quinta-feira, 27 de março de 2014

Trabalhadores doutro lado da vida - a história de uma cuidadora de crianças.



“Seja aliado do amor que traz a esperança do dia melhor, pois a queda em nada acrescenta do que senão o aprendizado do porvir, que fará de vossa alma um espelho a refletir a luz da vossa consciência.

Digo de antemão que não trago más notícias, mas também a luz da verdade não poder ser ocultada para que não prejudique o necessário esclarecimento.

A cada dia que passo distante das crianças que há pouco me guiavam os passos, como luz a iluminar a estrada da minha vida, eu sinto a impotência de não poder dar a elas as respostas que desejavam, para o esclarecimento e fortificação da esperança.

Mas a luta que nos compele ao bem não impede que do lado oposto da vida, que é aquele no qual me encontro, não haja bons amigos a solicitarem de mim o empréstimo do conhecimento adquirido no campo do auxilio fraterno.

Divulguei, e muito, o bem que plantei, não com o intuito de me envaidecer do que fiz, pois agi por amor, mas com a vontade de trazer um pouco de experiência àqueles que necessitam de esclarecimento da escola da vida infantil.

Por muitos anos estive a frente de um lar que constituía o abrigo de muitos órfãos e crianças vítimas de pais infantis, violentos ou descuidados.

Acolhidos por entidades afins buscavam a força da educação fraterna e amiga, para que no campo da superação buscassem galgar novos patamares evolutivos. 

Por deveras vezes me deparei com crianças paupérrimas, vitimas do infortúnio dos pais, que nada mais queriam do que dar a eles o que a vida não lhes permitia, o pão de cada dia.

Vinham diante de nós atrás do alimento, revestido da mão amiga, que acolhe e não julga, mas apoia e alimenta.

Estes famintos do alimento nada mais eram do que vitimas de uma sociedade ainda corrompida pelo orgulho e egoísmo.

Diante do desafio que se aproximava de nós a ação era medida e pensada para que nenhum mal abalasse a vida daquele que necessitava.

Pude acolher em meus braços vitimas de atos atrozes cometidos por seus entes, que tinham naquela criança o objeto da vingança, que ardia na consciência, sem a plena ideia de sua existência.

Meu Deus, como me doía ver aqueles braços moles, aquele olhar de anjo, aquela pele ainda frágil, vitima da violência ignóbil daqueles que deveriam ser seus tutores na terra.

Mais a queda não me era permitido, pois não tinha diante de mim outro desafio que não fosse a vida de cada pequenino.

Por muito tempo aprendi que amar é doar aquilo que lhe cabe na família humana que é constituída de todos nós.

Estive no linear da vida, acometida de enfermidade que me levou precocemente ao óbito.

Digo precocemente, pois muito ainda deseja fazer, embora meus mais de cinquenta anos não permitissem.

Ao partir, deixei deste lado o lar que me incumbia dirigir e seguir diante do Cristo que acolhe a todos que anseiam pela vida em sua plenitude.

Não senti maior alegria “pós-vida” do que aquela que vivenciei ao encontrar deste lado outro lar para cuidar. 

Meu Deus, quanta alegria poder trabalhar no desenvolvimento de almas angustiadas para partir em nova jornada, ou então pelo retorno que não tardou a acontecer, por motivos que não me cabem algumas vezes saber.

Trago novamente o lar em meu coração, desenvolvo deste lado a vida de muitos, como antes, quando através da carne me punha a servir a muitos. 

Hoje trago no coração a luz do esclarecimento espírita e sei que nada se perde no campo da vida e que para cada servidor sempre haverá o serviço condizente com a sua vontade de agir a favor do bem do seu semelhante.

Deito-me como antes, com várias preocupações com meus pupilos, mas o que antes me causava cansaço físico, agora traz força e luz.

Quantos servidores há deste lado dispostos a agirem pelo bem de seus semelhantes, me encanto com o lar em que hoje vivo com aquelas crianças que ainda são meus filhos do coração.

Trago na mente o desafio de ainda servir àqueles que me deseja o mal, pois não há luz maior do que o amor por aqueles que ainda estão escurecidos pelas trevas que entravam a consciência livre.

Não acolho pedras, mas faria com elas, diante de mim, lindo monumento de amor ao próximo.

A filha que me traz a felicidade é aquela que traz em si a força da esperança a guia-la pela vida.

Digo a todos aqueles que ainda não acreditam na vida após a morte física que é sepultada pela mãe natureza, que saibam, não há como fugir da verdade esclarecedora da continuidade da vida.

Pois assim sigo trabalhando, como antes.

Que a Paz do Cristo esteja no coração de todos.

Com amor e devotamento a Deus.

Lucinda (Luci)

Guiada e orientada pelo amigo Pedro Paulo”

terça-feira, 25 de março de 2014

Breves considerações sobre tratamento espiritual por meio do passe.




“A missão que é confiada a alguns para que desenvolvam a mediunidade curativa e de auxilio ao próximo visa à assistência fraterna e o intercâmbio salutar e que reflete em balsamos aos espíritos que sofrem com as tormentas da vida, no seu dia a dia.

Por isso o seu uso constitui um dever intransponível de assistir ao semelhante com o amor que necessita para que o tratamento se opere de maneira a satisfazer os desígnios do Altíssimo. 

A real necessidade do ser humano está em se curar dos males que afligem a sua alma, perante o desafio atual que lhe foi traçado, por escolha e vontade. 

