tantas até que tudo esteja certo e que toda lição seja enfim aprendida e vivida em cada novo dia.

- Como viver sem ti?

- Vivendo sempre por mim.

- Como posso sem nem lhe sentir o toque, a pele?

- Sentido em ti o perfume que ainda carrego por ti.

- Estarás sempre ao meu lado?

- Já há muito tempo não desejo estar de outro lado que não seja o seu, mas lembre-se que está ai do seu lado nosso filho amado e querido que é o fruto mais belo e sublime do nosso amor.

- Não tenho sido o pai que devo como posso me redimir diante de tanta omissão?

- Pela luz do esclarecimento, corrija vossa atitude e verá crescer o fruto do nosso amor.

- Posso lhe pedir algo?

- Sim, meu querido.

- Posso ainda uma vez lhe sentir os lábios?

A bela esposa colocando sob os seus lábios os seus lhe deu tenro adeus, que mais lhe pareceu um até mais.

Assim, meus amigos é a vida, não termina quando nos é tirado o veículo, mas sim quando a vida nos impede de sermos o seu livre condutor.

Aquele homem que a tudo pedia aprendeu que tudo que lhe tinha dado o nosso Deus nada mais lhe dava razão de pedir, mas de entregar ao Pai a força do reconhecimento sincero.

A partir daquele dia o homem se tornou Pai, saudoso da esposa, que de fato jamais saiu de seu lado, nas ocasiões alegres ou tristes, sempre lhe inspirando afeto e otimismo.

O filho que antes lhe guiava os passos, como aquele que pede ao próximo a assistência por meio do auxilio, viu o seu pai se tornar o herói de glórias e sucessos, cuja fé lhe transmitiu toda esperança e força.

Com o passar dos anos o pai se tornou avô e o filho se tornou pai e numa tarde o desencarne lhe abateu pela porta do coração já fraco, que sucumbiu diante da velhice da vida.

Mas ao se entregar ao deleite do retorno encontrou feliz a sua esposa que a toda sorte lhe esperava, com o seu olhar sincero de amor e afeto.

Meus amigos lembre-se a história somente é feliz quando acreditamos que é possível sempre recomeçar, aprendendo que tudo que nos é querido reside no coração do semelhante e cuja chama nem mesmo a morte é capaz de apagar, pois reside há muito na alma que lhe traz ao colo do Criador.

Pensem como amam os seus semelhante e, sobretudo, aqueles que lhe são afins, seja por união sincera, seja por consanguinidade, e verás que a cada dia uma nova oportunidade se abre para que saiba onde a encontrar a felicidade.

Amem meus amigos, mas amem muito.

Que assim seja.

Lúcia.

Guiada e orientada por Pedro Paulo”

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Importantes lições e conselhos para os obreiros da mediunidade.



“Não se desespere, afronte o erro e permita a luz, não deseje o mal e nem seja parte de seus efeitos, mas alivie as dores e corrija os seus erros, assim como auxilie aqueles que necessitam do seu amparo e conforto.

Não se perca no caminho do desânimo e nem falhe na missão cujo compromisso assumiu, persista e vencerá se entregue e amargurará o sabor da derrota para si mesmo.

Vislumbre no horizonte as possibilidades da essência mediúnica e verá que fugir do conflito em nada amadurecerá os seus ideais, pelo contrário lhe tornará fraco nas ideias e nos compromissos, sem permitir o auxilio que lhe socorre nas aflições e nas dúvidas.

Verá que a força que o ilumina é do amor que o guia e jamais da intolerância que lhe clama pelo desânimo e pela entrega de seus recursos preciosos ao próximo.

A bandeira do espiritismo consolador é e sempre será a caridade pura, sincera, descompromissado com si próprio, mas de louvor e amor ao Cristo Salvador.

Aquele que não é capaz de superar a si mesmo não é merecedor do dom de curar as enfermidades pela força do amor que o Cristo derrama sobre todo o universo de vidas e ações. 

Assim, se entregue a luz do esclarecimento, pelo estudo salutar e benéfico ao trabalho, sirva, sem medir a quem, desde que a oportunidade lhe faça presente na chance de ajudar.

Não alegue cansaço e nem sono e muito menos a falta de tempo, mas comprometa-se com o bem que assumiu e verá que a luz da razão não lhe faltará, tanto quanto a da fé e a do amor sincero e puro. 

