quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A passagem - libertação pelas virtudes.

 
 
 
“A passagem que vivemos quando do desencarne faz parte do processo que devemos nos submeter para o desligamento do corpo físico e a entrada no mundo dos Espíritos.
Neste processo há muitas diferenças que podemos verificar de uma pessoa para outra.
Para alguns é como se ocorresse um processo de libertação e para outros como se fosse condenado a uma pena que não deseja cumprir.
Todo processo de desencarne é peculiar a alma que anima o corpo que se tornará inerte no momento apropriado.
Não podemos crer que para cada ser o desencarne ocorrerá da mesma maneira, pois cada um é portador de sua própria bagagem moral e intelectual.
Alguns lutam contra o momento do desencarne e outros se sentem libertos da prisão da carne.
Mas seja como for, o resultado será sempre o seu retorno para o mundo espiritual, seja qual for a sua vontade, no momento do desencarne.
O resultado é um fim inevitável, do qual não é possível ninguém fugir, mas a maneira pela qual a transição se dará depende da vontade de cada um. 
Quantas vezes encontramos irmãos em aflição por terem deixado o corpo sem que antes tivessem compreendido o que de fato ocorre após a morte física, e ainda acreditam que estão em um sonho.
Para muitos o que se vive é um pesadelo do qual não consegue acordar, já que não é mais possível adiar as escolhas e fugir da verdade inevitável.
Gradativamente o espirito passa a se conformar com a sua nova situação, passando a ocupar o espaço que lhe for peculiar, segundo a afinidade que lhe atrai.
Os espíritos mais evoluídos encontram na morte a libertação da matéria, retornando para os lares que antes viviam saudosos dos que ficaram e felizes pelo encontro com aqueles que os precederam.
Essa transição dependerá sempre do grau de evolução do espirito enquanto encarnado, ainda que nem sempre o seu estado de sabedoria e de luz tenham se manifestado de todo.
Será para ele uma doce alegria o retorno ao lar, como o filho que após longa viagem retorna para casa com a alegria de poder estar novamente onde se sente seguro e feliz.
Mas aqueles que vivem com os corações endurecidos, ainda embebedados pelo orgulho e pela vaidade, agindo com egoísmo para com seus semelhantes, não verão na morte a libertação, mas o regresso para o lar em que deverão prestar as suas contas.
Como um filho que regressa ao lar familiar após grave falta cometida, sabendo de que deverá prestar as contas de suas ações e arcar com as suas consequências.
Para estes o desencarne tortura a alma, pois sabem que não há mais como fugir do retorno e buscam por todo meio ainda se manterem ligado a matéria.
Alguns retornarão quase que imediatamente, em estados físicos, por vezes, deploráveis.
Devemos sempre ser com eles misericordiosos e bondosos, pois são merecedores de nosso maior respeito e consideração, pois no pretérito podemos ter errado tanto quanto ou senão mais do que eles.
Outros ficarão vagando por regiões alinhadas com os seus pensamentos e interesses, até que a consciência seja iluminada pela verdade e por uma vontade sincera de superação, cujas preces sempre serão ouvidas por Deus.
Todos nós sabemos que a partida é certa, apenas não conhecemos, por vezes, o momento em que ocorrerá.
Por isso devemos enxergar que para essa viagem que todos nós fazemos para retornar a verdadeira morada apenas as virtudes e os defeitos nos acompanharão.
Na entrada lhe será perguntado o bem que tiver feito e não o bem que tiver adquirido, pois o mérito sempre será fruto da caridade, cuja prática conduz a salvação de nossas almas.
Por isso estejam sempre vigilantes e edifiquem na terra o que lhe pertence e na alma o que pertence a Deus e que um dia lhe servirão de entrada para um de seus reinos de luz e de paz.
Jamais desanimem da luta terrena, mas tenham na fé a força a guiar as suas vontades, com confiança e amor.
Que assim seja, sempre.
Pedro Paulo e um querido amigo”

Nenhum comentário:

Postar um comentário