quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Carta de uma católica e a religião na espiritualidade.



“Que a luz de Nossa Senhora Aparecida brilhe em nossas vidas, como escudo a nos proteger de todo o mal.

Sou filha do Criador e nada tenho a temer, pois todo mal que possa me assolar é afastado pela força de Sua luz.

Que a alegria de rever aqueles que nos foram queridos em outras épocas seja explicada a todos como uma amável alegria do Pai a favor de seus filhos.

A vida me mostrou por tortuosos caminhos a força que a fé possui, pois somente a confiança no Altíssimo pode nos guiar por estradas melhores, sem que os espinhos nos firam. 

Estive encarnada por longos anos, fui mãe, avó, filha, tive netos e netas, graças a Deus vivi em meio a uma bela e numerosa família de católicos. 

Hoje compreendo certas verdades que para mim não haviam sido devidamente esclarecidas enquanto ainda encarnada.

Não sou espírita, mas sou Cristã, e deste lado da vida é isso que importa.

Sou hoje espírito e descobri que a nossa religião tem nome, se chama JESUS.

Muitos filhos que ainda estão na terra me dizem que não temem a morte, pois a fé nos libertará.

Realmente a fé remove a cortina do engano, mas é preciso compreender que a verdade é ainda mais bela do que imaginava quando ainda estava sob a vestimenta terrena. 

Acredito que a alegria de viver após a morte física é algo indescritível, real, e belo.

Viajamos no tempo por sucessivas encarnações até que possamos estar diante do Criador, com a nossa bagagem meritória. 

Alguns perguntarão, mas tu não és católica? Por que acredita na reencarnação? 

Continuo no catolicismo cristão, mas sem o engano de antes, obra do homem e não de Deus.

Não é possível após o desencarne duvidar de verdades que antes ditas me pareciam absurdas.

Deste lado tudo é mais claro, cristalino, é possível ver e crer.

Na via terrena, na qual caminhamos com a carga pesada da matéria nossa visão é limitada e para crer e ver precisamos apenas da fé.

Somos ainda cegos, pois em nosso íntimo apenas o que provamos podemos crer, mas isso é para habituar em nós a força da fé, a confiança em Deus e em suas obras. 

A esperança que tínhamos na terra hoje é palpável, sentimos e vivemos na vida eterna, a qual de fato é a única real, verdadeira.

Na terra somos guiados e provados pelas nossas virtudes, nossos defeitos, sucumbimos, levantamos, caminhamos, para que fortaleça em nós mais a virtudes do que a más inclinações, pois os últimos nos afasta da luz de Deus e os primeiros nos aproxima, pela força infalível do mérito. 

Sou devota de Nossa Senhora Aparecida, pois o nosso amor pelos santos não desparece com a morte, no meu caso aumentou, e muito, pois sei que minha mãezinha está comigo em cada milagre que se opera hoje em minha vida. 

Amar o que é do bem é amar ao próprio Deus.

Somos ainda ignorantes quando supomos que esta ou aquela religião é a melhor, a mais verdadeira.

Repito, há apenas uma religião, que é a dos seguidores do Cristo.

Nosso lema deve ser amar a Deus, ao próximo como a nós mesmos, pois nesta lei se resume todas as outras.

Como amar odiando, repudiando, ofendendo, competindo? Isso não é amor, é orgulho, vaidade desproporcional, atos que ofendem a Deus e não que engrandecem a Sua Obra.

Devemos parar de querer ser os melhores e os mais certos, para sermos os mais amorosos, os mais caridosos, pois são nestes que está a tão desejada salvação.

Filhos queridos que oram por mim, esperem e confiem na misericórdia Divina, nada ocorrerá que não for da Sua vontade.

Esperem e confiem, pois a cada um é dado segundo as suas obras.

O que posso dizer é que aqui é como que ai, somos os mesmos, vivemos, amamos, desejamos e queremos, acima de tudo, sermos melhores. 

Não duvidem da vida, mas perdoem aqueles que erram, para que sejam amanhã perdoados.

A luz que brilha após a vida na terra nos chama ao despertar e a nossa consciência passa a guiar cada um de nossos passos em direção a verdadeira vida.

Estou hoje na erraticidade e amanhã, talvez, voltarei, mas hoje sei que amei muito e por isso posso estar entre os que foram escolhidos para servir a obra do Criador.

Peço ao Pai que me perdoe os erros, como peço que me possibilite a chance da reparação renovadora.

Reencarnarei, pois assim é a lei do Criador.

Não duvidem, mas amem, muito.

O bem que fizerem será aquele que irá descortinar para ti a verdade. 

Que Deus nos ilumine, assim Ele quer. 

Que assim seja.

Pelo espírito de Maria Benedita.

Acompanhada do amigo e espírito Pedro Paulo”

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