quinta-feira, 15 de maio de 2014

Expiação. A importância de aceitar as dificuldades da vida. Mensagem da espiritualidade.



“Que a luz de nosso Senhor Jesus Cristo ilumine a todos, como cântico dos anjos a favor de todos os seres celestiais que habitam as mais diversas moradas do Pai.

Venho contar-lhes uma história, que traz para nós a certeza da continuidade da vida como escola incansável a educar seus filhos.

Nasci pobre, não tinha nem sequer do que me alimentar, vivi em completa penúria, meus pais eram paupérrimos, tínhamos em casa pouco mais do que o necessário.

Vivia pelas ruas perambulando atrás das migalhas que os nobres e ricos podiam me dar a favor de pequeno ser que nada mais queria do que um prato quente de comida, pois pouco havia ingerido naquele dia.

Sabia que a dificuldade seria para mim passageira, pois tão logo pudesse entraria nas entranhas do crime para obter para mim e para os meus toda riqueza que de nós havia sido usurpada.

Sentia a angústia de querer o quanto antes calcar novos degraus da vida para que o crime me trouxesse o luxo que tanto inveja me causava.

Não me faltou a boa educação, pois os meus pais, embora humildes, haviam se esforçado para transmitir a ética e a moral, para que quando crescesse fosse honesto, ainda que a pobreza foge a minha vida.

Mas de nada adiantou, pois como espirito rebelde, que havia reencarnado em dura expiação material, nada pude contra as minha ainda nocivas más inclinações e enveredei pelo caminho tortuoso do crime.

Passei a retirar dos abastados o ouro que deles sobravam, para que a minha riqueza fosse tão grande quanto aquela que via caminhar pela rua.

Quando podia nutria a torpeza com certo requinte de crueldade e julgava com severidade as vítimas que para mim tinha sido algozes de minha derrota.

Percebia que a cada novo delito o ouro se avolumava em meus bolsos, quando a cria que o trazia nada mais era do que a dor dos meus semelhantes.

Nada podia tirar daquela insana ideia, pois sabia que aquele caminho seria para mim sem volta.

Sem acreditar na continuidade da vida, pensava eu que aquilo duraria apenas uma vida e que após o inferno ou o céu seria a minha morada.

Não pensava nas consequências dos meus atos e nem na justiça que haveria de vir por misericórdia Divina.

Surrupiei muita gente, retirei deles até mesmo o necessário, pois do luxo que vivia quase tudo havia sido retirado de algum irmão, que, ainda que infeliz, havia sido vítima de minha ganância, que não encontrava mais limite.

Para que as minhas paixões e vícios fossem saciados a riqueza havia ganhado contorno vultoso, mas nada daquilo trazia para mim o conforto da felicidade e da paz.

Aos poucos aquele castelo de ouro e fantasias ruiu e pelas mãos de algozes que haviam sido de mim vítimas no passado, fui morto e encontrei pela arma fria a porta do retorno a casa do Pai.

Fui recebido deste lado com muita angústia por aqueles que desejavam o meu retorno como vingança por todo mal praticado.

Fui julgado com toda severidade e condenado as mais duras penas do remorso.

Sofri as mais difíceis provações em regiões densas que haviam sido por mim já tantas vezes habitadas.

Não sei precisar quanto tempo fiquei lá, mas sei as marcas que trago comigo de toda dor sofrida, embora tenha sido justa e fruto de minha própria imprecaução. 

Quando pude ser resgatado por irmãos benevolentes mal podia ser reconhecido por causa da minha debilidade perispiritual, que havia mudado toda a minha fisionomia pela dor e pelo remorso.

Quando aos poucos adquiri novamente a consciência vislumbrei ao longe os meus pais, repletos de luz, cuja riqueza nenhuma é possível de dar.

Meus pais estavam lindos, juntos e sorrindo em minha direção, com as mãos dadas, como aquele Pai da bíblia que recebe de volta o filho pródigo.

A mesma festa e alegria sentiam os meus pais, que transmitiam a paz de terem de volta o filho que havia fugido das responsabilidades.

Aqueles pais que antes viviam na penúria agora estavam envoltos em uma luz branca e cristalina, de paz e saber.

Aqui posso dizer estavam muito acima de muitos daqueles nobres e ricos de outrora que se gabavam de toda fortuna acumulada, cuja parte eu surrupiei.

Pois bem, junto dos meus pais passei a ser reeducado, na compreensão das verdades espirituais que envolvem todo o nosso ser.

Passei a entender que o resgate havia sido minha escolha, cuja riqueza havia sido outrora a minha perdição e que novamente havia me entregue aos prazeres materiais sem pesar as consequências dos meus atos insanos.

Estou hoje em nova morada, junto dos meus amados pais, que me guardam e protegem como antes, quando eu não soube valorizar.

Hoje digo que de verdade estou sendo educado, não pela luxúria, mas pela humildade do amor e da paz.

Agora sou nesta morada humilde mais feliz servidor, que busca por meio da fraternidade resgatar um pouco de suas enormes faltas.

Socorro muitos, que como eu, caíram no erro da matéria e das paixões do mundo, que esqueceram as verdades eternas tão nobremente ensinadas pelo Mestre Jesus.

Hoje vejo que o Maior de todos os homens foi entre eles o mais humildade e ao mesmo tempo o mais sábio.

Que sigamos o Seu exemplo, pois hoje compreendo que somente Ele é toda verdade e vida, sem o qual nada podemos ter de paz.

A consciência nos guia diariamente na vida, como sendo por ela que os bons e maus conselhos nos chegam, ouçamos aqueles que nos brindam com a luz do esclarecimento para que não cainhamos em tentações perigosas a nossa evolução.

Que a paz de Jesus Cristo esteja em nós, diariamente.

Que assim seja meus amigos.

Com amor.

Mario Lúcio.

Guiado e orientado por Pedro Paulo”

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