sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Luz mediúnica - conselhos ao medianeiro.




“Meu irmão e querido amigo guie-se pela paz e encontrará na fé o suporte de suas forças, que irá mostrar a força que a luz da razão, da assimilação adequada das ideias cristãs fará a sua alma.

Não se perca no caminho da lamúria, seja antes um otimista, e verá no horizonte brilhar a paz na consciência por vezes reprimida por ideais não voltados ao bem e ao amor ao semelhante.

Seja forte quando lhe vier abalar as estruturas de seu ser acontecimentos mundanos que antes de lhe prejudicar trarão esclarecimentos dos quais necessita para seguir adiante e em paz.

A prática mediúnica exige do medianeiro cotidiano costume com as novas faculdades que lhe traz uma visão nova da vida e que faz com que sinta novas forças que são capazes de lhe beneficiar como prejudicar, minando o seu padrão vibracional.

Tudo isso faz parte do treino e da capacidade de seguir adiante frente as diversidades que a causa nos apresenta como importante instrumento de fortalecimento do caráter. 

Para que se possa agir no campo do bem e antes imprescindível que seja para com a vida humilde e generoso, sabendo que não faltará auxílio àqueles que já sabem a importância de agir no bem seja a quem for. 

Para que a escola da vida não lhe seja por vezes penosa lembre-se sempre de que a cruz que carrega é antes mais leve do que o do irmão que lhe mostra como as suas dificuldades são ainda mais difíceis de serem superadas.

Veja a vida como a nobre escola que não esconde de ninguém as suas dificuldades e as suas virtudes, sendo o próximo o melhor caminho de sabermos como agir em prol de nós mesmos.

Antes que se entregue a lamentações desnecessárias lembre-se do compromisso assumido de servir e que todo serviço a nobre causa de nosso Senhor jamais se perderá no tempo, mas antes será balsamo a aliviar as próprias chagas. 

Mas não pense que será fácil a natureza de servir a causa de Deus, pois se há glorias, há espinhos a nos educar a coragem e o amor acima de todos os males que nos possam impor. 

Para que seja de fato um idealista na causa cristã é necessário que se instrua constantemente com o proposito de distinguir o que deve ou não fazer quando estiver diante desta ou daquela prova, sobretudo quando lhe abater a dúvida sincera. 

O servidor que não pede o serviço cristão é antes um vaso vazio que revela a sua beleza porém nada tem a servir àquele que lhe admira as ideias. 

É preciso que o vaso seja belo, mas, sobretudo, que os atos revelem a sua força, fé e coragem diante da vida. 

Assim estará no caminho da verdadeira virtude, ou seja, aquela que age e fortifica o semelhante em seus caminhos de glórias ou de dores. 

Não levemos a mera cura formal, aquele cuja palavra por vezes se perde pela força do tempo, mas aquela que conduz a si mesmo em prol da melhora íntima e física daquele que verdadeiramente precisa.

Seja corajoso e verá a sua luta triunfar, seja qual for a dificuldade aparente que lhe abala os alicerces da coragem.

A luta da vida pela vida em abundância de paz e de luz é por vezes demais difícil, mas lembre-se que a glória do sucesso só virá verdadeiramente pelo esforço contínuo e corajoso. 

Perca aquela ideia viciada de que a causa cristã é antes um passatempo do que uma atitude diária e habitual, pois é preciso que passe a habitar verdadeiramente a vossa alma, como meio indispensável à felicidade. 

Siga adiante com a certeza de que está sozinho apenas quando se afasta da luz do esclarecimento, pois ainda que lhe escape aos ouvidos, ainda assim estará lá esperando o retorno do filho pródigo. 

Encoraje-se pela escolha feita e aceita, ainda quando o corpo estava a se desenvolver no ventre de sua mãe, pois naquele momento já tinha plena ciência das dificuldades, mas também e, sobretudo, das glórias. 

Seguir o caminho da virtude cristã é por vezes um caminhar tortuoso, de pedras e espinhos, mas que ao se chegar ao destino apenas o bálsamo renovador da luz fará brilhar em si a consciência tranquila e realizada pela missão em fim cumprida.

