terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Carta da espiritualidade sobre as ações dos "justiceiros" e lições da verdadeira justiça fraterna.




“Que a misericórdia de Deus se derrame sobre todos aqueles que sofrem com os percalços da vida e que a injustiça não se apodere dos corações dos seus filhos.

A vida se eleva a patamares evolutivos mais significativos, no campo das ideias e das ações, a favor de uma família humana mais amena em seus julgamentos e mais amorosa em suas ações.

Não há o que estabelecer de injusto quando não possuímos o discernimento correto do que vem a ser a justiça devida a cada irmão de caminhada terrena.

Não devemos nos apropriar daquilo que cabe ao Criador, pois é conhecedor da mais profunda verdade de cada criatura.

A nitidez de justiça não pode ser vista como algo palpável por olhares ainda presos a matéria, sobretudo movido por lações de orgulho e vaidade, que ainda entorpecem a alma e conduz o ser ao ato de falhar em suas ações. 

Como podemos agir dentro de verdades que ainda não conhecemos, sem que pratiquemos primeiro a melhora intima tão necessária.

Não pode haver duas vertentes de verdades e nem julgamentos imponderados e movidos por egoísmos descabidos. 

Para que a justiça ocorra de maneira cristalina é indispensável que toda vertente seja conhecida e analisada por Aquele que já possui a força e a capacidade de ser realmente justo.

Como podemos caminhar sobre pedras sem que coloquemos em nós mesmos a ideia de que ferimos os entes que nos são queridos, tanto quanto somos magoados em nossas mais profundas certezas.

A condução de uma vida correta é para muitos uma escolha ainda distante, da qual necessita de auxilio e apoio fraterno.

O exemplo constitui pedra basilar da condução humana, pois no seguimento da escolha a propiciar a superação deve estar nitidamente interligada a vontade no bem.

As escolas humanas e terrenas visam pela educação o molde do homem e da mulher de bem, investidos em ideais nobres e soberanos a favor da coletividade.

Somente pelo ministério da educação e do exemplo podemos alterar a condução do mal, para que a escolha do correto e do bom seja por este ou aquele uma escolha certa na superação.

Vejamos como a escola da vida pode ser instituto do amor e da bondade, enquanto a condução do mal pode ser a escolha da vingança e da idiotice, como fuga da verdade de que no leme da vida há apenas um que atende toda a necessidade de sabedoria, nosso senhor Jesus Cristo.

Penso que a cada nova batalha que se trava no campo da superação intima, não é pela tragédia que iremos encontrar o pouso seguro na fé fortalecida pela verdade cristã da caridade, como único caminho seguro para a própria salvação.

A estupidez com que alguns se guiam como norteadores de verdades ultrapassadas, que não passaram de ilusões humanas de que a lei de talião poderia ser aplicada com acerto e como conserto do caráter humano, constitui ainda mecanismo de erro.

Não será punindo o doente que este encontrará cura.

O vandalismo com que se prega a vingança como arma contra a criminalidade, conduzirá estas pessoas a sagas morais que terão que ser suportadas no campo da provação de suas falhas. 

Não será pela crucificação dos doentes de caráter que teremos a sua redenção a favor da prática do bem e do amor, mais com doses de bondade e de exemplo fraterno e cristão.

A fraternidade exige de cada um que se coloque no campo de provas do outro, para que conheça a sua realidade e saiba quão duras são suas provações e como necessita de auxilio e exemplo para que supere os seus ainda atuais vícios.

Aquele que comete um delito merece ser punido de acordo com o que estabelece a lei na terra, pois fruto da construção de ideias que se coadunam com a vontade popular atual de acordo com a sua escala evolutiva.

Não será com as condutas tidas por primitivas e abolidas de muitas sociedades modernas, o que constitui verdadeiro regresso moral, é que poderemos corrigir os erros de nossos semelhantes, pois como doentes precisam do medicamento do amor e da compreensão, como ensinou o Messias, ainda que por ora a segregação lhe seja medida devida.

Assim, é preciso que se encontre no equilíbrio das faculdades a ação correta no campo de ideais que de fato norteiem comportamentos positivos que cooperem para resultados efetivos no campo da melhora humana.

Assim, sejam filhos do Pai e vejam em seus irmãos a oportunidade do bem, jamais da vingança, pois a tirania conduz ao erro e a graves consequências físicas e espirituais, importando em verdadeiro animalismo de objetivos que há tanto tempo já foram adquiridas por parcela significativa da humanidade, tanto encarnada, quanto desencarnada.

Que Deus nos guie, hoje e sempre, fornecendo a cada um a firmeza e a proteção necessárias para um caminhar saudável e benéfico à alma.

Que assim seja,

Pelo espírito de Pedro Paulo”

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