“A divina misericórdia de Deus ainda tão mal compreendida continua a se espalhar sobre todo o orbe terrestre, em busca dos corações que sofrem e aguardam a paz.
Filhos queridos não se julguem conhecedores da verdade que conduz os seus semelhantes, permitam que apenas a Deus caiba essa dolorosa tarefa.
Sejam consoladores dos aflitos, acolham aos que têm fome e frio, que desejam conhecer o que lhes esperam deste outro lado da vida, mas sem formarem juízos de valores desprovidos de veracidade, para não cometerem o erro do injusto.
Libertem-se das correntes da ignorância, afastem-se do orgulho e expulsem a vaidade desmedida e o egoísmo ignóbil.
Protejam-se do mal pelo bem que espalharem, pois com a luz a treva não há de se aproximar e nenhum mal lhes causar.
Verifiquem na consciência as condutas que praticam para que saibam no íntimo comungar com Deus os seus ideais e, assim, ouvir seus conselhos.
Residem em nossos íntimos as mais valiosas lições que traçam com segurança o caminho a seguir, não se escondam por detrás da máscara do orgulho.
Vistam-se do manto do amor e saberão a hora em que o bem será irremediavelmente o único caminho a seguir.
Não fujam de suas responsabilidades, pois o peso do remorso é quase insuportável de se carregar.
Orem e peçam auxilio para a que firmeza seja o norte, mas a ternura a bagagem que não deve faltar.
Verifiquem sempre se o bem que fizeram foi justamente o que poderiam, para que da próxima fez toda a sua extensão seja alcançada, pois assim será feito quando chegada for a hora.
Pensem no amor que Deus tem por vocês ao perdoar sempre os erros que cometem e as calunias que proferem no momento da angústia ou do ódio.
Deus perdoa porque ama infinitamente, sabendo que todos nós somos crianças que ainda mal sabem o que fazem.
O irmão que lhes dirige a palavra já soube como o peso do tempo perdido faz mal e causa dor e angústia, por isso não posso mais permitir que o tempo ocioso contamine a oportunidade de servir à grande obra de Deus, guiado pelo mestre maior Jesus.
Olhem ao redor e verão como Deus é generoso, permitindo que a todos a natureza sirva a sua finalidade da mesma maneira, sem qualquer distinção.
Não distingam os seus irmãos, ainda que não conviva, não nutre por qualquer pessoa a mágoa, o rancor e ódio, pois estará inevitavelmente envenenando a sua própria alma, endurecendo o próprio coração, impedindo a entrada da luz.
Orem para seus semelhantes, pois somos todos necessitados e servidores do Pai e, como Ele, devemos amar sabendo a hora de esperar que a sua vinha seja ocupada por todos aqueles que já escolherem o caminho do bem.
A oração que Jesus ensinou resume todo o dever, lembrem-se de que não são apenas palavras, mas mandamentos de conduta.
Nossa Mãezinha, Maria, está sempre com os braços estendidos para acolher os que sofrem, acalentando seus corações com a esperança no porvir.
Mudem o próprio caráter e serão amanhã o exemplo que gostariam que o outro se tornasse, e o espelho um dia refletirá a semelhança que os unirá na obra do Pai.
Amores do Pai sejam para Ele os filhinhos queridos e agradecidos e serão um dia recompensado pelo esforço e pelo bem que houverem praticado, pois de muita luz são várias moradas e o passaporte sempre será a caridade e o arrependimento efetivamente reparador.
Guiem-se pelo amor e saberão beber da fonte luminosa do divino amor do Pai.
Que assim seja.
Pedro Paulo.”
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