O erro vem do compromisso não cumprido e do desejo peculiar de estar com quem não lhe pode nada dar pelo tempo despendido.

A verdadeira caridade não mede a recompensa, mas compromete-se tão somente com o bem, com a certeza de que o resultado sempre será benéfico ao médico e ao paciente. 

Assim, saiba que a luz da razão não lhe pede o afastamento ainda que temporário, essa força que lhe entrava a ação não vem do alto, mas do abismo que criaste como obstáculo do servir. 

Transponha a dificuldade, pois saberá que do outro lado a força não lhe faltará, desde que o bem lhe seja o sinal a fazer aquilo que o outro necessita de para o esclarecimento e a paz.

Não seja otimista quanto ao ponto de vista de que está com a razão quando o bem lhe socorre pelas portas do amor e da devoção, mas sim que escolheste o caminho que lhe leva na direção do porvir de luz e da verdadeira calma e razão celeste.

Muitos ainda caminham no labirinto do engano, encontrando-se em situação de conforto e de orgulho, sem perceber que está na contramão da direção que ensinou a todos o maior dos Mestres, Jesus Cristo, nosso amado Salvador.

Por isso não se julgue melhor ou pior que quem quer que seja, mas julgue a não ação que lhe leva na contramão, siga adiante na ação benéfica do irmão, ainda ancião na falha e no erro.

Por isso perca o otimismo que lhe entrava a ação, perca a razão que lhe impede o bem, pois saiba, onde houver o erro, será destemido aquele que aponta a verdade direção do amor e do bem, como único possível e salutar a luz e a paz.

Por isso saiba, a luta que não impede o embate do bem e do mal não é confronto salutar, mas conformismo pernicioso e prejudicial ao bálsamo renovador do bem e do amor.

Perca a inutilidade da vida que julga caminhar pela certeza do porvir de acertos e de consertos, quando nada mais são do que obstáculos, ensinamentos, que ainda não pontuais, no tempo e no erro. 

Vencerá sempre que honrar a escola do afeto, do consolo e do amor, sucumbirá quando a preguiça lhe guiar ao orgulho, ao egoísmo e a soberba de achar que a sua infalibilidade evitará todo o mal que ainda necessita ditar a ti as regras da vida.

Por isso honre sempre aquilo que escolheste fazer.

Na escola mediúnica a boa mediunidade é aquela que já encontrou no caminho do bem a única mão a lhe guiar as ações, seja qual for à faculdade que desenvolveu suas atividades.

Na espiritualidade não desejamos o desânimo mediúnico, pois nos impede a sintonia tão necessária para o desenvolvimento do trabalho harmonioso e amigo.

A química que nos une é aquela que extrai da essência do afeto e da consideração a sintonia em um estado vibracional tal que nada que não esteja na mesma frequência poderá causar o mal que seja.

Lembre-se até o que se tem por mal é fruto da Criação e ainda que adoecido é do amor que nasce e ao fim renasce. 

Perca a vontade de auxiliar e perderá a faculdade de se comunicar com aqueles que nada mais são do que trabalhadores desta hora. 

A falange de auxilio a terra cresce de maneira vertiginosa, pois tanto quanto sejam mais tensas e necessárias as provações que causam ainda tormentos e dores, maior será a necessidade de fraternidade, apoio e caridade.

Por esta razão o exercito de obreiros há de crescer e muito, tanto quanto seja necessário.

Surgirão por todo lado trabalhadores afetos ainda a fé, mas dedicados ao bem por vocação inconteste de seus corações.

Na seara mediúnica não é diferente, tantos trabalhadores serão escalados quanto for a necessidade de auxilio e assistência.

Não é mais possível que os templos abriguem toda a seara de trabalhadores, é indispensável que estejam, a cada dia, mais próximos dos conflitos que atingem famílias e povos. 

Desta maneira, o medico já não aguarda no seu consultório o enfermo, mas lhe bate à porta em busca da necessidade, que lhe fará da vida a oportunidade incansável do trabalho e da busca pela superação e pelo exercício benéfico do bem e da cura.

Curar é estar de tal forma próximo da enfermidade que é possível lhe ver a causa e os males produzindo neles os efeitos energizantes capazes de neutralizar o mal pela força da energia salutar e vital do amor e do bem.