Quando interrompe em vida pretérita atividade nobre na seara mediúnica, nova oportunidade se abre, porém com a nítida verdade de que os vícios que lhe conduziram ao fracasso deverão ser superados e para isso certa dor lhe causará por desconforto da verdade. 

Assim, saiba meu irmão que a luta continua, vossa missão é a de servir e assim será por quanto tempo ainda estiver sobre o mundo dos encarnados, cuja força jamais se perderá quando novamente a erraticidade habitar. 

Quando estiveres em dúvida siga a luz do bem e verá a verdade que a força de sua razão lhe trará.

Não se perca pelo desânimo, mas antes faça dela a força que necessita para seguir sempre adiante.

Que assim seja.

Do eterno amigo Pedro Paulo.”

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sexualidade e prostituição. Mensagem da espiritualidade




“A situação daquele que fez mal uso da bela faculdade da sexualidade encontrará no seu retorno difíceis consequências que serão suportadas com muito temor e pesar.

Sinto que ainda muitos irmãos se perdem no caminho que permite a entrada de novos irmãos pela estrada da vida que os conduzirão ao crescimento moral.

A sexualidade é uma das potências humanas que Deus concede ao bem, para que seja utilizada com juízo e responsabilidade, sabendo de seus efeitos benéficos ou prejudiciais conforme o uso que lhe é dado.

Muitas mulheres vendem a sua alma ao entregar-se a prostituição como saída que lhe parece honrada para a miséria humana que ainda carrega em si as chagas do aprendizado.

Pensam estas pobres irmãs que estarão livres do remorso quando o corpo já não mais habitar vossas almas, mas assim não será, pois pela porta que as conduzirão ao retorno estarão as faltas que não cessarão da reprimenda e reparação necessárias a sua boa condução.

Não é para temer que eu digo isso, mas para que saibam que aquilo que Deus concedeu, sem nada pedir em troca, cuja potência traz a felicidade duradora e reparadora, não pode ser perde no comércio vil e mesquinho, como se estivesse a venda aquilo que nada pagou para que recebeste. 

O corpo é morada segura do espírito e tanto quanto o primeiro deve ser respeitado, admirado e cuidado com todo velo, sabendo que terá que demonstrar o bom uso que fizeste dele.

O caminho da prostituição é por de mais tortuoso e traz tormentos dos mais terríveis, sobre a alma e o corpo, ainda enquanto encarnado a alma já sente os efeitos da terrível escolha, que por vezes conduz o ser a um abismo moral que o afunda em solo pantanoso. 

O ajuste consigo mesmo não irá falhar, mas a escolha de se libertar dos grilhões que o prendem a tal caminho ainda pode ser vivida, a cada instante, ainda desta existência. 

Não será comercializando a sexualidade que o ser gozará da plenitude da felicidade terrena, acabando-se em moinhos de vento que levarão as fortunas por vezes adquiridas a custa de tal comercialização.

O fruto estará contaminado pela escolha incorreta, e assim será com os seus plantios, cada semente mal adquirida produzirá a mesma obra que lhe deu origem, sem que haja forma de suprir a consequência de sua atitude.

Por isso saibam mulheres e homens que comercializam a beleza da sexualidade, a riqueza adquirida será para ti a perdição, pois o fruto do trabalho que honestamente o produz sempre florescerá, enquanto o este o tempo encarregará que se perca até o último vintém. 

A beleza que o corpo possui e atrai sexualmente o parceiro que lhe será a fonte de alegria, traz consigo energia capaz de fortificar o ser e iluminar toda a alma com a força da paixão, até que a calmaria do amor transforme em fonte inesgotável de fortalecimento a sexualidade bem empregada. 

Assim, sinta a beleza da alma e saibam que nela reflete as alegrias e as dores do corpo, bem como as intenções e ações, sejam aquelas insanas, sejam aquelas nobres e voltadas ao bem.

A sexualidade não está renegada ao caos, pelo contrário, constitui poderosa fonte de luz e amor, desde que seja utilizada para o fim nobre que se destina, pois assim pede Deus para que cada criatura dela se utilize. 

Não será pelo caos da sexualidade que o mundo se transformará, seja para o bem viver ou para a reparação pontual das faltas, mas somente pelo amor e pelo bem que se fizer, ainda que com o uso de poderosa faculdade.

