terça-feira, 19 de novembro de 2013

Notícias e experiências no além túmulo - mensagem da espiritualidade



“A verdade que o espiritismo traz para nós desencarnados é de que após a morte o que existe é a vida, em abundância, com mais leveza, com mais destreza.

A verdade libertadora que o espiritismo traz é de saber que não morremos, mas que renascemos no nosso ambiente real, onde estivemos e voltaremos, calcando degraus na escala evolutiva do ser.

Fui surpreendido com as perguntas que me fizeram quando cheguei, pois procuravam saber como estava tudo na terra.

Ora, como não sabiam, com tanto intercâmbio?

Isso ocorre porque nem sempre conseguem vislumbrar com exatidão o que se passa na terra, pois muitos sabem notícias como se estivem lendo um jornal ou assistindo um noticiário, ou seja, sem vivenciar a realidade.

Há aqueles sábios que já conhecem a realidade deste e do outro lado da vida, mas nós, a maioria que aqui reside, não sabem, apenas ouvem notícias muitas vezes desencontradas.

O noticiário do além são aqueles que se comunicam com maior intensidade e afinidade com os seus médiuns que ainda estão encarnados.

Aqui, como na terra, procuramos viver cada dia de uma vez, sabendo que ainda teremos que fazer a viagem de regresso.

Nossas faltas é que pesam mais, pois aqui sabemos com maior exatidão a realidade que nos espera, sem que possamos nos ocultar por detrás da máscara da ignorância.

Aqui a verdade é palpável, no que tange a realidade da vida após a morte física.

Sabemos que deixamos ai exatamente o veículo físico do qual nos utilizamos para que pudéssemos caminhar sobre a terra.

Deste lado da vida a realidade é outra, aqui já não pensamos que a vida talvez continue, temos certeza desta verdade, que se torna palpável e irrefutável.

Vemos muitos companheiros que ainda pensam que estão vivos na terra, pois a realidade é tão semelhante quanto as nossas faculdades que pensamos que estamos apenas em uma viagem.

Mas não estamos, é preciso que aqui o despertar seja o mais breve possível, pois, do contrário, muitos tormentos terão que ser suportados, em decorrência da nossa imprudente resistência.

Estive na terra por um longo período, desencarnei na velhice do meu copo físico, que cansado não podia mais conduzir o meu espírito.

Libertei-me do corpo como um pássaro se liberta do seu cárcere e encontra a luz do dia a resplandecer a sua liberdade.

Caminho com muito mais facilidade, sobretudo porque nos últimos anos da minha vida mal conseguia me movimentar.

A dor fica para trás e a sabedoria ganha um novo significado, o de que o tempo não espera a nossa ação no campo do bem e que cada dia perdido será mais um adquirido até a morada do homem de bem.  

Despertem para a realidade, ou seja, nada ocorre sem que a nossa ação ou omissão tenha contribuído, sendo que o mal que plantamos inevitavelmente nos servirá de alimento amargo na escola do aprendizado fraterno.

Vemos como alguns irmãos tratam com desdém a realidade que hoje nos é palpável.
Ora meu amigos, após a certeza ainda reside a dúvida.

Embora saibam que a morte foi apenas uma passagem ainda sentem a dúvida do caminho a seguirem.

Para alguns parece que nada é suficiente, podem até fugirem, mas a vida que Deus reservou a cada um jamais fugirá deles.

Olhem ao redor amigos e vejam quantos sofrem, saibam consolar, pois aqui precisamos muitos daqueles que sabem amar sem julgar.

A diretriz que seguimos aqui é de constante trabalho para o bem do próximo, sabendo que apenas bebendo da fonte luminosa do amor é que seremos saciados verdadeiramente em nossos desejos.

As moradas do nosso Pai têm muitas surpresas e uma delas é de que estamos tão vivos quanto antes, mas com a salutar verdade de que somos imortais.

A imortalidade da alma é uma realidade que hoje experimento com muita saudade, pois gostaria de ter dito mais fé no que aprendia, mas que as trevas insistiam em tornar nebuloso, ocultando de mim o que o orgulho impedia de ver.

Doce ilusão vivem aqueles que pensam que tudo ai é que constitui a realidade palpável.

É doce porque acalenta a alma, mas a tristeza será a colheita quando virem que nada mais é do que uma ilusão infeliz e passageira.

Sintam-se em casa quando retornarem, pois aqui serão acolhidos e amados, desde que tenham sabido acolherem e amarem os seus semelhantes.

Somos muitos e felizes dizemos a vocês: Vivam, mas saibam por que vivem e para onde voltarão quando o corpo não mais lhes servir de morada.

Amem muito.

Que Deus abençoe a cada um.

Um saudoso abraço.

Alcebíades.
Assistido e orientado por Pedro Paulo”


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