Aquele que não se ocupa do bem não germina no solo de vossa consciência os méritos cuja necessidade será perdoada por meio de outras tantas funções e desafios que se apresentarem.

Mas a aceitação que tem aquele que sabe do dever acarretará na superação de vícios e males que o atormentam, cujos efeitos impedem a superação dos obstáculos que a vida lhe impõe, como lição a ser adquirida no campo da batalha da vida.

Quando o ser encarnado se dispõe a cura mediúnica pela aplicação de passes enérgicos está em plena faculdade de suas funções sensoriais, obtendo do amparo amigo a ajuda fraterna a lhe guiar a intenção a favor do bem que visa atingir no corpo daquele que se dispõe como paciente.

Assim, a imposição das mãos nos órgãos vitais do corpo, atinge o seu objetivo, ao introduzir no organismo energias renovadoras, que aplicadas em condições ideais surdirá o efeito curativo que se deseja.

Não se pode olvidar que a aplicação deve contar com a boa vontade daquele que recebe, sendo que a recepção das energias encontrarão pela sintonia da fé os caminhos necessários para os objetivos que se propuseram antes da atividade curativa.

Quando o ser encarnado se põe diante do desafio regenerador encontra na espiritualidade o suporte que o guiará pelas sendas da maturidade do corpo do enfermo, que ensejará cuidados de toda ordem, para o tratamento beneficente. 

Se o líder do trabalho mediúnico se põe diante do paciente como pregador de linhas desnecessárias, isso será remédio amargo que cura não trará, mas prejuízos serão sentidos, embora que temporários, pela sensibilidade mediúnica que todos nós somos possuidores, em maior ou menor intensidade.

Assim, é possível que saiba se o tratamento possui ou não efeitos regenerativos, desde que o comprometimento com o bem se coloque diante de cada um como meta indispensável para a vida.

A linha que se afina com o que não é saudável aos olhos da espiritualidade encontra suporte naqueles que desejam a proliferação das enfermidades como mecanismos de afastamento da fé, alterando a sensibilidade de cada um diante do seu Criador.

Aquele que deseja a cura confia na vontade do Pai, ou seja, terá justamente aquilo que for merecedor, cujo bem nem sempre é sentido de antemão ou logo após o trabalho mediúnico. 

A sintonia vibracional com que se opera o passe é aquele que irá determinar se a energia salutar irá agir de maneira a atingir a eficiência desejada, com o intuito de reparação de males adquiridos em anos de batalhas. 

Todo ser desejoso de conhecer a espiritualidade em sua linha da atuação pede que o passe seja visto como mero remédio renovador e curativo, sem efeitos milagrosos, que não aqueles obtidos por vontade e mérito, segundo os ditames de nosso Senhor.

A imposição das mãos em regiões enfermas constitui ferramenta de diagnóstico intuitivo e mental que apura as enfermidades que atingem as forças do paciente que se dispõe a cura.

Pois bem, após o diagnóstico breve e peculiar, por meio de estudo sistemático das condições orgânicas, o próximo passo é atingir o patamar vibracional desejado por meio da oração e da imposição do desejo pelo bem estar.

Com isto a energia que se deseja operar será obtida e ao mesmo tempo entregue àquele que merece e deseja receber, pela força da fé que atrai ou repele a fonte primária da energia.

Com isto será aplicado a cada local o remédio peculiar e necessário, cuja cura será produzida gradativamente, conforme a necessidade e conveniência do tratamento, segundo o que for escolhido por bom ou mal. 

A limpeza das fontes enérgicas deve ser aplicada como inicio de cura que atinge o seu auge com a aplicação sistemática de energia vital e balsâmica, em cada local enfermo, necessitado de ajuda.

Pois bem, deste lado da vida trabalhamos com o mesmo afinco, por meio de tratamentos curativos em almas enfermas de desencarnes precoces ou mesmo violentos, bem como daqueles cuja doença agiu de maneira peculiar no perispírito, causando dano cuja reparação se deve fazer, sempre pela imposição das mãos.

Pergunta-se, porque a imposição das mãos? Pelo modo que se opera a cura a fonte que busca a energia salutar é a região da mente, que em contato com o que é divino, busca o fluido regenerador que será emitido pelas mãos que servem como aplicador do remédio, por meio de sua imposição em locais de enfermidade.

Desejo que todos aqueles que visam a cura, pela mediunidade amiga, se ponham diante do desafio não só como alunos, mas como pacientes desejosos de melhora pela força de sua fé e resignação. 

Ao agir de maneira benéfica a favor do semelhante inevitavelmente o médium será beneficiado pelo bem que plantou a favor da saúde de seu irmão.

Não há a necessidade de desejar cura mais eficiente do que aquela que nasce do bem e da fé.

Por isso cura-se pelo amor e por amor.

Assim, desejo que se aplique com afinco ao que assumiu como obrigação, desejoso com regresso que se fará por mérito e benção divina, após os objetivos atingidos no campo da fé viva.

Que assim seja hoje e sempre.

Do amigo Pedro Paulo”

quinta-feira, 20 de março de 2014

Depoimento de uma Jovem sobre as lutas inglórias - importante mensagem à juventude.




“A juventude que hoje clama por justiça social não conhece ainda o seu verdadeiro sentido, embora sua luta seja honrada e nobre, desconhece o significado verdadeiro do amor que deve guiar as suas ações.

