quarta-feira, 24 de abril de 2013

O verdadeiro lar.





“O destino da vida será sempre o de retornar a sua verdadeira morada, buscando a essência daquilo que o criou, como sendo o local em que encontrará a paz e o descanso que não lhe foi possível quando ainda encarnado. 

O homem deve ter em mente que o seu retorno ocorrerá, embora apenas o tempo não lhe seja possível prever, e, assim, não deve fugir dos seus deveres e de buscar as transformações que são necessárias. 

As ilusões materiais e criadas pelas paixões da terra por algumas vezes entorpecem o espirito, levando o homem a se estagnar no caminho evolutivo que se comprometeu consigo mesmo. 

Mas as dores e as consequências a serem suportadas pela ociosidade prejudicial irão revelar que a força de vontade deve se fazer presente, fortalecendo a esperança e animando-o na busca das verdadeiras riquezas morais. 

Não pensem que os pesos das consequências lhe serão tiradas de seus ombros sem a vontade, em si próprio, tenha força para encaminha-lo para as transformações que irão coloca-lo em nova situação evolutiva, mais benéfica para o espirito. 

A verdadeira obra deve ser aquela que traz para si a pureza no coração e a tranquilidade na consciência, pelo bem que tiver praticado ao próximo, como sendo o único caminho para a felicidade interior. 

O retorno ao lar ocorrerá para todos, pois a verdadeira morada sempre será o porto seguro de todos nós, pois na terra estamos encarnados apenas pelo período em que as lições deverão ser apreendidas e as faltas reparadas. 

Nós, que já retornamos ao lar, vemos os encarnados como entes queridos que estão em uma viagem, sendo que nossa felicidade é que o retorno é certo, pois os lações de afinidade e afetividade não se rompem com o desligamento do espirito de sua vestimenta material. 

O corpo é apenas o veículo do qual nos utilizamos quando encarnados, e o qual devemos proteger e respeitar, pois é um presente que Deus nos concede para a jornada. 

A leveza a ser experimentada na espiritualidade estará sempre ligada a nossa consciência, pois esta deverá refletir a mesma pureza. 

Veja na vida a oportunidade que Deus concede aos seus filhos, mas sempre com a certeza de que estão apenas de passagem, e que este não é o verdadeiro lar, pois saberá, assim, o que deverá acumular durante a vida e trazer consigo quando do regresso da jornada. 

Peço a cada um que analise a sua conduta para com o outro, pois as consequências de más tendências, o orgulho, a vaidade, o ódio e a vingança, quando do retorno acarretam penosas sagas, cuja cura será sempre difícil e dependerá da fé e do mérito de cada um. 

Pensem sempre que cada um é responsável pelo próprio inferno que pode criar dentro de si e que irá refletir no ambiente que passará a habitar quando do seu retorno ao verdadeiro lar. 

Mas, da mesma forma, poderá adquirir um local de luz e paz, a resplandecer sobre o próximo, mostrando como é belo e bom o ambiente que passou a ocupar quando do seu retorno. 

Não se iludam com as paixões da terra e com a riqueza material, façam uso delas como que devem fazer da sua vestimenta, com responsabilidade, respeitando a necessidade que se faz presente em cada momento, mas ciente de que você na verdade é espirito e como tal possui como morada a espiritualidade e como riqueza o seu amadurecimento moral e a caridade que houver praticado. 

Não se endureçam diante das diversidades da vida, mas vejam que estas são etapas necessárias para a sua jornada, aprendam as lições e sigam diante, confiantes em Deus, cuja sabedoria sabe nos guiar como necessitamos. 

A luz divina irradia sobre todos os seus filhos o amor celestial, tendo como norte aquele que para nós é o mestre, Jesus, cujos ensinamentos são os alimentos de que mais necessita a nossa alma, pois o fortalecimento moral irá nos conduzir a um retorno salutar e feliz a nossa verdadeira morada. 

Que Deus esteja sempre em nós. 

Com carinho. 

Pedro Paulo.”

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