Mas seja qual for a sua missão meu amigo, lembre-se sempre do Cristo, cuja atividade estava sempre na causa e no enfermo, não aguardando a sua vinda, mas indo constantemente até eles, em ajuda, pois o amor alimenta o animo e a força não deixa o bom servidor sucumbir diante de suas próprias falhas.

Que o caráter do Cristo enalteça sempre a vontade de cada um dos seus obreiros.

Que assim seja no amor pelo amor sincero em Deus.

Do amigo Pedro Paulo”

terça-feira, 15 de abril de 2014

lição da espiritualidade. Que seja pelo amor.......



“Que resplandeça a clareza do Cristo na mente e no dizer de cada um, como sendo a voz que dá ao semelhante a força da luz e da esperança a guiar o caminho a favor da tão almejada redenção.

Estive nas trevas por longo período, cujo tempo terreno dificilmente conseguiria medir a imensidão sem não causar espanto a muitos.

Vivi nesta região por escolha, pois sabedor dos deveres falhei em cada um.

Usei do livre arbítrio o quanto pude e como pude, sem me importar com este ou aquele, mas somente comigo.

Matei a sede da ganância corrompendo, enganando, usando dos crédulos e tementes a Deus, como se fossem para mim apenas a ponte para o sucesso e nada mais.

Calculei cada ganho pelo mal que fiz, agia e vendia a alma ao mal quando me convinha, sem mais nem menos sentir um remorso que fosse.

Aprendi a burlar, vender e maltratar por ganho fácil, sórdido e abundante.

Pensava eu “Se Deus permite errado está ele e não eu”, ledo engano.

Ameacei a vida com bebidas, noitadas e orgias, cuspia sangue e via uísque.

Amei a mulher errada, desejei o chefe errado e matei o amigo errado.

Por engano matei, caluniei e sacudi a moral paulistana. 

Como nunca ninguém viu maculei o próprio Cristo com a orgia da droga e do mal.

Vendi a minha alma, aos poucos.

Coloquei-me diante da vida como chefe supremo, sem qualquer pudor, sem amor por quem quer que fosse a não ser por mim.

O meu ego era maior do que qualquer atitude em vão dos meus semelhantes.

Deus permitia, sem que eu soubesse.

Liguei a mão que entorpece a voz que enaltece sem querer.

Pensei e ameacei com a morte aquele que me enfrentasse.

Subi no altar da ganância.

Via-me no alto, inatingível. 

Cai e morri de cólera.

Bebi do veneno e aqui renasci.

Perambulei por séculos atrás do ouro perdido, da glória alcançada.

Encontrei o remorso e o medo.

Ao invés de amor, somente ódio me recebeu.

Passei a beber do ódio, como aquele que usa do que lhe vem a mão para saciar uma sede que não sabe de onde vem.

Maltratei aqueles que hoje me auxiliam, expulsava-os como se fossem salteadores. 

Formei um grupo seleto e mal, de perseguidos, que nada mais queriam do que o ouro perdido.

Agi no mal e assim permaneci.

Até que o dia me trouxe a dura verdade.

Matei a minha vida.

Cai onde já não podia ser visto.

Olhei ao redor e via só lodo e fome.

Calquei lances da vida e cai no abismo da morte.

Minha alma já não se via por perto só a dor.

Quanto sai nada mais me restava a não se a desilusão.

Aos poucos passei a andar na contramão do erro, passei a orar ao Cristo o perdão dos meus pecados.

Vi a luz que entrava e saia e que a muitos levava, como que em macas. 

Nada via ao meu lado, somente ainda a dor.

Por alguns momentos encontrei no planto o consolo.

Por demais sofri.

Mas nada estava resolvido, a não ser a dor.

Foi quando vi chegar o filho que havia deixado, sob a governança da herança.

Estava comigo, no caos e no frio.

Que dor senti, não era somente eu a cair, mas o meu filho a quem sucumbi. 

Foi então que resolvi pela primeira vez amar.

Não há mim, pois até ali me julgava perdido.

Mas a ele, filho que nada fiz enquanto pude.

Então levantei e caminhei até onde hoje estou.

Na luz do esclarecimento aprendi: que seja por amor...

E foi por esse amor que hoje aprendi a auxiliar a quem não pude entregar o ouro que hoje já há muito tempo perdi.

Mas ganhei a luz do amor, como a fonte inesgotável de auxilio fraterno.

Cresci por amor ao filho e por ele hoje vivo, pois ao me reerguer trouxe este para junto de mim.