O amor é tolerante com as falhas alheias, não agride e nem ofende, pois trata da doença pela cura silenciosa do bem, repele o mal com a atitude correta em defesa do que é belo e poderoso aos olhos do Senhor.

Não digo isso a todos sem distinção, mas apenas aquela pequena parte que ainda opta pela violência física e emocional como meio de impor aos outros as suas ideias.

Já fui assim, quando encarnada por um longo período, pois na ânsia de ver a minha sociedade mais justa e fraterna escolhi a guerrilha como fonte de intercâmbio entre o que julgava ser o bem e o mal.

Não há mal maior do que desejar e agir contra o seu semelhante, seja de que forma for.

A tolerância com que não me tratavam revelou em mim a ânsia de combater em vão o poder ditatorial instaurado, a tempo e modo.

Escolhi guerrear com armas aqueles que estavam sendo guiados por canhões.

Nosso canto era de rebeldia, de luta contra o opressor.

Mas não víamos que oprimíamos a nos mesmos. 

Lutamos cegamente por ideal descomprometido com a nobreza do ser, mas apenas com a instalação de caos de desespero, para uma sociedade ainda carente de regras e de apoio.

Como impedir que fossemos governados se estávamos guiando desgovernados as nossas próprias vidas.

Nos porões da ditadura vi e sofri os piores horrores que o ser humano é capaz de cometer contra o seu semelhante, por ódio e rancor, em uma luta inglória de poder.

Porém na vida nada é em vão, pelo contrário, o que não se aproveita é apenas aquilo que não pode ser fortificado no bem.

Por isso a dor de muitos gerou em outros tantos a felicidade da conquista gradativa de liberdades, antes perdidas por mau uso ou a favor do bom senso.

Guerreamos uma luta inglória, os dois lados tombaram perdidos por erros e males cometidos.

O esquecimento ainda não apaga a dor, mas acalenta a alma quando tudo o que ocorre não é em vão.

Tudo possui uma causa e tem um fim a selar uma nova era.

Eu nasci em berço de ouro, cursei o ensino médio em educandário famoso e por fim escolhi no ensino federal o meu futuro diploma de bacharel em direito.

Porém, na estrada da vida, as cursas, às vezes, nos levam para outra direção que não aquela desejada.

E assim foi comigo.

Morri ainda jovem vitima de tuberculose adquirida nos “porões da ditadura”.

Enfraqueci meu corpo e levei a minha alma ao desencarne precoce.

Não atribuo ao algoz a culpa que me cabe, pois a dele somente a sua consciência é seu juiz, severo e implacável. 

Quando desencarnei que tristeza a minha, a luta deste lado continuava, entre inglórios comunistas imbuídos em ideais de revolução.

Parece engraçado de se pensar, mas é a mais pura verdade.

Vi vários companheiros empunharem armas em direção a barricadas militares prontos para atirar contra o algoz e tomar o poder.

Quando morremos não erramos de endereço, nossa mente nos leva a onde exatamente desejamos estar.

Materializamos os erros de nossa angústia de partir sem obter a glória.

Até hoje vemos deste lado inúmeros campos de batalhas destroçados por almas desesperadas de amparo e colo.

Quando conheci Carlos, amigo que hoje me acompanha em diversas jornadas, entre aqui e ai, víamos que estávamos na contramão do desejo de criar uma sociedade mais justa e fraterna.

Para isso não tínhamos que ter na mão a “bíblia vermelha”, como chamávamos a luta de Karl Marx, mas sim o livro sagrado, do maior mestre de todos os tempos, Jesus.

Como pode haver sociedade justa e fraterna sem amor? Sem fé em algo que seja? Sem esperança e luz?

Somente o Criador pode de fato criar e modificar a sua própria criação.

Assim entramos para outro “exército”, o de Deus.

Alguns jovens devem ouvir isso e pensar, que “santos são esses que nada fazem?”

Bem, meus amigos, são aqueles que crêem que fazem mais, pois sabem que a divina sabedoria não erra e não falha.

Há, não somos anjos, somos amigos daqueles que lutam com os anjos para a criação de uma sociedade mais justa.

Aqui temos o privilegio de ver a vida nua e crua, como ela é, sem mais nem menos, sem desejos mundanos, sem carrões, sem dinheiro, apenas por amor e afeto.

A verdadeira luta está ai, deste lado da vida, com suas provas, suas dificuldades, suas ilusões.

Tive na juventude muitas ilusões, sonhava que via o mundo com outra cara, uma bem vermelha, como se regime político fosse a solução da vida.

A solução da vida hoje para mim se chama PAZ.

E para isso é preciso concordância, união, amor e luta diária contra tudo aquilo que nos vicia no orgulho, no mal, no egoísmo, na vaidade desmedida.

Tenho, sinceramente, dó da juventude de hoje, pois têm muito mais com que lutar do que eu tive.

O material não nos era tão abundante, era escasso, contado.

Agora tudo pode, basta querer e passar o “cartão mágico”.

Quero dizer ao jovem, não se perca por caminhos tortuosos, saiba que o amor que deve nos guiar é aquele que é tolerante, que sabe respeitar o tempo de cada um, é aquele que confia em Deus sobre todas as coisas.

Já vivi uma época de violência e não foi através dela que conseguimos mudar o mundo, ele mudou quando chegou a hora e por ações mais de pessoas imbuídas em nobreza de caráter e de bondade do que de violência.

Jesus jamais precisou violentar a consciência de quem quer que fosse para viver até hoje no coração de todos e no desejo sincero de muitos de seguir os seus passos.