Por isso escutem, amem a vida e saibam que o corpo que produz o novo ser que habitará o espirito que se faz renascer, é fonte inesgotável de renovação, de luz e de oportunidade de servir a nobre causa do bem.

O prazer passageiro cuja efemeridade apresenta cairá por terra como a desilusão que se tem pelo projeto mal empregado, cujo uso incorreto interrompe por vezes um ciclo de luz e paz.

As consequências são sentidas e serão penosas, tanto para o corpo quanto para a alma, sobretudo quanto mais erro houver cometido em nome do amor ao orgulho e ao egoísmo, sendo capaz das mais vis ações em nome do ouro e do poder que ele, ironicamente, traz. 

Assim, sintam-se seguros ao amar o corpo, que traz o prazer e a luz que lhe cabe, pelo envolvimento sério e condizente com suas potencialidades, sabendo que o que nasce do amor é amor.

Não venda aquilo que nem a ti pertença, pois a gentil mãe natureza que lhe concedeu o véu que abriga a alma e que amanhã ao seu colo retornará, jamais pediu prata ou ouro, mas apenas o respeito e cuidado com a sua criação.

O amor de Deus é a fonte que deve nos guiar e sabedores que somos de sua benevolência, busquemos a sua misericórdia, pelo ato sereno de nossas faculdades, colocando a favor de sua obra as faculdades que nos concedeu, entre estas a sexualidade.

Como ensinou o Mestre: o amor e somente ele pode apagar uma multidão de erros e de pecados. 

Que o amor do Cristo nos guie hoje e sempre.

Que assim seja.

Da amiga Ana

Acompanhada de Pedro Paulo"

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O engano pela aparência - sejamos cautelosos.




“A conexão pela qual encontramos o amparo amigo, o suporte que nos acolhe e nos guia, pelas sendas da vida, será sempre aquela cuja boa vontade for a fonte de ânimo e coragem.

Nas tarefas diárias perguntamos como pode este ou aquele irmão deixar-se levar pela aparência efêmera das coisas, como se a verdade estivesse contida em apenas um ato ou omissão, sendo severo até mesmo com aquele que lhe nutre certa compaixão. 

Para que a verdade que cabe a cada pessoa seja enfim compreendida é preciso que se esteja para com ela aberta as suas ideias, a sua história, que revelará a sua verdadeira identidade de consciência e atitude perante a vida.

Não é com apelos desnecessários, com vicissitudes de toda sorte, que entraremos em contato com as dificuldades e glórias daqueles que nos são queridos ou mesmo daqueles que nos parecem apenas o espelho de certa realidade que estaríamos almejando.

Por isso tenhamos cuidado com tudo aquilo que a aparência nos possa transmitir, pois nem sempre ela espelha a verdadeira essência, mas acoberta muitas dores e mágoas cuja sombra impede a verdadeira beleza do ser que se pensa viver desta ou daquela maneira. 

Tenhamos a prudência de conhecer antes mesmo de perceber se este ou aquele irmão é infeliz ou soberbo.

Muito do que pensamos diante de um irmão acaba por ruir diante de pequenas verdades adquiridas pela experiência da vida diária.

Por isso sejamos mais cautelosos e não nos aventuremos no juízo errôneo do qual poderemos nos arrepender ou sejamos injustos ao ponto de até mesmo um mal causar, ainda que não conscientemente, mas cujos efeitos serão por nós suportados.

Meus amigos a certeza que se deve ter é que a vida constitui educandário a todos, sem que haja a nítida impressão de que esta ou aquela pessoa seja a exceção.

A cautela nos pede o cuidado de sermos ainda mais do que generosos, mas essencialmente bondosos com todos aqueles que nos cruzam pelo caminho, pois a todo irmão cabe a escolha do bom o mal caminhar, e será sempre à ele um bálsamo a lhe acolher a alma a mão amiga ou o abraço afetuoso que o ampara.

Antes de formar um juízo de que este ou aquele irmão está em vida de incorreção moral, verifique se o seu histórico permite que esteja em seu lugar e que agiria de maneira diferente ou mesmo que o fardo que lhe pesa a alma seja por ti suportado sem as mesmas lamúrias ou erros. 

