quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O testemunho de um espirito desencarnado - a força do amor - terceira parte.




“Amigos queridos retorno hoje para continuar o meu testemunho, que é, essencialmente, de fé na misericórdia divina.

Aprendi com valiosos mestres que o ensino deve nos conduzir a superação de nossas falhas e na intenção sincera de superar os vícios que impedem a nossa caminhada a favor da evolução do ser, quanto filho do Criador.

Na cidadela espiritual em que me encontro estudo com afinco para que aquela ignorância que estava entranhada no meu ser aos poucos desapareça e que renasça em mim a luz da fé e do amor em Cristo.

São tantos os zelosos amigos que encontramos deste lado da vida que sinto as vezes vergonha do tão rude que fui com tantos irmãos que cruzavam o meu caminho quando ainda estava no corpo físico.

Queridos, olhem ao redor de vocês, observem a criação, é pela obra que verão quão bela e amorosa é a bondade divina, a favor de todos os seus filhos.

Deus tem guiado cada um de seus filhos por caminhos que antes escolhidos precisam ser superados para que senda do bem seja finalmente conhecida e vivida, na alma e na prática.

Estive em escolas que ensinam a nós apenas o significado real do amor e as suas mais diversas formas de manifestação.

Como seria bom se na terra eu tivesse me formado na faculdade do amor e tivesse exercido esta nobre profissão com afinco e coragem. Chama-se caridade.

Seria para mim balsamo que iluminaria a minha vida a favor de caminhos mais estreitos, cuja entrada somente se alcança com devoção e servindo ao próximo nas vidas em que vivemos. 

Outro dia conversei com um amigo deste lado da vida que me ensinou que devemos neutralizar dentro de nós tudo aquilo que nos impede de amar, como o orgulho, o egoísmo, a mágoa e, sobretudo, o ódio.

Somente impedindo as trevas que escurecem a alma é que poderemos fazer de nosso ser uma fonte fecunda de luz a iluminar a nossa própria jornada.

Quantas vezes nos deparamos na vida com situações em que devemos nos confrontar com a consciência e realizar a escolha do amor ou do orgulho.

Oremos nestas horas é não teremos dúvida do caminho a seguir, pois nosso ser se encherá da certeza que necessitamos para o acerto no que fazer.

Bens materiais amados pelos seres endurecidos entorpecem a alma e escurece a razão e espanta a fé. 

Amemos a maior obra de todas. A pessoa.

Este ser individualizado, que erra, acerta, mais sabe que nascer, viver, morrer e renascer novamente é preciso, é a lei.

Caminho pelos jardins de nossa morada, mas não deixo de estar nos plantões dos socorristas que recebem irmãozinhos queridos vindos de regiões materializadas, conhecidas como umbral. 

Vemos com amor e coragem a possibilidade de servir a quem necessita, as vezes, de apenas um olhar de afeto para que o ânimo lhe volte e a coragem o reanime a viver, a caminhar, em acreditar. 

Confiar em Deus ilumina a vida, não duvidem disso.

Vivemos deste lado da vida como vivíamos ai, estamos tão “vivos” como estávamos quando encarnados, porém fora do corpo, como um condutor que deixa o carro para se conduzir sem o seu auxílio, pois não é mais necessário.

A necessidade do ser reside em saber o que escolher e em acreditar na possibilidade da superação, não se entregando ao vício do desânimo, ao mal da ociosidade, mas sim na coragem do serviço amigo, na benevolência através da pureza de cada caridade praticada na estrada do bem.

Nada se perde na vida, nem mesmo o mal, pois o seu fim é a transformação na luz, no bem, e na vivência do amor.

No benéfico amor que Deus tem por cada um de nós.

Hoje admiro o céu com mais lucidez, pois sei que a cada escala alcançada mais ficamos próximos da estrela mais bela que há, do filho de Maria de Nazaré, de nosso mestre, Jesus, o bem amado.

Estive há alguns dias na terra em missão de resgate de um irmão que acabara de desencarnar, e quando adentrei em seu lar, pouco após este deixar o corpo físico, notei que muitos espíritos de luz o aguardavam.

Perguntei ao meu guia: Por que este irmão que acabou de deixar a carne tem tantos seres que o aguardava, revestidos de luz e bondade?

Meu querido guia respondeu: É simples. Soube amar.

O socorro que tínhamos ido fazer era para aqueles que ficaram, ou seja, seus queridos familiares que sofriam a perda do ente querido.

O acolhimento da dor era para entorpecer a saudade que naquele momento faria mais mal do que bem.

Muitos se entregaram ao sono após passes salutares em seus centros nervosos.

Outros ainda se entregavam a angústia, distantes que estavam da compreensão das verdades da vida e da morte.

O querido irmão subiu e logo foi acolhido em hospital de repouso e tratamento, para que o seu períspirito perdesse aos poucos a coloração decorrente dos males do câncer que o havia vitimado.

É preciso tratar das chagas, mesmo após o desencarne.

Mas, por mérito, aquele irmão não sofreria mais as dores nas regiões inferiores da matéria, ainda que na região do umbral.

Viveria agora acolhido e em paz.

Olhem por este exemplo o salutar caminho do amor e o bem que ele é capaz de propiciar e pelos meus testemunhos iniciais o mal que podemos vivenciar quando o erro nos faz escolher o caminho do orgulho, do egoísmo, pelas estradas da maldade.

Ambos desencarnamos vitimas do mesmo mal físico, mas eu apenas aprendi verdadeiramente a amar após muito sofrer, também deste lado, por minha própria e máxima culpa.

Olhemos pelos que nos dão bons exemplos de conduta, de amor, de serviço ao bem, no caminho que nos mandou seguir Aquele que é a verdade e a vida. Jesus. 

Sejamos, em qual tempo for, no envoltório físico ou sem ele, verdadeiramente homens de bem.

Que assim seja. Hoje e sempre.

Que Deus nos abençoe.

Carlos Andrade.

Assistido pelo benevolente amigo Pedro Paulo”

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