O Mestre ensinou: lutai contra si mesmo, e busquei a força pelo amor.

Assim, vou chegando ao fim, deixo, porém, a minha mensagem de otimismo, pois sei que tudo passará e o que ficará será as boas obras edificadas no bem.

Jovens lutem, mas a favor do amor e do bem, sem armas, mas com penas, com a escrita, com o pensamento, e, especialmente com ações, pois sem a caridade realmente nada jamais passará de ilusão.

Que assim seja na vida de cada um.

Ana Carolina.

Guiada e orientada por Pedro Paulo.”

terça-feira, 18 de março de 2014

Escrita espírita - orientações da espiritualidade amiga sobre a escrita intuitiva.





“Siga a inspiração que lhe corre a mente como fonte a lhe dar o suporte necessário para a escrita salutar a favor da espiritualidade amiga, que não lhe cobra nada mais do que boa vontade e disciplina.

Estamos ligados por laços indissolúveis de trabalho árduo, mas benéfico no campo da doutrina que se faz necessário a divulgação a todos aqueles que desejam beber de sua fonte cristalina e benéfica alma.

Há tempos aguardamos a oportunidade do conto salutar a favor da divulgação que se faz presente por meio da escrita intuitiva.

Será por demais pesado as noite que serão utilizadas para o aprendizado, porém esteja certo de que a cada lição nova força lhe fará iluminar a vontade que brota da intenção de servir a causa nobre que nos propomos para auxiliar as obras do Cordeiro de Deus.

Sinto-me por de mais extasiada, tanto quanto o meu amigo, pela oportunidade de lançarmos mão do instrumento mediúnico para o intercâmbio de ideias e de ações efetivas no campo da instrução e do auxilio.

Temos estudado, com afinco, toda a missão confiada no campo de ideias a serem expressas por meio de histórias que convençam as pessoas da veracidade e do interesse da espiritualidade de instruir e auxiliar.

Não é demais notar que o apoio reciproco é indispensável para a propagação da história, cuja mensagem fortifica o ser no sentido de conduzir o outro à escolha de caminho mais benéfico a sua evolução.

A escrita espírita veio para ficar com o intuito de apoiar os planos divinos de instrução e auxilio.

A cada novo desafio novas instruções são necessárias, embora, às vezes cansativas, são indispensáveis para o prosseguimento dos ideais assumidos.

O sonho que lhe escapa da razão nada mais é do que o introdutório de história a lhe brotar na mente as primeiras lições, as imagens e palavras que iniciarão o enredo, cujo fim será aquele que instruir todo ser que deseja de fato e de coração o saber.

A evolução das espécies pede que os ser caminhe sempre a favor da renovação, da superação de suas falhas, corrigindo o que lhe prejudique, o que entrava a sociedade de ser mais fraterna e amiga.

Em tempos de pouca paz, em que males percorrem todo o globo, a escrita espírita vem instruir da necessidade de crer, de confiar nos desígnios do altíssimo.

Pois saber que a paz será alcançada acalenta a alma cansada de sofrer os percalços da vida, ainda tão necessários para o desenvolvimento da alma.

Pensar que nutrir a vingança como fonte de sabedoria e de justiça é ato de espantar de si a esperança de que Deus agirá quando e como a necessidade lhe parecer para o julgamento justo, nem severo e nem odioso, mas preciso, a cada um, por seu ato, por sua vontade.

Por isso novos rumos se espalham por todo o globo, para que o trabalho persista no bem assumido, pois ninguém pode contra a vontade Daquele que cria.

Tudo pode aquele que crê, mas lembre-se que não basta acreditar nos desígnios do Alto, mas sim coloca-los em prática, no campo das ações, fortificando obras, a alicerçar uma nova era de paz e esperança.

Por isso cada novo passo em direção à paz se dá pela construção de uma sociedade mais sábia, mais humana, preocupada com o bem estar, ciente de que tudo está da maneira que necessidade requer.

Não busque pela saciedade desmedida a angústia a lhe tirar a vontade de agir, mas sim o ânimo do porvir como fonte a lhe fortalecer o próprio caráter.

Por tais razões a busca da escrita espírita traz a necessidade de encontrar no ser mediúnico a esperança do porvir, para que as palavras encontrem no coração a recepção a lhe propiciar o brilho da instrução.

Assim, a cada passo que se dá a favor da escrita, a cada nova frase que se formula a favor do bem, nova semente se lança do céu a favor do canteiro de obras do Cristo sob a terra.

Você terá que lutar contra tudo aquilo que lhe entrava o desenvolvimento mediúnico se quiser de fato estar apto a fazer da escrita espírita o seu meio de viver a verdade da vida e da alma.

A história que se contará será sempre aquela que brotar da alma que anseia o ensino, a necessidade de se superar a cada dia é imperioso para o embate que lhe fará abrir as portas de novas verdades.

Não se pode mais impedir o conhecimento da vida, pois a realidade de hoje nos traz a verdade que conduzirá as pessoas ao conhecimento de que apenas o bem germinará frutos a alimentar a alma de cada ser.

Assim desligue-se do que impede o enobrecimento da alma, pois o entrave não permitirá o desenvolvimento mediúnico necessário.

Sim, a cada nova cura, nova energia lhe brotará na fronte, como instrumento a fortificar almas e corpos, mas lembre-se que o sopro da vida deve ser seguido do bem que se faz ao próximo, para todo o sempre.