Não é com a rispidez de juízos severos, cujo erro levará fatalmente ao arrependimento posterior, que se estará em frente da verdade que o conduzirá a essência do seu irmão. 

Olhe antes a alma do que o corpo que lhe guia os atos, pois nela reside a verdadeira brandura e doçura ou rispidez e endurecimento moral.

Embora o convívio não lhe seja possível a verdadeira caridade será aquela que ainda distante do semelhante lhe aponta a leitura da verdade, o amparo afetuoso pela oração sincera, sendo o caminho de amparo e auxílio àquele que, por vezes, ainda não aprendeu verdadeiramente a amar.

O amor contagia e enobrece a alma, pois acolhe de coração e de bom grado todos aqueles que estão necessitados das mais belas diretrizes e verdades cristãs que lhe abrilhantaram a alma.

Por isso não pense que o julgo que impede a consciência de seguir adiante, seja bom caminho, mas lembre-se que a verdadeira nobreza da alma reside em amar pelo simples fato de amar, sem que haja qualquer retribuição que não seja resultado do próprio exercício deste sentimento.

A emoção que nos acolhe com o ato de amar traz uma leve alegria de sabermos que estamos sentindo aquilo que o Cristo ensinou, ou seja, a verdadeira beleza de toda a Sua verdade, a leveza do Seu caminho, o brilho da vida que nos brinda com luz e paz.

Quando estiveres no momento do infortúnio não se julgue menos feliz ou amparado do que o irmão que lhe parece desconhecer esta espécie de infelicidade, mas agradeça a Deus a lição que lhe traz o beneficio do aprendizado e a remissão da divida que carregava ainda perto de ti.

O tempo que tem sob a terra, até que a partida de volta a erraticidade lhe bata a porta, é muito pouco para que haja com o devido acerto acerca do irmão que lhe aparece no horizonte.

Assim, deixe a Deus o que lhe pertence, não seja o invasor imprudente que deseja ter o que ainda não lhe cabe, mas aquele ser prudente que escolhe o bom caminho sabendo que somente este o levará a verdadeira vida, de acertos e de felizes escolhas. 

Ande sempre a favor do bem e não lhe traga o que ainda somente a Deus cabe, pois estamos ainda distantes de compreender toda a Sua sabedoria e grandiosidade diante de todas as criaturas.

Que o amor do Cristo nos guie, hoje e sempre.

Que assim seja.

Da amiga Ana.

Acompanhada do amigo Pedro Paulo”

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A nossa conduta com as falhas e os defeitos do próximo - lições da espiritualidade.




“A causa de muitos males de ordem social resulta da descrença gerada pela perda sistemática da cautela e da prudência no trato entre os semelhantes, visando muito mais o triunfo do seu ponto de vista do que da prevalência da verdade em todas as instâncias.

Isso se deve ao fato de que ainda estamos enraizados em bases de orgulho que nos cega a visão exata do comportamento do próximo, conosco e com as causas que lhe são peculiares. 

Preferimos apontar o cisco que impede a visão do próximo do que a trava que nos torna cego diante da verdade.

Para que estejamos de fato habilitados a um juízo quanto a este ou aquele comportamento é indispensável que sejamos juízes de nos mesmos, sabendo que a primeira reprimenda será sempre para a nossa própria atitude, visando assim um comportamento mais condizente com a circunstância. 

Quando estamos diante de um desafio acerca do que esta ou aquela semelhante pensa, com a sua maneira de agir em relação a esta ou aquela situação, a verdadeira conduta que nos conduzirá ao acerto é de ser para com o nosso irmão tolerante e benevolente, sabendo que existe em si, uma luz que seja de paz e amor.

A verdadeira razão de ser das dificuldades é de educar a alma para o julgamento severo de suas próprias imperfeições, visando a melhora íntima que o conduzirá a superação.

Por isso é que as maledicências com que algumas pessoas preferem tratar o seu semelhante é fruto de um descaso com a sua própria consciência, que manda velar pela sua conduta em relação àquele que está com ele em situação de franco aprendizado, não podendo, por orgulho, se colocar em posição de professor implacável.

Aquele que visa auxiliar a melhora do próximo precisa antes de qualquer coisa de ternura, de generosidade, retirando de si tudo aquilo que o impede de perceber o verdadeiro brilho da alma amiga. 