Tenho hoje o orgulho do pai que enaltece o filho.

Cresci e amadureci pela dor, e como sofri.

Mas seja como for o caminho que escolheste, saiba que no fim é o amor que irá liberta-lo de toda dor e de todo mal.

Somente hoje compreendi o quanto errei, mas sei que Deus por sua infinita misericórdia me permitirá corrigir cada mal que cometi.

Não devemos fugir do dever, mas alimentá-lo com a esperança do porvir, pois a Deus tudo pertence.

Hoje estou do lado daqueles que lutam o bom combate, o do amor em Cristo.

Ensinando a luz aprenderemos a nos iluminar, do contrário somente o abismo, como eu, por muito tempo irá encontrar.

Sinta-se a vontade para errar, mais se sinta na obrigação da corrigenda, pois assim um dia, como eu, talvez inicie o acerto.

Que o Cristo alimente todo o meu ser com o seu resplandecente amor.

Que assim seja hoje e sempre.

Augusto.

Com o apoio e auxilio de Pedro Paulo”

terça-feira, 8 de abril de 2014

Piedade filha da caridade e a importância da bondade e da humildade em nossa vida.




“A piedade é a virtude que mais aproxima o homem de Deus, pois é filha da caridade, sendo o amor a bandeira a nos guiar no triunfo da superação.

No dia a dia de cada um vemos a oportunidade se fazer presente como forma de obter do Alto a permissão do auxílio fraterno, porém muitos sucumbem diante das dificuldades que o caso apresenta.

Não podemos de nenhuma maneira evitar o embate moral entre o bem e o mal, pois assim estaríamos evitando a propagação do primeiro sobre o segundo, que é filho do orgulho e do egoísmo ainda reinante no coração de muitos.

Amigo meu que luta pela redenção de muitos, lembre-se da missão que lhe cabe e cumpra fiel e ligeiro, em obediência aos desígnios do Pai.

A luta que apresentaste em sua vida é pela melhora íntima de muitos, pois não há glória sem esforço e não há bem que não supere o mal em força e luz.

A claridade da bondade é capaz de iluminar a muitos, mas desde que a força, guiada pela fé, seja capaz de superar os obstáculos que impedem a solidariedade.

A caridade desempenha na vida de cada um o papel essencial de salvação, pois é através deste caminho que é possível a angelitude fraterna.

Não há outra saída senão aquela que nos coloca diante das próprias dificuldades, para que seja superada a falta de coragem que por vezes nos impedem de auxiliar o próximo, sem com isso nenhum prejuízo resultar.

Vemos multidões eufóricas com a tragédia que se abate sobre o semelhante, mas vemos poucos filhos que agem de maneira fraterna e que reergam o irmão em queda.

Não é possível mais viver em sociedade sem que a piedade nos abata para a vida fraterna, como único caminho capaz de nos conduzir à paz.

Seremos todos filhos ingratos se não agirmos diante do Pai como Ele age diariamente em relação a nós, com amor e misericórdia.

A severidade do Pai se deve muito mais aos nossos próprios atos do que a sua ação direta, pois a Ele cabe a justiça e a nós a conduta e a pena.

Jamais saberemos de antemão o que nos entrava o caminho, mas o conhecimento virá com a superação, quando saberemos exatamente aquilo que nos impede de sermos melhores do que já fomos.

Para que isso ocorra a piedade, filha da caridade, deve nos guiar, pois ao reconhecermos a nossa pequenez diante da vida, da falta que ainda nos faz o senso correto do justo e correto, saberemos que a humildade é a única forma de obter a sabedoria diante da vida.

Para que sejamos honestos conosco mesmo precisamos compreender a sabedoria divina em guiar os nossos passos diante do desafio, da dificuldade, como único meio de aprendizado eficaz.

Para que sejamos corretos devemos ser humildes com ideias e concepções, sem exacerbar verdades das quais nem sequer sabemos ainda toda a veracidade e firmeza, mas intuir, com o coração e por amor, a verdadeira bondade a ser praticada no campo da caridade.

Somente entenderemos o que realmente se passa conosco quando a luz do esclarecimento iluminar a nossa alma de tal modo que nenhum resquício de egoísmo e orgulho entrave a verdade.

Porém ainda há muita a caminhar até que isto seja possível, somente após a claridade da luz divina é que poderemos compreender toda a sua verdade, pois muito há de oculto por nossa própria incapacidade de enxergar. 