Não transmitimos aquilo que não possuímos, ou seja, a cura deve vir daquele que é capaz de transmitir o bem que lhe brota da alma, junto com o auxilio espiritual a lhe apoiar o ideal.

Assim, a perda do caminho da retidão moral conduz ao abismo da perda da chance de ser útil, de fazer o bem que lhe pede o momento e a pessoa que anseia pela luz da divina misericórdia.

Superar-se a cada dia é amar, não a si, mas, especialmente, ao próximo, pois há o desejo real de ser melhor, a cada momento, a cada ação, a fim de proporcionar o equilíbrio que trará a verdadeira paz.

Assim, apegue-se aos ideais assumidos e verá brotar de vossa alma a história que irá permear muitas ações, muitas conquistas de valorização do seu caráter.

Nós que estamos do lado da vida que já não carrega o peso da carne, olhamos o futuro com a visão do bem que brotará seja por que meio for desde que boas pessoas estejam dispostas a ajudar os desejos do Criador.

E digo, há milhares que já se comprometeram com as obras do Pai.

Desta forma seja um daqueles que lutam pelos planos misericordiosos de Deus e verá brotar o bem no coração de muitos.

As histórias virão, seja hoje, seja amanhã, mas lembre-se, desde que encontre a boa vontade, e a força de levar a termo o bem assumido como fonte inesgotável das rendas eternas e brilhantes da vida futura e certa.

Ainda haverá muito treino, pois a sabedoria divina somente permite aquilo que nasce do esforço contínuo e da disciplina amiga.

Por isso, ligue-se constantemente ao bem e estará em harmonia com tudo aquilo que lhe transmitirá a paz e sabedoria que necessitará para a boa escrita espírita.

Somos amigos de tempos remotos, mas eternamente ligados por laços indissolúveis de amor fraterno e de amizade, imbuídos em ideais do bem comum.

Permita que o bem propague a sua força, como o vento leva o ar a todos aqueles que necessitam da sua força para levantarem, a cada dia, o corpo guiado pela vontade que nasce da alma.

Persista e encontrará o que busca.

Que assim seja, hoje e sempre.

Pedro Paulo e Ana.”

terça-feira, 11 de março de 2014

Mediunidade e previsões do futuro - conselhos da espiritualidade.




“A verdadeira intuição vem do sentimento de que o acerto não é possível sem que uma escolha seja feita, como campo de ideias ainda nutridas por sentimentos desencontrados de amor e rancor, ódio e amor, a harmonia é base indispensável para a previsão salutar. 

A superação dos vícios que ainda entravam a nossa evolução é batalha diária e árdua, que nos faz repensar os ideais assumidos mesmo antes da presente reencarnação.

A visão que se faz da vida alheia é campo minado por sentimentos distorcidos que costumeiramente traz mais prejuízos do que benefícios ao consulente.

Por isso evita-se a previsão, pois no campo das ideias é uma armadilha capaz de capturar e conduzir incrédulos ao caminho de dúvida e da descrença da fé e do amor dos obreiros do Cristo.

Não se deve achar que a vantagem que se evita com a consulta de previsão possa abalar a crença de muitos, pois devem buscar mais a paz do que a crendice. 

Acreditam que o acerto de suas vidas depende da causa primária que o médium lhe apontar como direção certa.

Ledo engano são as mais variáveis ações e fatos que poderão determinar o vosso futuro.

Por isso não se enganem, as previsões de muitos pouco possuem de acerto, mas sim de comportamentos mundanos e desnecessários na senda do bem.

O desejo que alguns têm de buscar na previsão a solução de suas vidas vem da necessidade de ser guiado, sem antes analisar que a sua vida possui apenas a sua direção, pois a escolha é livre, embora as consequências sejam certas.

Antes de plantar um campo que florescerá é preciso escolher a semente, somente então poderá se vislumbrar a obra depois de feita e acabada.

Como ver a obra sem antes começa-la? Isso vem da crendice e da necessidade de ser guiado, sem, contudo, pensar nas verdadeiras causas e consequências que resultarão na descrença do consulente.

Médiuns orem e busquem do Alto o amparo e o suporte, pois sem eles muito pouco será produzido, pois quanto mais materializado estejam a ideias mais falhas serão as consultas de que vosso intimo surgir. 

Verifique com cautela a mensagem amiga recebida, para que saiba se está realmente revestida dos ideais cristãos, pois do contrário serão resultados de irmãos zombeteiros e infelizes que se comprazem com a dor e o sofrimento de seus semelhantes.

A fé necessita de esperança, de confiança nos desígnios do Altíssimo, por isso nem tudo é permitido, especialmente no que tange ao futuro, pois este dependerá das ações de cada um.

Ninguém nasce predestinado para o bem ou o mal, a escolha será feita com o despertar da consciência, através das lembranças ainda dormentes em vossos corações e assim poderá decidir por este ou aquele caminho.

Ninguém nasce predestinado a sofrer, pois isso será sempre resultado de suas ações, de suas necessidades.

Lembre-se o amor é capaz de evitar as piores dores, desde que conscientemente cada um o escolha como meio e caminho.

Todos, porém, nascem predestinados a viverem as suas provas, cujas lições entrarão em seus currículos espirituais, que darão ensejo a novas moradas, cujos degraus evolutivos precisam ser enfrentados, com amor e coragem.

Não se culpem pelo erro, mas lembre-se que este é a necessidade da qual precisa para se corrigir, aprender as lições que ainda lhe faltam.

