terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mensagem de uma jovem da espiritualidade acerca do caminho da juventude

 
 
“Tenho, ainda, muito que dizer sobre tudo o que passei até aqui, desde que encontrei na violência da vida o desencarne ainda precoce do meu corpo.
Estive entre vós por pouco tempo, durou apenas o tempo da minha mocidade, pois tão logo atingi a idade adulta o desencarne se fez visível em meu caminho.
Quando deixei o corpo físico avistei forte luz que me guiava a uma nova realidade ainda não vivida, ou posso dizer que até aquele momento ainda não me recordava da vida espiritual.
Tão logo cheguei ao final daquele caminho de luz encontrei ao meu aguardo o meu querido avô, a quem tanto gostava quando pequena.
O seu largo sorriso, o mesmo que eu via em sua fisionomia durante a infância me mostrava que eu estava em casa.
Naquele momento me senti mais leve, pois a alegria que senti ao ver meu querido avô e a segurança que me passou de que não estava sozinha, fez com que eu logo entendesse que tinha deixado para trás o meu corpo físico.
Depois do reencontro me recordo de uma local muito iluminado e repleto de jovens, que tanto como eu, desencarnaram na mocidade de suas vidas, mas que tinham encontrado deste lado da vida o amparo amigo.
Ao meu lado um moço muito belo sorria para mim como a disser “não tenha medo, aqui nada de mal pode nos acontecer, o que ficou para trás na encontra guarida neste local”.
Muitos jovens estavam comigo naquele ambiente, todos nós estávamos sendo tratados por devotados amigos que tinham a aparência de enfermeiros e médicos, agora da alma.
Víamos pequena luz que irradiava na direção de cada um, que em sua aparência revelava as mais diversas cores.
Naquele local permaneci por longo tempo, até que o meu corpo espiritual fosse tratado com o fim de reparar as marcas da minha trágica desencarnação.
O lar que vivo até hoje me enche de contentamento, pela segurança sentimos pelo amor transmitido a todos, mutuamente, através da fraternidade amiga e benevolente.
O estudo desse lado da vida não encontra limites em materiais disponíveis, como aqueles que tínhamos quando ainda encarnados, sendo que basta o interesse sincero para que a obra educativa esteja a nossa disposição, contanto que o tema possa para nós ser edificante.
Vivo em extensa área que está localizada sobre a cidade que pude por tantas vezes visitar, e sentimos pela força materializada do pensamento tudo aquilo que é emitido por tantos jovens, que como eu, não compreendem, ainda, os nossos verdadeiros deveres.
Queridos, sejam mais honestos e menos egoístas com aqueles que estão próximos de vocês, e não busque, na violência física e psicológica, ocasionadas pelo uso indiscriminado de drogas, a paz que jamais terão por outro caminho que não seja o do bem e do amor.
Vislumbrem em seus caminhos a estrada da vida, que é Cristo guiando a cada um pela jornada da vida e da verdade.
Jovens não esperem até que a desencarnação seja a fonte da verdade, pois hoje vejo que cada detalhe que me passava despercebida era uma oportunidade para que apreendesse ainda ai o caminho a seguir.
Não posso e nem devo me lamentar do que não fiz, mas posso com fé perseverar em um amanhã próximo, para que a paz realmente viva em minha vida.
Sejam unidos no ideal do Cristo, de que a única bandeira a guiar a todos seja a do amor.
Exijam com ternura a mudança de velhos hábitos, sem violentar o tempo e a consciência de cada um, mas sabendo que apenas a colheita do bem que tivermos plantado poderá conduzir a terra a uma nova era de luz.
Regenerem seus hábitos e vivam a vida na prática do amor fraterno e da bondade amiga.
Saibam que a juventude espiritual torce por cada um de vocês e que a cada protesto ou ato de boa vontade um de nós está aos seus lados, bem como nossos guias a amigos que agora são para nós como pais.
Vivam a vida, mas saibam que a cada ato estamos semeando o amor do futuro e que nenhuma violência tirará de vocês a vida que terão nesta dimensão que hoje vivo.
Que Deus esteja sempre em cada um de vocês.
Com amor.
Ana Paula.
Orientada e assistida pelo amigo Pedro Paulo”

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