Jamais obteremos do Alto a permissão para o mal, mas haverá sempre na consciência os resquícios do ontem a nos guiar por tal caminho, desde que a escolha seja feita a ação será praticada e a consequência sentida.

Porém sempre é tempo de parar, o mal não nos faz agir, somos nós que agimos de tal maneira que o prejuízo causado é maior do que o bem gerado por outro irmão mais nobre e sábio.

Assim, dedique-se ao bem e saberá o valor que tem a bondade.

Quando a caridade não se mostrar viável, que seja então generoso e piedoso, ainda que não nutrindo em si a mágoa e o ódio.

Jamais pense que o mal que dirige ao outro não lhe atinge nos pontos mais frágeis de sua vida, pois o mal que lhe dirige também é sentido na parte orgânica e espiritual.

Muitos se perdem diante da maldade que lhe guia a mente, pois passa a agir, demasiadamente, em seu organismo físico e espiritual, como um mal a lhe corroer as fontes primárias de energia e força.

Jamais se curve diante do mal, mais erga, o quanto puder a bandeira do amor, da compreensão, da bondade e senão dizer da própria piedade.

Queridos amigos, desde lado somos muitos e diante da vida que nos segue não há outro remédio senão o bem, quanto mais praticarmos mais beneficiados seremos.

Nas esferas superiores a bondade já não é nem sentida, mais apenas vivida intensamente, sem qualquer resquício de maldade ou prejuízo a quem quer que seja.

Aqui seguimos como vocês, vivendo e aprendendo, desde que o auxilio não nos fuja da vista, pois a intenção que nos prejudica é sempre aquela que nos impede a prática do amor e do bem.

Por isso se coloque diante da vida como alguém otimista e confiante na misericórdia divina, pois assim haverá em si a consciência em paz.

Que assim seja com amor a Deus e a todas as suas criaturas.

Do querido amigo e espírito Pedro Paulo”

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Uma bela homenagem da espiritualidade às mães.



“A criança que pede o colo de sua mãe o faz pelo amor que sente já desde tenra idade por aquela que o gerou em seu ventre, em atitude de reconhecimento e em pedido de proteção.

A mãe é a figura mais amena e amorosa que nos acolhe os pensamentos, pois sente desde cedo a plenitude do amor dos seus filhos e assim entra em sintonia com o que é divino, pela porta do bem.

A vivência materna é uma escolha que nutre no ser a esperança do porvir, pois acolhe os que necessitam da oportunidade da reencarnação, como sendo a porta de entrada para uma nova vida de aprendizado e de escolhas.

Por isso a escolha da maternidade deve ser livre e consciente, pois assim sentirá com mais exatidão o caminho que escolheste para trazer à vida o ser que lhe servirá de escola contínua, no sentido de atingir as metas do Pai.

Você mãe verá o seu filho crescer, iniciar-se na vida, com os primeiros passos e sentirá enorme alegria com a doce palavra “mãe” lhe sair da boca, em um chamamento de ordem moral, a lhe trazer o colo que fará de sua vida uma contínua felicidade.

Não faltarão as dificuldades e as dores, mas também sempre estarão aos seus lados a espiritualidade a seguir os vossos passos, dando a cada uma a firmeza e a proteção na escolha que fizeste.

A maternidade é uma dádiva permitida apenas as mulheres, que podem trazer dentro de si a criação do Pai, que será habitada pelo espírito ansioso de retorno, pela escola da vida, cuja sabatina diária lhe fará saber as escolhas que fará. 

Mãe, quanto amor lhe cabe no coração, seria de difícil apuração a extensão de um sentimento tão profundo e belo.

Na escola da vida a nossa primeira professora é a nossa mãe, que já no inicio da vida passa a nós as primeiras lições, tão valiosos, de amor e devoção.

Após os primeiros passos o filho deixará por momentos o colo materno e revelará para o que veio, para caminhar pela estrada da vida.

Mas seja como for, a mão amiga não lhe faltará.

Estará sempre ao seu lado a querida mãe a lhe acolher no pranto e a lhe erguer na glória da superação.

Mãezinhas queridas amem seus filhos, pois são capazes de sentir aquilo que somente Deus é capaz.

Quando quiseres imaginar o amor de Deus pensem em suas mães, que são capazes de todo o possível para lhe verem melhores a cada dia.