Saibam que o mal não faz outra coisa senão possibilitar que o bem ao final triunfa, com mais brilho e luz.

Desta maneira se comprazam com os que necessitam de ajuda, sejam amorosos e caridosos, tenham como suporte a fé e a esperança e busquem antes do futuro a paz em suas ações e nas consequências.

Saibam que verdadeira paz vem da consciência tranquila da tarefa cumprida e do dever se agir segundo nos pede o Criador.

A cada criatura cabe o desejo do Pai sob a terra, e este irá refletirá aos poucos no brilho amoroso de sua vontade. 

Fujam daqueles que lhes pedem que o futuro seja previsto, pois viola o livre arbítrio de cada um de escolher o caminho que o conduzirá a esta ou aquela consequência. 

O resultado sempre dependerá de uma causa que a anteceda, por isso é inútil prever o primeiro sem antes agir de acordo com a vontade.

Plante sempre o que deseja colher e não mais haverá a necessidade de previsões, pois confiará nos resultados, que serão sempre aqueles cuja semente houver florescido. 

Se o amor, conforme ensinou nosso senhor Jesus, apaga uma multidão de pegados, a confiança e a fé impedem a necessidade de se prever o futuro, pois este estará sempre nas mãos daquele que é toda justiça e bondade, Deus.

Vislumbrem no horizonte a paz e serão saciados em suas necessidades.

Médiuns de boa vontade evitem o mal, não supram de vocês o bom senso e a razão que precisam estar diariamente em harmonia com a fé e, assim, estarão certo daquilo que necessita ser dito e ou exemplificado.

Que a paz de nosso senhor Jesus seja o desejo de hoje e de todo o sempre e que a sua vontade nos brinde no futuro.

Com amor

Do amigo Pedro Paulo.”

quinta-feira, 6 de março de 2014

Caridade. A fé vivida e exemplificada por obras e ações.





“Os tormentos que procuram a cada um no seu dia a dia nada mais são do que belas oportunidades para a prática do amor e do bem, a cada julgamento que sofremos de nossos semelhantes, a porta do perdão se abre para nós, como uma forma de recomeçar diariamente na esperança do porvir.

Não julgue com a severidade do ancião que deseja sob a terra a glória do poder temporário e infiel aos desígnios de Deus, mas seja brando e amoroso como nosso senhor Jesus ensinou a todos.

Não devemos nos perder pelos caminhos inseguros dos erros mundanos, que nos afastam do Criador, mas ver em cada dificuldade a oportunidade de praticar os seus ensinamentos, fazendo das palavras de Nosso Senhor as obras das quais necessitamos. 

Veja no seu semelhante uma bela oportunidade de superação de seus próprios erros, dos vícios que ainda norteiam muitas das suas ações, inclusive no campo das ideias, verás que o filho que não foge a luta, jamais será abandonado por aqueles que estão responsáveis pelo auxilio e pela sua retaguarda.

A cada dificuldade a lição valiosa desponta no horizonte, pronta para a sabatina que lhe fará refletir sobre as verdadeiras necessidades da vida.

A dor do semelhante ao invés de nos causas apenas o sentimento de pena, deve ser o impulso que nos levará a caridade do necessitado, e isso nos fará, a cada um, mais feliz, pela certeza da oportunidade vivida no campo da fé verdadeira e ativa.

Aquele que espera na reza as bênçãos da vida eterna encontrará apenas o descanso, por vezes merecido, mas de uma consciência que aprendeu somente a esperar, quando a obra do senhor exige ação constante e vigilante.

A pessoa deve ser ativa, viver a cada dia a fé com que professa suas ideias, em sintonia com o que é divino e eterno, e, assim, estará na mão de direção que o conduzirá a patamares mais iluminados de paz e amor.

A promessa do porvir não é a única maneira de trazer para fora o bem que, por vezes, adormeceu nos corações, mas também a certeza de que a consciência tranquila do combatente lhe trará paz, fugindo do remorso que lhe poderá ser até mesmo mortal.

A culpa com que nos pesamos diante do Criador, é por demais causa de remorsos terríveis, que leva muitos a verdadeiros estados de loucura ou idiotice temporários. 

A fuga de si mesmo é o plano que aguarda aqueles que esperam na ociosidade das ações as glórias nos céus. 

Verá que apenas a luta constante, o bem vivido no dia a dia, a oportunidade aproveitada para a lição valiosa, tornarão um ser habilitado de vivenciar no amanhã a paz interior, que refletirá nos mundos em que habitamos a energia vital da conquista. 

Aquele que não se compraz com a necessidade de seu semelhante ainda está longe de saber o verdadeiro sentido do verbo amar.

Pois somente pelo amor vivo, constante, sem julgamentos severos, mas com a brandura do Cristo, é que podemos auxiliar e amar intensamente de maneira tal que este entrará em nossa alma como algo que jamais, em tempo algum, novamente adormecerá. 

Ainda há muitos que estão entre a escolha do bem e do mal, com sentimentos destonados da vontade Cristã.

A vida nos traz caos quando a cada um ainda é difícil a escolha tão necessária, ou seja, o caminho que lhe trará de fato uma felicidade duradora e promissora.

Alguns acreditam que o mal ainda é o melhor pagamento terreno por seus erros, outros que somente o mal retribui as trevas com que alguns escolheram viver e atingir os seus semelhantes.

