quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Brandura com as imperfeições e os defeitos do semelhante

 
 
“A misericórdia de Deus abrange a todos os seus filhos, pois age com amor e benevolência com cada um de suas criaturas.
Deus não criou qualquer distinção entre os seus filhos, sendo que todo mérito adquirido sempre será o responsável pela recompensa advinda do próprio esforço na superação de suas faltas e de suas provas.
O homem, ainda investido de preconceitos adquiridos em passado longínquo, procura criar nos seus irmãos distinções que de fato não existem, sendo que entre cada um apenas há a diferença quanto a superação de vícios pretéritos.
A imperfeição que acreditam existir em determinado grupo de pessoas nada mais é do que o reflexo de seus próprios defeitos que agora residem no passado.
Mas a compreensão com a imperfeição do semelhante é um ato de reconhecimento para com a misericórdia de Deus que ainda ontem recaiu sobre você.
Não demos julgar com a exatidão que a Deus cabe, pois conhece profundamente a cada um de seus filhos.
Sejam brandos em suas opiniões para evitarem a conduta exagerada e desprovida de razão, mais enraizada no orgulho e no egoísmo do que a verdade.
Não podemos nos julgar superior a este ou aquele irmão, pois o local onde se encontram pode ser o mesmo que estivemos ainda a pouco, e que, graças a uma ajuda fraterna, pudemos superar a provação.
Devemos levar aos nossos semelhante a luz de nossa fé e a compreensão da vida pela razão que reside em nós, sempre com brandura e amor.
A formação de juízos precipitados e desprovidos de razões plausíveis e lógicas nos torna injusto, conduzindo o semelhante, por algumas vezes, a um abismo moral, do qual possuímos certo grau de culpabilidade.
Vejam com amor aquilo que lhe é diferente, pois somente devemos ser iguais no ideal de seguir ao Cristo, conduzindo a vida pela sua verdade e em busca de sua justiça, assim na terra como no céu.
Não tenha sob a suas costas uma responsabilidade que ainda não possui, pois somente conhecendo todo o interior de uma pessoa, bem como as suas histórias pretéritas, que é possível formar um juízo correto de sua atitude e comportamento.
Esta tarefa foi reservada ao Pai e somente Ele pode cumprir com tal missão que lhe coube no momento da Criação.
Aos homens cabe o julgamento dos atos, segundo as leis que regem uma nação, criadas sob a orientação amiga, que devem, ao final, serem objetos a conduzir as partes para a concórdia e a paz.
Não devemos ser levianos ou excessivamente duros com os erros alheios, sob pena de nos colocarmos em situação em que ainda não possuímos as faculdades necessárias.
A caridade também é praticada pela compreensão, com a brandura com que recebemos e tratamos as diferenças e defeitos de nossos semelhantes.
Irmãos, todos nós ainda somos portadores de vícios e faltas que precisam ser superadas e saldadas, sendo que a nossa fase terrena visa essa depuração tão necessária para a alma.
Queridos amigos sejam brandos e harmoniosos, não busquem na pedra da violência a agressão desnecessária e por muitas vezes injusta.
Deixem a Deus o que lhe pertence.
Lembre-se que amanha estará sentado diante do Pai e a sua vida será por ela avaliada, busque levar consigo os méritos da bondade e do amor.
A nossa consciência quando evoluída na vinha do Pai será muitas vezes aquela que nos punirá com maior severidade, com o peso do remorso e da culpa.
Assim, cabe a cada um a busca de uma vida mais digna e justa, com as atitudes que esperam do Pai.
Sejam brandos de coração e irão amanhã iluminarem as suas almas com a luz do altíssimo.
Que Deus guie a cada um, segundo as valiosas lições do nosso senhor Jesus Cristo.
Que assim seja.
Pedro Paulo.”

 

 

 

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