A mãe nos perdoa diariamente como Deus, e é capaz de nos conceder tantas oportunidades quantas forem necessárias para que a lição seja em fim aprendida.

Como podemos não desejar as mães a plenitude da felicidade divina, todas elas merecem, na alegria de viverem as glórias ao desencanarem, pois anjos as aguardarão doutro lado da vida.

Penso que cada um deve no dia a dia de sua vida ter para com a sua mãe o tempo que puder para que lhe dê o abraço carinhoso e reconhecedor de toda a sua luta e amor.

Hoje deste lado da vida acolho sempre a minha mãezinha, pois dou a ela o colo que sempre tive e tendo lhe retribuir de alguma forma todo o amor que me deu.

Como é bom ter na mãe a imagem daquela que trouxe à vida o Salvador.

Por isso peço a cada um que valorize a sua mãe, pense em seu bem estar, pois seja como for o amor é sua bandeira, desde o sempre.

A vida é aquela escola da qual não escapamos, seja qual for a escolha que fizermos.

Assim, a mãe que acolhe e ama é sempre aquela que verdadeiramente carrega em si a glória de receber este glorioso nome.

No sangue não está o amor e sim a herança genética, que muito pouco pode diante da força do espírito que habita o corpo que lhe guarda.

Acolham mães os seus filhos que são aqueles cujo amor escolheu.

O amor os une e fortalece diariamente os lações indissolúveis de afeto e consideração.

Muitas mães hoje choram a perda de seus filhos, mas saibam que estão ao lado de vocês, como sempre estiveram quando ainda encarnados, da mesma forma, filhos, que suas mães ainda os velam durante o sono renovador.

Por todo lado vemos as mãezinhas devotadas em constante luta pelo bem de seus filhos.

O amor de mãe é a glória de Deus se fazendo diariamente presente na vida de todos. 

A verdadeira necessidade do ser vem de saber que o amor que os une aos outros, sobretudo por lações de afeto da maternidade, é uma dadiva que Deus permite para que na senda da evolução todos possam um dia se amar verdadeiramente.

Que assim seja hoje e sempre.

Do amigo Pedro Paulo”

terça-feira, 1 de abril de 2014

Considerações sobre como agir em relação aos erros e defeitos do próximo.






“A sabedoria que devemos ter no trato com o próximo é de saber que tanto quanto nós ele está em patamares de evolução que exige a nitidez de seu caráter frente a vida, mostrando o que realmente é e deseja do amanhã.

Pois a compreensão das dificuldades do semelhante é ter para com ele a paciência que necessita para que a violência não busque lhe retirar o direito de escolher o quando e como se superar.

A vida mostra que a cada um segundo as suas obras serão feitas pela colheita certa de seu plantio, sem nem mais nem menos que a medida certa da justiça de Deus.

Por isso, não é de todo mal se preocupar com o bem estar do semelhante, no campo da intenção e das ideias, pois, sabedores que somos de suas necessidades e das duras consequências das más escolhas, pensamos e agimos seguindo o amor para com o próximo.

Não que sejamos os donos da verdade da vida, mas apenas aqueles que necessitam, tanto quanto os outros, compreender a reais necessidades que temos e quais são as mudanças que nos impedem de superar os vícios que ainda entravam a nossa evolução diante da vontade do Criador.

Por isso, devemos agir com bondade em relação àqueles que necessitam de nosso auxílio, não como julgadores ferozes e muito menos como santos que ainda não somos, mas como seres humanos que necessitam da fraternidade, da qual somos também doadores.

Para que se auxilie o outro é preciso ter em mente que não deve lhe dar peso maior do que é capaz de carregar, pois a cada tempo o seu quinhão, do contrário de nada serviria a direito de renascer tantas vezes quanto for necessário.

A reencarnação é o amor do Pai nos dando o tempo de que necessitamos, sem violência, para que apenas a vontade seja aquela a nos guiar a intenção e a superação, em uma reforma íntima.

O Pai criou cada filho para que escolha, por livre vontade, o caminho a trilhar, desde que ao final retorne ao seio que o criou, por amor e devoção para com a criatura.

Assim, devemos agir para com o semelhante com a mesmo benevolência, sem lhe dar a carga que poderá ser a causa de sua queda.

A consciência não desperta pela violência, mas sim pelo caminho do amor ou das dores, que serão os verdadeiros reformadores do caráter. 