Olhar para os defeitos que o outro possui é nutrir ainda mais a permissividade diante da dor que lhe causa as falhas cometidas. 

Para que estejamos realmente à altura de saber que este ou aquele irmão não possui esta ou aquela virtude precisamos antes perguntar a nos mesmo se estamos em nível de instruir e não de aprender. 

Aquele que se julga o juiz de toda a causa, capaz de impor a este ou aquele a pena da repreensão severa não conhece nem mesmo a benevolência e generosidade cristã, que ensina que devemos ser amáveis e tolerantes uns com os outros, pois assim amaremos o próximo como a nós mesmos. 

Para a perda desta faculdade de ajuizar em relação ao próximo toda a severidade de julgamentos por suas boas ou más condutas devemos saber que estamos no mesmo barco, ou seja, ainda não somos instrutores, mais alunos, que como em uma escola, precisa do auxilio amigo para o aprendizado adequado da lição que se quer passar.

Somente assim estaremos, ao final, habitados a uma nova era, de mais prosperidade, inclusive moral e intelectual.

Não será fugindo da sabatina diária, dos desafios gerados pelo convívio, pela crítica do amigo, pela falha apontada em nossa direção, que estaremos habilitados a renovação, mas sim pela conscientização de que é preciso melhorar, e muito, os vícios que ainda nos impedem a visão correta de si mesmo. 

Irmãos de ideal cristão lembrem-se do Cristo e sejam os missionários da educação, sabendo que estamos, como ovelhas, sendo conduzidos em direção ao bom caminho, à verdade e à vida, mas com o triunfo adquirido do livre arbítrio, que nos permite agir e pensar livremente, mas que não nos livra das consequentes consequências. 

Por isso quando estiverem comentando ou apontado este ou aquele defeito do próximo, pare e pense em seus próprios, e verá que, por vezes, devia ser curvar diante da melhora que ainda não foi capaz de alcançar. 

Aprender com aquilo que o próximo faz e nos causa grave repercussão, faculta o aprendizado de ser amanhã melhor em relação ao mesmo fato, mas não nos habilita a ser com ele o juiz de suas ações, tornando-se o julgador implacável de suas próprias razões.

As leis dos homens nos impedem de agir com o ímpeto de vingança ou mesmo de exercício arbitrário das razões, justamente por uma construção natural da sociedade de respeitar mesmo aquele que nos causa grave comoção, pois muitas vezes é um doente da alma e como tal será, gradativamente, tratado, por aquele que o criou, nosso bom e generoso Deus. 

Assim não se percam no caminho da gravidade que pune o próximo, ainda que a maledicência seja o mal escolhido, mas aquele que sabe que o erro nada mais é do que a necessidade de acertar pela opção da dor que acarretará, cedo ou tarde, o arrependimento arrebatador da própria falha. 

Meus irmãos amem-se acima de tudo, e antes de ser aquele que aponta o dedo indicador com toda severidade, seja aquele que verá que ainda não se livrou dos demais apontados para sua própria direção.

Que o amor seja a nossa bandeira, hoje e sempre.

Que assim seja.

Da amiga Ana.

Acompanhada por Pedro Paulo”

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A vida continua - a bagagem que levaremos.




“Que o Cristo esteja em todos os corações generosos, para que possam guiá-los no temperamento sereno e benevolente para com os semelhantes.


Quando pude sair da matéria, pela porta do desencarne, que chegou para mim como uma luz libertadora a me guiar para a morada na qual hoje eu me encontro, senti enorme alegria ao confirmar que nada acaba, mas apenas mudamos o nosso endereço, sem mais o peso do corpo que antes habitávamos. 


Irmãos que militam na fé cristã saibam que nada acaba com o fim da vida corpórea, mas apenas nos libertamos das travas que nos impede de sair no envoltório que nos serve de morada.


Digo isso com todo respeito ao corpo que me serviu de morada, o qual por muito tempo eu amei e que hoje retorna ao seio da mãe natureza, que soube com a sua generosidade emprestá-lo a mim pelo tempo que necessitei.