Meu Deus, onde houver luz haverá paz, mas onde houver trevas, não será a escuridão que fará as consciências despertarem.

Somente a caridade que coloca em prática os planos divinos de superação e resignação é que poderá salvar a todos das trevas morais que vivem em seus íntimos. 

A luz da benéfica caridade é que iluminará um dia toda a humanidade de encarnados e desencarnados que ainda se perdem no caminho tortuoso do erro, do rancor, do ódio e da vingança.

Nem mesmo Deus jamais foi capaz de qualquer ato de repúdio ou vingança contra nenhum de seus filhos, nem mesmo contra o pior deles, se é que existe alguém cuja maldade tenha maculado todo o seu caráter, toda a sua alma.

Como pode o filho querer ser mais duro e severo do que o Pai, que ama e sabe dosar a cada um o remédio, ainda que amargo, que lhe trará a cura.

Sintam a alegria de viver, pois constitui importante oportunidade de melhora, cujos benefícios muitos clamam, mas poucos valorizam.

Deste lado, em que a população de desencarnados é maior do que a de encarnados, muitos choram e aguardam ansiosos a oportunidade do regresso, após o despertar da consciência que os chamam para a devida melhora intima e reparação de seus erros.

Por isso, meus amigos, saibam que hoje vivem uma oportunidade concedida pela sabedoria divina, cursam escola secular de lutas e provas, para que no horizonte renasçam regenerados, habilitados a ocuparem os seus lugares no novo reino que há de surgir. 

Verão sobre a terra novo reino divino surgir, mas para isso terão que ser aqueles que edificaram a sua obra.

A cada tijolo que se coloca na grandiosa obra do Criador resultará no florescer de sua criação.

Saibam que a base desse novo reino será invariavelmente a caridade, que solidificará nos coração o verdadeiro sentido do que é amar.

Sejamos caridosos e honestos em nossos ideais e jamais há de faltar às bênçãos dos céus. 

Muitos ainda hão de cair na tentação do erro, na mesmice da crendice mundana e nas mesmas falhas de caráter, porém da mesma maneira verão florescer no amanha novas e belas oportunidades, pois nenhum filho do Criador será deixado para trás, nenhuma ovelha há de se perder do rebanho e do pastor.

Saibam que a cada novo dia renasce em vossos corações os votos da espiritualidade amiga de sucesso e glória.

Inspirem-se naqueles que fizeram de si mesmos um dos pilares na nova era cristã que se inicia.

Aqueles que em nome de um ideal nobre sacrificaram a carne para viverem em alma as verdadeiras bênçãos de Deus, prometidas pelo divino mestre Jesus.

Assim, unam-se no constante ideal de caridade e verão florescer no amanhã a luz que espantará todas as trevas que ainda entorpecem muitos corações.

Que o amor do Cristo esteja em nós, hoje e por toda a eternidade.

Que assim seja.

Com amor, do espírito Pedro Paulo e um espirito amigo.”



terça-feira, 4 de março de 2014

Importantes lições da espiritualidade sobre a mediunidade.





“O instrumento que assume a obrigação de auxiliar a espiritualidade deve se preparar para a difícil missão, que lhe aguarda no campo de obreiro da vontade de nosso senhor Jesus.

Aquele no qual se acentua certa mediunidade, capaz de lhe colocar em comunicação com a espiritualidade, deve compreender a sua função comunicante, como sendo aquele que dá a nós espíritos a voz pela qual nos fazemos compreender.

Nesta faculdade o homem precisa compreender que o estudo e o preparo são indispensáveis para que o desenvolvimento mediúnico não se perca em caminhos perigosos, muitas vezes frutos do orgulho e da vaidade.

A humildade com que se trabalha na seara mediúnica é mecanismo indispensável para o auxilio da espiritualidade superior, que se dedica ao exercício fraterno do bem.

O instrumento que se entrega ao orgulho e a vaidade encontrará como espirito comunicante aquele que lhe esteja afinado em ideais menos nobres.

A prática constante do bem é importante ferramenta de proteção, pois repele toda força negativa que visa transformar o medianeiro em fonte a ser utilizada por irmãos imbuídos em ideais de dor e de caos.

O estado emocional com que o medianeiro se coloca a disposição do espirito comunicante é de suma importância que seja analisado como sendo a porta de entrada do pensamento do comunicante, razão pela é necessário que o filtro mental lhe cause o menor dano possível.

É comum que a comunicação não ocorra com toda a perfeição que se deseja, pois próprio da condição humana em que nos encontramos, porém é fato que o exercício contínuo da faculdade coloca o medianeiro em situação de aprendiz capaz de distinguir as comunicações que se fazem necessárias por seu intermédio.

O coração do medianeiro, como fonte de sentimentos, precisa basilar a investidura da espiritualidade, comunicando-se em ideais de nobreza, quanto ao estado moral que se visa atingir. 

Não há comunicação sem que as partes estejam comprometidas com o ideal que assumiram, ainda que em tempos remotos. 

Há muitos medianeiros no aguardo de seus guias e comunicantes, como existem entre os desencarnados, muitos no aguardo do instrumento adequado e afinado a seus ideais.

E isso não ocorre apenas entre os espíritos que se encontram na condição de mais evoluídos, mas também entre aqueles que ainda caminham relutantes pelas trevas morais. 

Estes também buscam o instrumento que esteja afinado com seus objetivos, para que seja na terra capaz de colocar seus planos nefastos em prática.