Assim, a dureza com que se julga será a dureza com será julgado, pois a brandura do coração é indispensável para o trato com o semelhante. 

Não que isso que lhe cause o risco de se tornar tão bom ou mal quanto o outro, mas apenas de não lhe por diante da vida como algo que ainda não é ou possui.

A severidade comum a muitos traz a cada um a certeza do erro quando o tempo lhe trouxer a resposta, que não soube esperar.

No barco da vida todos nós somos remadores, diante da vida que nos cabe traça aos poucos o caminho, com o qual alcançaremos o destino que nos cabe, de luz e amor. 

Vejam que somos portadores de falhas que causam dano em nosso íntimo, tanto quanto o próximo, que ainda não fez da vida a escolha acertada do bem.

Vilipendiar a consciência de outrem, sem lhe possibilitar a escolha do momento, não é ser para com ele bondoso, mas severo, rude e por vezes indigno de sua companhia.

Porque amar é ser para com outro tolerante, capaz de compreender e esperar a superação, a correção, o acerto da vida.

Não que isso importe em ser omisso ou mesmo compactuar com atitudes malévolas a todos.

Muito pelo contrário, ser tolerante é por vezes não agravar o mal, com a raiva, com o ódio, que irão nutrir no outro sentimento e defeito ainda mais perniciosos a sua melhora e reforma.

Responder o mal não é ser para com ele indigno de respeito, mas apenas lhe dar o bem que poderá fazê-lo amanha resplandecer em luz e verdade. 

Dizem que o mal se paga com o mal, mas então quão bem terá sido feito sem que a tolerância e a bondade tenha lhe dado a resposta?

Pois se o mal nos agride a resposta maligna da mesma maneira agride o agressor, tornando-nos tão duros de coração quanto ele, sem mais nem menos na balança da injustiça. 

Indignar-se diante da maldade é não lhe tornar ainda mais mal ou agressivo, pelo contrário é lhe tornar menos perigoso do que já é, evitando os seus efeitos ainda prejudiciais, pela transformação da vida em erro, cuidando e vigiando para que a impotência não seja bandeira a ser levantada ao final.

Vejamos um exemplo: um homem mata o seu semelhante, tirando-lhe a vida, sem qualquer pudor, apenas pela arte de matar, com intuito de se engradecer diante de outros com a mesma maldade. Pois bem aquele que lhe traz para o julgamento deverá ser para com ele justo, ou seja, não haverá de faltar a medida da pena que lhe caberá pela culpa do evento que resultou na perda da vida de outro. Mas, se a vingança, a magoa ou até mesmo o ódio for a arma a guiar muitos, o mal cometido continuará a propagar os seu efeitos, pela omissão e falta de vigilância dos ditos como vingadores.

Jamais a falta de punição deve ser a causa do mal, pelo contrário, deve ser a causa a guiar o sentimento de justiça, na exata medida da causa e do efeito, sem que qualquer efeito que não seja o de reparação. 

Aquele que nutre a vingança como arma contra o mal terá ao final a mesma arma apontada diante de sua fronte, pronta para disparar com a mesma agressividade e severidade.

Como podemos esperar a melhora sem que sejamos parte do bem que se deseja ver fortificado.

A rosa com que se paga o mal é muitos menos agressivo do que espinho que machuca aquele que agride e fará de seus efeitos a brandura com que se verá ser julgado no final.

Deus conhece a todos e sabe à medida que cabe a cada um na justiça.

Vejamos em nossos semelhantes a mesma intemperança que a nossa, pois ainda somos tão imperfeitos quanto eles.

Deus, por nosso mestre Jesus, ensinou a necessidade de amar os nossos inimigos.

Isso não é ser injusto ou até mesmo perverso para com a vítima, mas não trazer em si as penúrias da dor, do remorso, do ódio, é der para com o algoz a piedade, a brandura, e a severidade de apenas saber que ele é como nós, merecedor de toda misericórdia, pois haverá de sentir o peso da justiça de Deus. 

Assim, meus amigos, sejam brandos, não severos, amorosos e não duros, perdoem os que erram, mas saibam por que perdoam, pois necessitam da mesma brandura e misericórdia que eles, pois já foram por tantas vezes tão algozes quanto.

Que o amor seja a bandeira a nos guiar sempre, em cada ato de nossa vida.

Que assim seja.

Do amigo Pedro Paulo”