Soube quando sair do corpo que já não mais me encontrava em vida material e isso eu devo aos méritos que pude acumular ao longo de minha existência, que embora sejam para mim poucos e pequenos, foram, graças a deus, suficientes para me permitir deslumbrar a realidade que passei a viver.


Em vida muito ouvi sobre a vida que vem após a morte física, mas nem sempre fui capaz de compreender esta realidade em seus mais complexos detalhes, pois apenas deseja ver para crer quando a hora me levasse para fora do veículo corporal.


Mas não é assim que devemos viver, pois a realidade física que existe após o desencarne, quando a matéria liberta o espirito que lhe habita, trazendo-o de volta a sua verdadeira morada, se já é bem compreendida impede muitos males e surpresas, algumas vezes até desagradáveis.


Meus amigos aos deixarmos o corpo nós encontramos do outro lado a mesma realidade física, ou seja, há matéria, menos densa, mais sutil, que por muitos não é perceptível, e caminhamos diante da vida, agora nitidamente espiritual, com os traços que nos são dados pela sutileza do períspirito, que reflete em si como que uma pintura de nossa última vestimenta.


Deste lado continuamos sendo a mesma pessoa que quando éramos quando encarnados, pois na verdade passamos, apenas, a nos denominar desencarnados, nada mais.


Desencarnado é apenas aquele que já deixou para trás a carne, o corpo notoriamente físico, em sua densidade característica e necessária.


Aqui, deste lado, vemos e ouvimos nossos amigos, que são ligados a nós por laços, como os daí, de afinidade e afetividade.


Aqui, o dia passa e traz ao seu fim o raiar da noite que nos abrilhanta com as estrelas e a luz da paz do Cristo que esbanja através da constelação toda a sua riqueza e brilho. 


Ao deixar o corpo físico trouxe comigo a bagagem do que fui, ou melhor, continuo hoje sendo a mesma pessoa, com os mesmos vícios e qualidades, somente perdi, por completo, aquele medo terrível que tinha da morte, pois hoje tenho a certeza de que tal “mal” não existe, o que há é vida, e muito.


Hoje caminho por lindos bosques, que antes, outrora, acredito que não notava com a mesma alegria aqueles que por tantas cidades existem.


Um dia desses encontrei um velho conhecido, que retornou a esta morada antes de mim, por um desligamento até mais rápido e sutil do que o meu. 


Após os cumprimentos de praxe, logo fui indagando do meu amigo o que havia experimentado logo após o desencarne, e me respondeu com um brilho nos olhos, “muita leveza e olha que fui obeso.....” e juntos rimos felizes de sua agora “leveza”.


Continuamos alegres a nossa conversa e ele me fez a mesma pergunta e respondi com toda a espontaneidade “nada, no começo eu não senti mesmo é nada, pois eu parecia ser como parte do ar....depois fui entendendo que estava como você disse, mais leve e ai fui dando conta de que estava deixando para trás o corpo, que há pouco já seria velado por meus entes”


Depois das primeiras impressões, veio o assunto mais delicado, como estavam, na matéria, os nossos entes queridos após a nossa “perda”.


Bom.. foi ai que caminhamos e lembramos que a Deus pertence o destino de todos e que eles estavam como nós, seguindo adiante, a cada dia um novo rumo, a cada parada uma nova lição, a cada amanhecer um novo sorriso ou choro, mas que a cada nova existência, mas um degrauzinho subíamos até Ele. 


Estou aqui meus amigos para dar o meu testemunho de que a vida continua e que devemos sim nos preocupar com aquela bagagem que nos fará melhores ou piores deste lado da vida, onde nada mais se esconde, pois aqui a consciência é vida e perspicaz.


Por isso iniciem hoje a edificação de suas riquezas morais, das virtudes e do conhecimento que lhes servirão de belos passaportes para as moradas mais felizes que todos almejam alcançar.


Carreguem o coração cheio de amor e compaixão para com todos e verão, após a cortina da vida cair, levantar-se novamente, mas agora com o horizonte mais belo e terno que já pôde imaginar.


Que a luta contra nós, ou seja, contra tudo aquilo que nos impede ainda de ser como Ele, o Jesus de Nazaré, com o tempo se rompa.


Que assim seja.

Com amor.

Carlos.

Acompanhado por Pedro Paulo.”