O teste do mal serve para o vigilante não cair no erro de sucumbir em seus ideais virtuosos, há tão pouco tempo adquiridos, mas que necessitam ser solidificados nos corações, por meio de ações. 

A mente, campo vasto de ideias, precisa estar em sintonia com a espiritualidade, quando a comunicação se faz necessária, pois através da pineal entramos em comunicação com aqueles que nos são afins. 

É preciso a vigilância constante dos atos e pensamentos, para que o padrão vibratório do médium encontre a devida sintonia com o irmão desencarnado que lhe deseja o bem e a instrução.

Não é de todo prejudicial que o comunicante use, por vezes, de instrumento moralmente superior para a sua comunicação.

Se isso ocorre é com a assistência fraterna e amiga, para fins de educação do irmão que sofre e necessita de amparo por meio da comunicação instrutiva e devidamente amparada por amigos afins. 

Não é proveitoso aquele médium que se faz instrumento de comunicação de irmãos zombeteiros ou que residem em ambientes de treva moral, sob pena de lhe instaurar o caos, que poderá ser, em curto prazo, ser extremamente prejudicial.

A visão que se tem da espiritualidade, quanto aos desencarnados que nos fazem visíveis, é importante instrumento capaz de detectar a presença daqueles que nos são afins ou mesmos aqueles que estão ainda demasiadamente ligados a matéria terrena.

Dificilmente a visão se fará possível quando se tratar de espíritos de elevada luz moral, quando o medianeiro ainda não se encontre no mesmo estado evolutivo, pois não haverá a possibilidade da mesma frequência vibratória.

Para algumas outras pessoas, o espirito de luz se fará visível tornando mais densa o seu estado material, como que um “regresso” temporário ocorresse para fins específicos. 

Verá que muitos irmãos desejosos de se fizerem presentes estarão revestidos ou imbuídos de ideais para que se tornem capazes de vibrarem no mesmo estado que o medianeiro.

A vidência, mediunidade capaz de ver os espíritos desencarnados, é faculdade com a qual a vigilância se deve redobrar, e o estudo não deve faltar como instrumento indispensável para o preparo e a disciplina.

A psicofonia e psicografia são instrumentos capazes de fazer os amigos desencarnados comunicarem-se por meio do medianeiro, pela fala ou pela inscrita, sendo em sua grande maioria fonte sensitiva do espirito comunicante.

Em ambos os casos, a personalidade do comunicante deve ser analisada para que se saiba o momento oportuno de se permitir a comunicação, se for aquele comprometido com a doutrinação do medianeiro e com a instrução moral da coletividade, a menor vigilância despendida pela espiritualidade amiga será adequada, pois o estado vibratório restará preservado, sem maiores riscos de danos físicos e ou emocionais.

Entretanto, quando o comunicante for de toda natureza, ou seja, incrédulos, doentes, sábios, ou mesmo de elevada luz moral, a vigilância será necessária em intensidade tal que preserve o estado emocional do medianeiro, sendo mais seguro que a reunião coletiva se concentre em sua proteção, com os respectivos amigos desencarnados, na retaguarda protetiva.

Os efeitos físicos que são produzidos visam o estado sólido da fonte medianeira, como aquele que nos capta a ideia e a transmite ao objeto que sofre o efeito da ação mediúnica. 

Importante fonte de comunicação, por vezes mais de dedica a exibição de “poderes” do que propriamente da missão mediúnica na senda do bem, que será sempre a instrução para que a escolha do bem se mostre como caminho correto e indispensável.

Estamos em constante comunicação, seja qual for a fonte utilizada, o meio pela qual nos comunicamos, a sua ação é desejo Celestial, e não se interromperá, seja pela ação dos incrédulos ou mesmos daqueles que residem em regiões densas.

A violência não é mais admitida, pois a faculdade mediúnica, capaz de ser aceita por parte da ciência, ainda que por aqueles grupos formados por incrédulos, refutou a aplicação de toda e qualquer ignorância no campo mediúnico.

Hoje, encarada como uma das belas faculdades dos ser humano, a mediunidade veio para ficar e conquistar o seu devido lugar na humanidade, como fonte importante de comunicação entre seres que se encontram apenas em estados diferentes, mas unidos em ideais e necessidades.

Todo aquele que já exerce a sua faculdade saiba que não se trata de um prodígio, de um poder, mas de uma missão, a qual é confiada à muitos, seja como resgate de faltas, seja como meio de aplicação de ensinamentos tantas vezes adquiridos, mas poucas vezes aplicados.

Mas antes da missão, vem a necessidade do amor, para que guie a cada conduta a ser praticada, pois assim as suas faculdades se harmonizarão, em uma única direção, a favor da vontade de apenas um, ou seja do Criador.

Por isso, entreguem-se ao bem, sabendo que a fonte do amor jorrará sobre vocês todas as bênçãos, e que os seus méritos serão justamente aqueles cujo bem tenha sido a semente lançada no coração de muitos.

Filhos do Pai Celestial, lutemos a favor do bem do Cristo, e seremos elevados a patamares de luz, onde, porém, jamais faltará o trabalho para o bem e o bom combate contra nós mesmos.

Que o desânimo seja substituído pela coragem e que o amor do Cristo esteja no coração de cada um, seja comunicante, medianeiro ou beneficiado com a instrução amiga.

Que Deus nos proteja, hoje e sempre.

Com a escolha da bandeira do Amor.



Do amigo Pedro Paulo”